A plataforma de gerenciamento de marcas Sprout Social, realizou um estudo intitulado “Creating Connection: What Consumer Want From Brands in a Divided Society”. O documento buscou entender como se dá a relação entre publico e plataformas digitais frente o clima tenso de polarização que se vê nas redes atualmente e que vem intensificando o claro racha nas populações de todo o mundo.
Os resultados, baseados em entrevistas com mil consumidores de origens distintas, deixam claro que a opção pela isenção nos temas espinhosos não é nem de perto a melhor estratégia. De acordo com a Sprout, quatro a cada cinco entrevistados afirmaram que gostariam de ver as marcas tomando posições ativas na sociedade, especialmente quando para auxiliar pessoas a se conectarem e se ajudarem. Uma condição, aliás, que parece ser única das grandes empresas: 81% dos consumidores que se submeteram à pesquisa acreditam que só elas são capazes de proporcionar esta condição.
Os motivos para o porquê deste exclusivismo são diversos, mas giram em torno de três bases distintas: as marcas tem forte apelo a grande parte da população, suas plataformas são capazes de alcançar um número gigantesco de pessoas e a cobertura midiática que recebem é enorme.
Por mais arriscado que uma medida destas possa parecer, uma eventual tomada de consciência sobre a responsabilidade da empresa perante a sociedade pode render frutos bastante positivos, segundo o estudo. Entre os entrevistados, 76% declararam que, quando devidamente enlaçados com os valores e as metas dispostas pelas marcas, eles se sentem mais predispostos a comprar seus produtos ao invés dos do competidor, ao passo que 68% recomendariam a marca a amigos, 64% se tornariam leais à empresa e 57% até gastariam mais com a marca.
Mas o que exatamente a população quer das marcas neste processo?
O relatório aponta que as principais expectativas em teoria são que as empresas conectem pessoas de mesmas ideias (55%), proporcionem o público a oportunidade de conhecer indivíduos diferentes delas (52%), ensinem novas habilidades (42%), construam uma comunidade (36%) e – porque não – não as deixem se sentirem solitárias. Nestas horas, ajuda que as redes sociais das marcas conversem sobre assuntos relevantes da indústria, notícias do momento e eventos da cultura pop com igual parcimônia.
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