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O mundo, desde que existe e os fatos são registrados, vive em permanente convulsão. A história parece não servir de referência a seus líderes de que é possível conviver com as diferenças. Raças, ideologias, religiões, territórios e ambições pessoais de grandeza são as desculpas encontradas para realizar ações que pretendem impor a quem pensa diferente o seu “modus vivendi.” Tem sido assim ao longo dos séculos e parece que não aprendemos a respeitar as diferenças existentes entre os povos.
A história se repete! Esquecemos rapidamente os milhões de pessoas, soldados e civis, que ao longo dos séculos foram mortos em nome das mais diferentes causas por mais absurdas que possam ser. Parece que não aprendemos e enquanto os líderes divergem, os jovens são sacrificados no altar das vaidades destes mesmos líderes.
Primeira e Segunda Guerra Mundial, a implantação do comunismo na China com milhões de mortos, Guerra do Vietnã com o surgimento da guerrilha e sua forma brutal de provocar mortes, as várias tentativas árabes de destruir o Estado de Israel, a Guerra do Iraque para deposição de Saddam Hussein, a atual Guerra Rússia versus Ucrânia lembrando o episódio de Holomodor onde morreram pela fome milhões de ucranianos penalizados por decisões de Stalin e as numerosas e permanentes guerras que ocorrem na África ao longo do tempo em função de diferenças tribais. Só para relembrar alguns dos conflitos que colocaram e colocam a humanidade em sobressalto!
A história da humanidade é feita de conflitos, ocupações, escravidão e subjugação dos povos vencidos; os livros que registram a história relembram Júlio César, Alexandre, Átila, o huno, Gengis Khan, entre outros, que são considerados como conquistadores e têm suas glórias cantadas, em prosa e verso, até os tempos atuais; isto prova que a história só registra os feitos dos vitoriosos. Esta é a versão que fica.
A frutificação de grupos radicais, apoiados por governos regulares e que não querem se expor, só agrava este quadro de belicosidade. Parece que a superpopulação do planeta origina problemas típicos criados no reino animal quando do superpovoamento; se esta afirmação se concretizar a diminuição da população vai acontecer por meio das guerras.
Enquanto isto em Toronto, no Canadá, cidade com 3 milhões de habitantes e considerada, em pesquisa da revista The Economist, a melhor cidade para se viver no mundo, parece existir um sopro de convivência entre os diferentes. Com uma qualidade de vida sem similar no planeta, a cidade é uma mistura de povos diferentes; metade dos moradores não são naturais de Toronto e a comunicação entre seus habitantes se processa em mais de 140 idiomas e a convivência, entre tantos povos, suas religiões e costumes, acontece em harmonia mostrando que a convivência entre os diferentes é, absolutamente, possível. Que mais exemplos como o de Toronto frutifiquem!
