O mercado da comunicação passou por uma grande revolução nos últimos anos. Agências, clientes, veículos e fornecedores ainda estão reconstruindo ou tentando encontrar seu novo modus operandi após o tsunami digital – ainda em curso.
Destaco a comunicação verticalizada, com foco direto no nicho de mercado que interessa como um dos grandes ganhos dessa nova época. Por outro lado, a instantaneidade da comunicação entre marcas e consumidores nas redes sociais tem gerado uma necessidade de feedback quase que em tempo real.
E não para por aí. Pressionadas pelos consumidores, as empresas devolvem a pressão para suas agências, exigindo soluções em prazo cada vez mais curto. Há a falsa impressão de se estar produzindo muito através da quantidade e volume de dados recebidos e repassados, sem falar no aumento da famosa “correria do dia a dia”, clichê no mercado.
Promovendo a agilidade na comunicação estão as novas ferramentas, que potencializam a interação e permitem conexão 24 horas.
Mesmo com toda a mudança e as facilidades apresentadas, não chegamos em um nível condizente de qualidade. Isso se deve ao mal uso das próprias ferramentas, que na maioria das vezes entram na rotina de empresas e funcionários sem uma prévia definição de regras e modos de uso.
Assim também se dá a conexão entre agências e clientes, ou agências e fornecedores. Já vivenciei muitos casos em que, na pressa de passar o recado, o WhatsApp passou a ser usado compulsivamente, de forma picotada, fragmentando não apenas aquela mensagem de briefing mas também deteriorando a relação entre as partes.
Briefing WhatsApp é aquele que chega sem pensar, muitas vezes até gravado, e que depois do trabalho executado é que aparece o verdadeiro briefing do que realmente o cliente precisava.
Aí existem dois problemas: de quem envia e de quem recebe. Se de um lado quem envia o briefing não tem a preparação para fazer de forma adequada, por outro, quem recebe deveria passar a orientação de como fazer.
Quando falamos que o Brasil precisa de mais Educação, não estamos falando apenas em sala de aula. É no dia a dia, inclusive nas relações de trabalho, que as coisas acontecem.
Cabe a cada profissional e empresa aceitar as coisas como elas vêm ou ajudar a educar o mercado. Escolha.
PS: parabéns a AMPRO – Associação de Marketing Promocional pelo evento realizado em Florianópolis, ajudando a educar o mercado e inspirando posturas responsáveis no negócio da comunicação. Que venham outros!