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Coluna Alisson Barcelos | Liberação dos eventos em Santa Catarina: o que ficou definido a partir do novo decreto do governo estadual
02 de Maio de 2021

Coluna Alisson Barcelos | Liberação dos eventos em Santa Catarina: o que ficou definido a partir do novo decreto do governo estadual

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Por Alisson Barcelos 02 de Maio de 2021 | Atualizado 02 de Maio de 2021

 

Uma das notícias mais aguardadas pelo setor de eventos em Santa Catarina finalmente chegou: os eventos estão liberados no Estado desde o último sábado (1 de maio) até o dia 17 de maio, segundo o novo decreto (nº 1.267) publicado na última sexta-feira (30). Eventos sociais, corporativos, feiras, exposições e casas noturnas e de shows passaram a ser permitidos. Obviamente, que cada uma das atividades deverá seguir regramento específico conforme o mapa de risco para a Covid-19.

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O que diz o decreto:

  • Congressos, palestras, seminários e reuniões de qualquer natureza de caráter público ou privado e afins: permissão de funcionamento das 6h às 23 horas nos níveis gravíssimo e grave.

  • Eventos sociais (casamentos, aniversários, jantares, confraternizações, bodas, formaturas, batizados, festas infantis e afins): serão permitidos das 6h às 23 horas nos níveis gravíssimo e grave. 

  • Casas noturnas, boates, casas de shows, pubs e afins: poderão, excepcionalmente, utilizar o espaço de salão nos riscos potenciais gravíssimo e grave para realizar eventos sociais para até 100 pessoas no nível gravíssimo e para até 150 pessoas pessoas no nível grave, com permissão de funcionamento das 6h às 23 horas. No nível de risco potencial alto para a  transmissão da Covid-19, estes locais terão permissão de funcionamento das 6h à meia-noite. No risco de potencial moderado, permissão de funcionamento conforme horário fixado no alvará do estabelecimento.

Todos os eventos deverão seguir as regras da portaria da Secretaria Estadual da Saúde nº 455, também publicada no último dia 30 de abril, para evitar a propagação do novo coronavírus. Entre as principais, estão:

  • Controle de acesso dos convidados com lista de presença – os organizadores deverão manter a lista de contato dos convidados (nome, documento de identificação, e-mail e telefone) enquanto durar a situação de emergência; 

  • Uso de máscara de proteção por convidados e prestadores de serviço durante todo o evento – a retirada só será permitida quando forem ingerir alimentos e bebidas, e isso só deve ocorrer quando estiverem sentados;

  • Dispenser de álcool 70% na entrada, nas mesas e em pontos estratégicos para higienização das mãos;

  • Convidados ou prestadores de serviço que apresentem sintomas gripais não poderão entrar no evento e deverão procurar atendimento no centro de saúde mais próximo de sua casa;

  • Recepção deve ter demarcado no piso o distanciamento interpessoal de 2 metros;

  • Mesas deverão ter ocupação máxima de quatro cadeiras. O espaçamento entre mesas também deve ser de 2 metros. Não será permitida a movimentação de cadeiras e mesas;

  • Limpeza contínua dos espaços e de superfícies expostas (maçanetas, mesas, teclado, mouse, balcões, corrimões, interruptores, elevadores, banheiros, lavatórios e pisos.

 

Perse e os impactos da pandemia

Levantamento do Relatório de Impacto da Pandemia de COVID-19 nos setores de turismo e cultura no Brasil, elaborado pela Subsecretaria de Gestão Estratégica do Governo Federal apontou que a arrecadação anual dos setores de turismo, cultura e entretenimento em 2019 foi de aproximadamente R$ 20 bilhões. Ainda segundo o estudo, este índice teve queda de 50% durante a crise do coronavírus. 

De acordo com Doreni Caramori Júnior, presidente da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) – aprovado em regime de urgência pela Câmara dos Deputados e pelo Senado e aguardando sanção presidencial – o custo do programa de sobrevivência de mais de dois milhões de empregos do setor de eventos não passa de R$ 10 bi para os próximos cinco anos. 

“O custo do programa, que é a única luz de sobrevivência para um setor que gera mais de dois milhões de oportunidades, não passa de R$ 10 bi ao longo dos próximos cinco anos. Para um país que tem mais de R$ 300 bi anuais de renúncia fiscal, estender a mão ao setor mais prejudicado pela pandemia é não só um ato de justiça social, mas especialmente uma medida inteligente para impedir que o colapso do segmento tenha impacto negativo em todos os outros setores ligados”, explica. 

 

Eventos online e híbridos seguem mesmo com liberação

Os eventos digitais se tornaram uma prática de empresas de todos os tamanhos. Vieram como uma solução paliativa para atender à necessidade de distanciamento social devido à pandemia, mas se tornaram opção até para redução de despesas com deslocamento e com espaço físico. Também melhoraram o alcance – hoje, aquela equipe que antes ficava de fora dos eventos agora passa a fazer parte deles. Mesmo após a liberação dos eventos presenciais, acreditamos que eles devam seguir ocorrendo. Por isso, reuni algumas dicas de como fazer e do que levar em consideração na hora de planejar o seu evento digital para que ele gere uma experiência inesquecível mesmo que à distância. Confira. 

  • Online ou híbrido – fazer um evento não é apenas ligar um computador e uma câmera. Os eventos digitais podem ser 100% online ou híbridos – parte presencial, parte online, e demandam muito planejamento, organização e equipe entrosada para gerar uma ótima experiência aos participantes. 

  • Tipos de eventos – aniversários e comemorações de empresas, lançamento de produtos, treinamentos, convenções de vendas, reuniões para planejamento estratégico, shows, talk shows, webinars, seminários, congressos, confrarias eventos super VIPs, e live shoppings são algumas possibilidades.

  • Vantagens deste modelo – economia com despesas de deslocamento e espaço físico, alcance de público, novos leads em regiões onde o seu negócio não alcançava antes e consumidores da sua marca.

  • Estratégias indispensáveis – escolha um tema, invista no cenário do evento, preveja uma palestra aderente ao tema do evento, integre cenografia, trilha sonora, audiovisual e iluminação, invista em um roteiro que não deixe a peteca cair, promova experiência com o produto/serviço, garanta a presença de convidados estratégicos, explore recursos de transmissão ao vivo do evento, aproveite a emoção do público, gere uma venda imediata, faça reconhecimentos e homenagens e, se o orçamento permitir, contrate uma atração surpreendente.

  • Não deixe de pensar em protocolos de segurança – até que todos estejam seguros e imunizados, invista e oriente a equipe que vai trabalhar na organização e na realização do evento a seguirem as regras de distanciamento, de uso de máscaras e álcool em gel.  

  • Para obter engajamento – antes de sair fazendo, ouça e alinhe os objetivos. Garanta uma boa infraestrutura para o evento. Contrate um cerimonialista que saiba improvisar e que não deixe a peteca cair. Lembre-se que o engajamento começa antes de o evento iniciar. Para garantir melhor experiência e engajamento, faça um planejamento no qual as ações iniciem antes do dia do evento. Explique como vão funcionar o acesso à plataforma, dê dicas de como deixar o ambiente propício para a hora do evento, oriente sobre o suporte em caso de dificuldades, envie kits. Invista em plataformas exclusivas e customizáveis, fique atento à usabilidade e à fluidez do conteúdo.

Os eventos híbridos e online chegaram para ficar. A pandemia antecipou a otimização da tecnologia para este tipo de evento, algo que já iria ocorrer nos próximos anos. Com planejamento, objetivos bem definidos e com um time de produção que saiba utilizar criatividade para inovar, não tem erro. Grandes empresas de todo o mundo se renderam a eles. Abra sua empresa para esta oportunidade.

 

Protocolos de segurança funcionam, sim!

Testes realizados duas semanas após o show teste para o público de 5 mil pessoas, em Barcelona, na Espanha – que também falamos na coluna de 1º de abril -, apontaram que apenas seis pessoas testaram positivo após o evento. Quatro delas, segundo reportagem da BBC, já estavam infectados com a doença antes do show. Isso quer dizer que apenas dois participantes contraíram o vírus no evento. Resultados bastante animadores.

Todos os participantes que participaram do show da banda Love of Lesbian estavam vacinados contra a Covid-19 e tiveram de usar a máscara do tipo PFF2. Isso demonstra que os protocolos foram essenciais para a obtenção deste resultado, e que eles funcionam, sim. O monitoramento dos participantes para possíveis casos da doença também foi essencial para mostrar isso. 

Quer sugerir algum tema para a nossa coluna? Entre em contato pelo e-mail: [email protected].

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