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Coluna Inovação | Porque é preciso gerar um “match” entre profissionais de Comunicação e a Economia Criativa
13 de Junho de 2019

Coluna Inovação | Porque é preciso gerar um “match” entre profissionais de Comunicação e a Economia Criativa

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 13 de Junho de 2019 | Atualizado 13 de Junho de 2019

Jornalistas, publicitários, designers, videomakers e outros tantos profissionais da área de comunicação “nasceram” para fazer parte de um negócio chamado Economia Criativa, que tanto chama a atenção embora seja ainda pouco praticado – ou reconhecido, apoiado e desenvolvido – aqui em nossa região e no Brasil em geral.

Por que estou afirmando isso? Bem, porque há uma emergência, no mundo civilizado e desenvolvido, de maneiras mais descoladas para se fazer dinheiro e carreiras menos caretas, a partir do reconhecimento de que a humanidade não quer só comida, mas também diversão e arte. Da criação de uma roupa descolada a uma bebida artesanal feita com ingredientes regionais, de um grupo musical vanguardista a uma editora de livros e quadrinhos e festivais que reúnam isso tudo num caldo só – eis o cerne da Economia Criativa. E tudo isso pode gerar empregos e dinheiro.  

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Especialmente em regiões onde há uma concentração de gente fazendo coisas diferentes, inovadoras, que tenha capacidade de mão de obra criativa, empreendedora, com universidades, acesso a recursos e investimentos. Como é o ambiente que começou a ser construído no setor de tecnologia e negócios digitais da Grande Florianópolis – e que tende a se espalhar em outros municípios catarinenses.

Por isso, o próximo dia 18 de junho marca um passo importante para unir profissionais de comunicação ao ambiente de negócios voltado à Economia Criativa na Capital, com a adesão da Associação Catarinense de Imprensa (ACI) ao Arranjo Promotor da Inovação (API) do Turismo e Economia Criativa do município de Florianópolis.

No evento, haverá um bate-papo sobre os impactos da tecnologia e da inovação no mercado de comunicação, com participação de Luiz Salomão Ribas Gomes, coordenador do API e do projeto Cocreation Lab, do publicitário João Paulo Gomes Vieira, da agência Sambba, mediados por este colunista.

 

Mas afinal, o que essa adesão à Economia Criativa significa?

O API é uma porta para inclusão de empresas e profissionais em eventos, reuniões para debater projetos e programas a serem desenvolvidos na cidade. Um propósito associativista que já é bem comum em outros segmentos de negócio, mas que a área de comunicação nunca contou. Pelo menos não no atual contexto de mercado digital, conexão com startups e programas de inovação.

É certo também que os profissionais de comunicação – jornalistas em especial, mas não só eles – estão se sentindo sem pai nem mãe após tantos passaralhos em veículos tradicionais. A necessidade de capacitação, ou pelo menos de orientação para buscar novas oportunidades, torna a iniciativa da ACI ainda mais importante. A partir do evento de terça, a ideia é levar aos profissionais de comunicação eventos mensais debatendo cases no mercado digital, conteúdos técnicos e inspiradores, mostrando como é possível se integrar a esse ecossistema de inovação e ao setor de Economia Criativa.

Lembrando: há um esforço de diversas entidades locais para criar um hub de negócios criativos. Como o que vai rolar entre os dias 09 e 18 de agosto: o Floripa Conecta, uma reunião de eventos sobre inovação, tecnologia, empreendedorismo, economia criativa e arte, em diversos pontos da cidade.

Não adianta ficar parado reclamando de que “o jornalismo (ou a publicidade) está morrendo”, pois não está. O modelo que conhecíamos e para o qual nos formamos para trabalhar sim já foi pro brejo. É hora de unir esforços, buscar novas ideias e projetos para construir algo novo – ou pelo menos ajudar a reinventar negócios que precisam de um choque de inovação.

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