Já pensou em abrir o coração…
e não teve coragem pra despir a emoção?
Guardou o sentimento,
protelou a confissão,
pelo medo de ser julgado, condenado,
sem garantias de perdão.
Imagina como eu me sinto
rasgando os véus do meu ser.
Arrombando a caixa preta
do que preferia esconder.
Pois acenei bandeira branca
abdicando de esquecer.
Por você.
Por você, que me lê aqui,
que interage como um amigo,
eu vasculho a dor que senti.
É como exumar o umbigo
e perceber que só vivemos
pelas vísceras que escondemos.
As lutas que amargo dentro,
memórias sofridas, o meu intento,
são invisível sustento
da força que você vê.
E por mais que doam no peito,
não vou camuflar os defeitos.
Eu conto. Por você.
Não é fácil criar coragem. Extrapolar o conforto
da imagem conveniente e revelar como se sente.
A gente só admite a própria deformidade
quando é capaz de perceber a beleza da verdade,
os vínculos que afloram da vulnerabilidade.
Abrir o coração nunca é simples. Mas é, simplesmente,
o único caminho pra ser humano. Sendo gente.
Depois de abordar aqui na Coluna o poder que nós detemos de escolher a palavra certa, a expressão que liberta, neste link aqui,
a alfabetização emocional que incorporamos pelo hábito da escrita, neste link aqui,
agora confesso o esforço de revisitar as memórias, de quando descobri que o fundo do poço tinha subsolo… quando enfrentei um câncer com a filha no colo… quando habitei o túnel da UTI por mais de 15 dias, até que exatamente nesta semana, há 5 anos, meu marido Belo Adormecido desse os primeiros sinais de vida.
Nesta quarta-feira, 3 de junho, te convido a acompanhar a LIVE onde eu conto o nosso milagre e tudo o que aprendi na reclusão dos tratamentos.
Vai ser às 21h, a convite da Janes Ortigara. Sigam já no Instagram @AnaLavratti e @ABCdasEmoções pra que ele avise quando estivermos no ar.