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Brasil busca referências de conduta para a publicidade dirigida ao público infantil
24 de Setembro de 2008

Brasil busca referências de conduta para a publicidade dirigida ao público infantil

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24/09/08

???Crianças de até 12 anos não têm o lobo frontal totalmente formado, o que não permite que tenham um julgamento pronto…”

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Patricia Botas

Teve início nesta terça-feira, 23 de setembro, o Segundo Fórum Internacional Criança e Consumo, realizado pelo Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana. Durante o encontro, a delicada questão da publicidade voltada ao público infantil será discutida. No evento de abertura, a americana Susan Linn, professora de Harvard e autora do livro Crianças do consumo, e a sueca Cecília Von Felitzen debateram, com intermédio de Guilherme Canela, coordenador de relações acadêmicas do Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), procedimentos para regulamentação deste segmento no setor de propaganda.

Os adultos, seres com capacidade de julgamento e raciocínio lógico desenvolvidos, são receptivos à publicidade, afinal, é ela que os ajuda a escolher o que ??? e de que marca ??? consumir. ???Crianças de até 12 anos não têm o lobo frontal totalmente formado, o que não permite que tenham um julgamento pronto. Além disso, crianças até cinco anos não sabem diferenciar o programa em si do comercial. ?? uma decisão perigosa deixar estes seres expostos à propaganda, sem nenhum tipo de restrição ou regulamentação???, afirma Susan Linn, que também é psiquiatra.

Para a especialista, as crianças de hoje sofrem muito mais influência do que antigamente. ???O investimento em publicidade infantil aumentou 170 vezes nos últimos 25 anos nos Estados Unidos, além de ter ganhado novas formas de se manifestar. Há alguns anos, o problema era apenas a TV. Agora as empresas apelam através de internet, videogames, marketing nas escolas e celulares. Além disso, temos a questão dos licenciamentos, que rendem US$ 22 bilhões por ano nos Estados Unidos, graças a personagens queridos das crianças que viram bonecos, jogos e outros.???

A questão fica mais delicada ainda ao refletirmos sobre as condições financeiras das famílias brasileiras e dos próprios interessados nesse segmento, entre eles os veículos. Empresas de comunicação dependem de verba publicitária para alimentarem suas grades de programação, sendo que o debate sobre a questão, ao se tornar polêmico e se dilatar no tempo, pode causar fuga de anunciantes. No Brasil, a TV Cultura adotou a postura de não veicular comercial voltado às crianças durante sua programação infantil. ???Na Suécia, enquanto a TV pública exibe programas infantis, não há comerciais. Existem também órgãos governamentais que recebem denúncias de abusos, além de realizar palestras em escolas???, exemplifica Cecília von Felitzen.

Para ler matéria na íntegra, clique aqui.

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