O ranking “Best Global Brands 2024” (“Melhores Marcas Globais 2024”, na tradução literal), realizado pela Interbrand, consultoria de marcas, trouxe a lista com as cem marcas mais valiosas do mundo.
“Ao longo do último quarto de século, a análise da Interbrand avaliou o valor e o crescimento das marcas, e os dados acumulados ao longo destes 25 anos oferecem lições valiosas. Por exemplo, foi demonstrado que, embora o marketing centrado nos resultados gere benefícios financeiros a curto prazo, a falta de investimento estratégico em branding custou pelo menos 3,5 biliões de dólares em criação de valor”, explicou o Marketing Directo.
Já para o CEO Global da Interbrand, Gonzalo Brujó, “se as marcas tivessem sido tratadas e geridas como ativos estratégicos de crescimento, o conselho poderia atualmente acumular um valor de até 6,9 biliões de dólares. “O crescimento que vemos esconde uma oportunidade perdida impressionante.”
Neste ano, a primeira marca a aparecer no ranking é, novamente, a Apple. Porém, a empresa perdeu, pela primeira vez, valor, saindo dos 502,7 mil milhões de dólares registados em 2023, para 488,9 mil milhões neste ano, uma queda de 3%. Já a Ferrari, que ficou na 62ª posição e o YouTube que apareceu em 24º tiveram o maior aumento.
A Apple é a primeira entre as 100 marcas mais valiosas de 2024
Mesmo tendo um pouco de queda, a Apple não perdeu o seu posto de marca mais valiosa de 2024. “Enquanto outros correram para a IA, a Apple queria garantir que seus lançamentos estivessem alinhados com seus valores de privacidade. Em outras palavras, a marca priorizou a confiança de longo prazo em detrimento dos benefícios de curto prazo”, comentou Greg Silverman, Diretor Global de Economia de Marca da Interbrand. “De facto, as suas ações subiram 20% face ao ano anterior e na Interbrand prevemos que o seu valor aumentará na edição de 2025”, continuou ele.
Nas posições seguidas da Apple temos Microsoft no segundo lugar e Amazon com a medalha de bronze. Já as marcas automotivas, temos a Toyota na melhor colocação, em sexto. Mercedes-Benz e BMW ficaram em oitavo e décimo, respectivamente.
Quando avaliamos as marcas de luxo, observamos uma trajetória ascendente, já que são empresas dispostas a criar novas experiências. Com isso, a Louis Vuitton conseguiu subir três posições, saindo de 14º para 11º. Já a Hermès e a Prada estão entre as marcas no segmento que mais aumentaram o seu valor, com 15% e 14%, respetivamente.
“O luxo não se trata mais apenas da compra, mas da experiência que o rodeia”, afirmou Manfredi Riccal, Global Chief Strategy Officer da Interbrand. “Por exemplo, a Louis Vuitton demonstrou a sua capacidade de vender cultura (não apenas bolsas) ao abrir uma série de restaurantes e cafés em todo o mundo. “É raro que a marca de uma holding corporativa (LVMH) seja capaz de evocar uma marca diversificada e poderosa e, ao mesmo tempo, ressoar como uma marca por direito próprio (Louis Vuitton).”
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