Um dos grandes desafios de diversas marcas é sobre como impactar a Geração Z com os seus produtos e serviços, não é mesmo? De acordo com um evento realizado pela Ipsos, de forma virtual, José Pablo Ferrándiz, diretor de Opinião Pública e Estudos Sociais da Ipsos, falou um pouco sobre como o desequilíbrio geracional coloca desafios a nível social, político e econômico.
“O mais importante para as marcas no futuro, e na verdade já no presente, é compreender o campo de jogo em que vão competir. As tendências atuais, especialmente as demográficas, desempenharam um papel crucial devido ao envelhecimento da população e à falta de nascimentos. Estas tendências e desequilíbrios demográficos influenciarão todos os contextos sociais, econômicos e políticos, amplificando-se ao longo do tempo. As marcas devem estar preparadas para se adaptarem a estas realidades e responderem às novas necessidades de uma sociedade em transformação”, disse Ferrándiz, segundo o Marketing Directo.
Sebastián Corzo, Brand Health Tracking Expert da Ipsos, aproveitou para falar um pouco sobre o assunto. “A Geração Z vem para mudar as regras do jogo, embora a realidade seja que as atitudes das duas gerações são mais semelhantes do que acreditamos em termos de atividades e comportamentos.
Aquelas pessoas que consideram a geração Prata passiva estão erradas; Os Silvers participam ativamente em inúmeras atividades tanto no mundo online como offline. É essencial reconhecer essas semelhanças para compreender melhor ambas as gerações e responder adequadamente às suas necessidades”
Geração Z se sente atraída por marcas que trazem representatividade
Os dados do estudo feito pela Ipsos, mostram que, quando o assunto é internet, a Geração Z e a Silver tem quase a mesma porcentagem. “79% dos jovens não conseguem imaginar a sua vida sem a Internet, em comparação com 61% dos Silvers. Contudo, a utilização das redes sociais é semelhante: 65% dos jovens e 63% dos prateados utilizam-nas semanalmente”.
Porém, quando vamos olhar sobre o efeito das marcas na vida destas gerações, temos a Geração Z muito mais disposta a pagar mais caro, caso a empresa a represente, com 65% contra 57% dos Silvers. “Ambas as gerações são céticas em relação ao que dizem os líderes empresariais, com 45% dos jovens e 44% dos prateados a confiar neles”, disse a publicação.
A preocupação com o meio ambiente também foi pauta da pesquisa. Aqui, as duas gerações pensam sobre o assunto. “71% dos Silvers acreditam que se não fizermos algo para combater as alterações climáticas, estaremos a falhar com as próximas gerações, em comparação com 55% dos jovens”.
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