A Cianet é uma empresa de Florianópolis (SC) que desenvolve e comercializa tecnologias e produtos para operadores de internet e TV há mais de 20 anos. De olho no crescimento desse mercado que experimentou em 2015 um resultado de 21,5% sobre o ano anterior, na base de assinantes dos pequenos e médios provedores brasileiros de internet, a empresa acaba de anunciar mudanças na gestão do negócio.
Silvia Folster no comando
O cofundador e então CEO Ricardo May deixa a posição executiva para assumir, como acionista, a presidência do Conselho de Administração da companhia. Nesta transição, May também se dedicará a uma imersão no Vale do Silício com o objetivo de identificar tendências e oportunidades de inovações para a companhia. Na presidência, assume Silvia Folster, executiva que desde 2008 ocupava a diretoria comercial da Cianet. Neste período, a empresa cresceu de forma acentuada – 2015 registrou um incremento de 30% no faturamento. Há cinco anos a empresa figura entre as PMEs que mais crescem no Brasil, segundo pesquisa realizada pela Deloitte.
Além de dar sequência ao bom momento do mercado, que está demandante de soluções tecnológicas para suportar o crescimento de base de assinantes, a gestão de Silvia pretende dar continuidade ao investimento na gestão de pessoas e nas camadas gerenciais da empresa. Nos últimos dois anos a empresa consolidou uma série de mudanças organizacionais, com a junção de algumas gerências como a de marketing e recursos humanos, financeiro com suprimentos e a área de suporte e manutenção com a divisão industrial da companhia. Além disso, o desenvolvimento dos times, de uma nova cultura organizacional e do investimento nos ambientes funcionais, renderam o reconhecimento da Great Place To Work (GPTW) como uma das melhores empresas para se trabalhar em Santa Catarina no ano passado.
Foco no desenvolvimento do cliente
À frente da diretoria comercial, Silvia desenvolveu processos na Cianet para apoiar os clientes na profissionalização de sua gestão e dispor melhor seus investimentos em tecnologia e na expansão da base de assinantes. “Entendo o momento de expansão do mercado e necessidade de novas tecnologias para os provedores se manterem competitivos. Para ajudá-los, estamos implantando um núcleo de inovação seguindo a metodologia de ‘Customer Development’, que queremos disseminar na empresa por meio de times multidisciplinares”, explica Silvia Folster.
Para atender este objetivo, a Cianet irá ampliar a unidade de Serviços para justamente apoiar os clientes a desenharem sua expansão e crescimento. “Queremos cada vez mais compartilhar as boas práticas entre os provedores ampliando iniciativas como os eventos Cianet.inloco, que levam conhecimento e oportunidades para várias regiões do país”, aponta Silvia.
Trajetória profissional
Formada em Administração, com especialização em Marketing, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e habilitação para atuar como Coach, Silvia Folster atua há 25 anos em empresas de base tecnológica em Santa Catarina. Iniciou a vida profissional aos 19 anos como recepcionista em uma empresa de TI para o segmento de Engenharia, chegando em três anos a analista financeiro. Na mesma empresa, surgiu oportunidade para atuar na área de vendas, quando passou a desenvolver habilidades comerciais e de relacionamento. Em pouco tempo, assumiu a gerência comercial do negócio, ficando mais de uma década nesta função. Em 2008 foi convidada a assumir a diretoria comercial da Cianet e desde então, além de liderar o time comercial, passou se envolver mais recentemente diretamente com as demais áreas da empresa.
Silvia assume a presidência em um momento de amplas discussões do papel e do protagonismo da mulher no ambiente profissional. Atualmente, o mercado de trabalho conta com 42,7% de participação feminina e, de acordo com a pesquisa “Women in Business 2015” da Grant Thornton, o Brasil ainda é o 3º colocado entre os países que menos promovem funcionárias em posições de liderança. A nova CEO da Cianet acredita na mudança deste cenário. “A liderança feminina tem um olhar diferenciado, não é melhor nem pior, mas importante no cotidiano das organizações”, finaliza.