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Black Friday: saiba como se proteger de ofertas que enganam
11 de Novembro de 2024

Black Friday: saiba como se proteger de ofertas que enganam

Confira as dicas da advogada especialista em direito do consumidor, Larissa Nishimura

A Black Friday já se consolidou no calendário do comércio brasileiro e, atualmente, muitos lojistas estendem suas ofertas e descontos por vários dias, até semanas.

No entanto, é cada vez mais frequente a prática de inflar os preços antes da data, criando uma falsa impressão de desconto. Isso leva o consumidor a pagar o mesmo valor, ou até mais, por um produto que estava mais barato no mês anterior. De acordo com a advogada especialista em direito do consumidor, Larissa Nishimura, quem se sentir enganado por essas práticas tem o direito de reclamar e fazer uma denúncia.

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“Além de não cumprir com a oferta anunciada ou de cobrar um valor diferente do que foi divulgado, o comerciante poderá ser alvo de reclamações e denúncias de consumidores que comprovarem ter sido vítimas de um desconto fictício, ou seja, de promoções realizadas em produtos que custavam menos ou o mesmo preço de antes da Black Friday”, afirma Larissa. De acordo com ela, a melhor maneira de realizar a denúncia e ter uma foto ou qualquer tipo de comprovação dos valores praticados anteriormente.

A plataforma de comparação de preços Buscapé divulgou que alguns preços já sofreram aumento em outubro, nos períodos de 1/10 a 7/10 e de 15/10 a 22/10. De acordo com a pesquisa, os tênis tiveram reajuste de 36%, enquanto geladeira, 13%, e ar condicionado, 7%. Outros produtos que sofreram alta nos preços foram máquina de lavar (+4%), micro-ondas (+2%), tablet (+2%), console de videogame (+1%) e televisores (+1%). Larissa destaca a importância de registrar uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.

Além disso, a advogada ressalta ainda que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, os preços promocionais devem ser claros e transparentes para o consumidor, além de visíveis nas vitrines. Ela também recomenda que o consumidor pesquise preço e tenha cuidado para não cair em golpes virtuais. “É comum que golpistas patrocinem publicações com falsas promoções e muita gente acaba comprando um produto fictício. Por isso, é preciso estar atento e desconfiar de promoções com valores muito abaixo dos praticados no mercado”, diz.

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