Michelle Moratelli é especialista em marketing digital e vendas, criadora do Método EPX — Estruturação, Posicionamento e Vendas Exponenciais. Administradora de empresas e MBA Gestão Comercial pela FGV, com vasta experiência em ajudar empresas e profissionais a potencializarem seus resultados no digital, Michelle é referência em estratégias que conectam e convertem clientes nos canais digitais. Nesta entrevista, ela compartilha valiosas reflexões sobre transição de carreira, decisões estratégicas, empreendedorismo e muito mais.
Você começou sua carreira em um campo diferente antes de se tornar uma mentora de negócios exponenciais, tendo passado por uma transição significativa e bem-sucedida. O que motivou sua mudança de carreira e como foi o processo de adaptação aos novos desafios?
Eu comecei a trabalhar muito cedo, desde os 12 anos. Meu primeiro empreendimento foi uma fábrica (na cozinha da minha mãe) de massas de pastel, agnolines e macarrão caseiro. Eu era muito nova, então não podia sair muito longe de casa para vender, e ia de porta em porta na vizinhança oferecendo. Depois disso, trabalhei em diversos lugares como vendedora e secretária. Aos 20 anos iniciei a faculdade de Administração de Empresas e depois fiz um MBA na FGV de Gestão Comercial. Eu já trabalhei vendendo motos e carros em concessionária, vendi tintas, parafusos e ferragens, cursos de MBA na FGV, e em lojas de Varejo como Magazine Luiza, Schumann e outras. Fui gerente de loja, viajava o Brasil inteiro treinando times de vendas e prospectando clientes.
Eu não conseguia me sentir completa em nenhum lugar, então entrava, dava o meu melhor, chegava rapidamente ao topo na carreira (por várias vezes fui eleita a melhor vendedora do Brasil em vários lugares em que trabalhei), mas não me sentia feliz, e acabava saindo. Faltava algo que fizesse meu coração vibrar sabe?
Sempre amei trabalhar com gente, vender para mim sempre foi sinônimo de solucionar problemas, mas de certa forma, eu sentia que ainda não tinha chegado… Faz sentido?
Eu não me sentia vivendo meu propósito. Sei que parece muito clichê, mas eu sei que em algum momento das nossas carreiras bate aquela sensação de: então é isso? será que estou fazendo o que nasci para fazer? Não sei você, mas eu ouvia uma voz dentro de mim que não me deixava dormir, não me deixava entrar em zonas de conforto, pois eu sempre estava buscando AQUILO que ia fazer meu coração vibrar. Eu sabia que poderia parecer uma maluca por deixar a estabilidade e sair em busca disso, mas algo em mim não me deixava parar.
Por vários momentos me perguntei: será que realmente existe isso de propósito, ou será que eu realmente deveria sossegar e agarrar a “estabilidade” que eu tinha? Será que eu estava sendo ingrata? Essas dúvidas me assombram muito.
Eu morava em Chapecó e estava trabalhando na Caixa Seguradora – da caixa Econômica Federal, e uma quarta-feira qualquer estava conversando com meu marido sobre essa sensação e essa inquietude que eu tinha – Amor, a gente sempre quis morar no litoral, porque a gente não se muda? E ele topou.
Larguei a tão sonhada estabilidade financeira para mais uma vez buscar “aquele algo que faltava”. Chegando aqui no litoral, com 2 filhos, marido, cachorro, casa, me vi diante de uma situação inevitável: eu tinha que arrumar um trabalho. Fui jantar na casa de uns amigos, e me foi oferecida a vaga para trabalhar em uma concessionária. Salário bom, benefícios bons, mas. 40 km longe da minha casa. Como precisava muito, topei. Eu saía de manhã muito cedo, voltava para casa muito tarde. Via meus filhos crescendo na horizontal (sempre dormindo).
E depois de alguns meses, me vi exatamente no mesmo ponto em que estava um tempo atrás: INDIGNADA por não sentir que estava fazendo algo útil com todo o conhecimento e experiência que eu tinha. Eu realmente não estava vivendo o meu PROPÓSITO. E foi ali, na beira-mar de Florianópolis que eu tive uma epifania: eu ia largar (novamente) o trabalho e nunca mais ia trabalhar com algo que não fosse AQUILO QUE EU TANTO BUSCAVA! O que era? Eu não fazia ideia. Mas eu não ia mais trocar propósito por proposta. Isso era definitivo.
Eu não tinha a menor ideia do que ia fazer, de como ia pagar o aluguel, ou sustentar meus filhos, mas estava realmente cansada. No auge dos meus 33 anos, onde eu imaginava que estaria sendo extremamente bem-sucedida, lá estava eu, sem saber o que fazer.
Dois meses depois, fui chamada para trabalhar em uma escola de desenvolvimento humano de Curitiba, com um professor que realmente havia mudado a minha vida, e pela primeira vez eu senti o tummm do meu coração, foi forte – aquilo era um chamado. O trabalho era home office, e tudo acontecia no digital. As aulas eram online, o atendimento era por whatsapp, e-mail, chat, instagram. Eu não tinha muito conhecimento de tecnologia – até hoje não sou especialista nisso – mas, me dediquei muito a aprender. Comecei a atuar nos lançamentos, treinamento do time de vendas e a entender tudo que acontecia nos bastidores. Você pode não acreditar, mas AQUILO SIM, fazia eu me sentir viva, útil, e pela primeira vez, vivendo o meu propósito.
Fiquei 2 anos nessa escola, até que meu marido criou uma agência digital – Agência DAG -, com uma proposta bem diferente das demais agências que víamos no mercado, e me convidou para estar com ele. Eu mais uma vez, senti um chamado, e fui. Toda a experiência e conhecimentos que eu havia adquirido nos últimos anos fizeram com que começássemos nossa agência totalmente focada no digital, atuando nos bastidores de centenas de lançamentos digitais no mundo inteiro, onde faturamos múltiplos 7 dígitos através da conexão real com as pessoas, da compreensão de como nos comunicar da forma certa, atrair clientes e vender soluções que realmente atendessem às necessidades das pessoas, e foi incrível!
Muitas pessoas estavam buscando os nossos serviços, mas eu não tinha braço para atender mais especialistas, e então, mais uma vez, senti a necessidade de criar algo que viesse ao encontro desse propósito que estava sendo vivido de forma tão visceral. E assim, em 2022, decidi ensinar as pessoas como elas poderiam fazer isso nos negócios: estruturar tudo aquilo que produziam, sabiam e viviam, em forma de soluções para ajudar outras pessoas, estruturar sua comunicação para atraírem e engajarem mais pessoas, se posicionarem de forma a se conectar com esse público e vender de forma estratégica. Assim nasceu a nossa segunda empresa: a Plataforma Exponencial, onde mais de 400 pessoas já criaram seus negócios e vendem no mundo todo, aplicando o Método EPX – Estruturação, Posicionamento e Venda em Escala para Negócios Exponenciais, que compila toda a nossa experiência e expertise. Hoje posso dizer que encontrei aquilo que buscava, que a voz dentro de mim era real, e estava me levando a viver tudo isso que hoje vivemos, e fico feliz em tê-la ouvido e não desistido!
Em sua trajetória de mais de 280 lançamentos com múltiplos 7 dígitos, você certamente enfrentou diversos obstáculos. Qual foi o maior desafio que você encontrou ao implementar estratégias digitais de alto impacto e como conseguiu superá-lo, mantendo o foco no crescimento?
Acredito que o maior desafio em qualquer negócio é saber lidar com as pessoas, manter a energia, motivação, o respeito com o time e os processos alinhados. Tivemos que ter principalmente a inteligência emocional fortalecida, porque, técnicas a gente aplica, revisa, ajusta… Mas estávamos lidando com pessoas incríveis, especialistas em suas áreas, mas que não tinham muita ideia de como funcionava o digital e, muito menos, de todo o trabalho que fazíamos nos bastidores para que no dia do lançamento tudo desse certo. Em um ano, trabalhamos com mais de 17 especialistas simultaneamente, e embora em nosso modelo de lançamento tivéssemos mais de 350 atividades mapeadas para serem realizadas desde o início até o final, o maior desafio era de mostrar ao especialista o valor do nosso trabalho, além de fazer ele acreditar nele mesmo e de entregar o seu melhor, mesmo sem ter certeza do resultado final. E até aí não tínhamos uma equipe, era eu e o Daylan (meu esposo) fazendo copy, tráfego, páginas, oferta, posts… tudo mesmo. E ainda tínhamos que parar boa parte do tempo para animar, acompanhar e dar motivos plausíveis para que o especialista seguisse o processo – e agradecer quando seguiam. Houve momentos onde as pessoas queriam desistir depois de 30-40 dias de trabalho duro, muito investimento de tempo e até de dinheiro, por medo de não ter público nas lives, ou por estar com medo de fazer a oferta, ou ainda, a pessoa trazia à tona suas maiores crenças limitantes, chorava, passava mal, descontava na equipe… Bem difícil, sabe? E somado a isso, muitas (MUITAS MESMO) madrugadas varadas trabalhando, o emocional realmente pegava forte.
O nosso maior motivo sempre foi saber que estávamos impactando (mesmo que por tabela) milhares de pessoas no mundo todo através do conhecimento. Estávamos mudando vidas de dentro da nossa casa, com nossos filhos observando tudo e claro, tendo resultados inimagináveis e exponenciais. Aos poucos, com mais maturidade e experiências, definimos alguns critérios para a escolha das pessoas que trabalhavam conosco e as coisas ficaram mais leves. Pessoas são e sempre serão a maior riqueza nos negócios, e o maior desafio também – ao meu ver.
Por isso, quem aprende a extrair o melhor das pessoas, consegue realmente alcançar outro nível de resultados.
Como fundadora da Plataforma Exponencial e sócia da Agência DAG, você transformou muitas histórias em sucesso. Poderia compartilhar uma história marcante de transformação, onde seu apoio foi essencial para o crescimento exponencial de um empreendedor?
Enquanto penso na resposta, me passa um filme. Eu conheço a história de cada pessoa – e foram muitas – que passou por aqui. Sempre me preocupei em entender exatamente o momento em que as pessoas se encontravam e trazer as melhores soluções para elas. Uma história muito marcante para mim foi da Kati. Ela trabalhava com contabilidade em uma organização e sempre dizia que queria trabalhar com terapias. Eu a conhecia pessoalmente, fomos apresentadas por um amigo em comum. Ela passou a me seguir no Instagram, e sempre me perguntava como poderia fazer essa transição. Eu a incentivava a fazer com segurança (não da forma que eu fiz a minha), ir atendendo com as terapias e quando o ganho superasse o que recebia na CLT, ela poderia sair e montar seu negócio. Mas eu estava sempre cutucando: e aí? Quando você vai sair?
Um dia ela me mandou a foto da carteira de trabalho, dizendo que já estava preparando o pedido de demissão. Ela encontrou um sócio, o Henrique, que também atuava com terapias, e juntos criaram um curso digital. Eles já estavam vendendo pela internet e já tinham alguns alunos.
Em um jantar, na casa daquele amigo que nos apresentou, encontrei a Kati muito feliz, pois ela estava realizada com a nossa profissão. Marcamos uma reunião para poder mostrar um pouco do nosso trabalho e fechamos ali uma parceria. Na época, eles faturavam em torno de 6 a 10 mil por mês com os cursos. Quando aplicamos o Método EPX no negócio e trouxemos a nova estratégia, completamente contraintuitiva para eles, eles ficaram um pouco receosos, mas confiaram. Em 30 dias fizemos o primeiro lançamento juntos, investindo R$ 1.500,00 em tráfego e em 7 dias fechamos mais de R$ 420.000,00 em vendas. Em pouco tempo, fizemos mais de R$ 1.200.000,00 investindo menos de R$ 20.000,00. Praticamente tudo orgânico.
Hoje, esse negócio ensina milhares de terapeutas no mundo inteiro através de suas formações. E tudo começou com uma sementinha plantada. Para mim isso é ser exponencial!
Em seu livro “Um elefante incomoda muita gente, quem prospera incomoda muito mais”, você aborda a importância de prosperar em meio às adversidades. Como você define prosperidade no contexto dos negócios exponenciais e quais passos considera essenciais para alcançar essa prosperidade? Uma curiosidade que deve ser comum ao nosso público, como você chegou a este título?
Jonny, você caprichou nas perguntas hein? Rsrs Vamos por partes… Eu estava muito cansada, estressada, beirando o esgotamento mental depois de dezenas de lançamentos seguidos, e precisava organizar a cabeça, sabe como é? Tem vezes que dar uma pausa é a melhor coisa que a gente pode fazer. Eu aluguei um apartamento em Governador Celso Ramos (era de uma amiga) e fui pra lá sozinha com meu computador, uma resma de papel sulfite e um pacote de post-its. Eu sentei na frente do computador e comecei a olhar para cada cliente, cada lançamento e organizar tudo que devia ser feito, por quem e como.
Lá pelo terceiro dia, eu havia organizado todos os próximos meses de trabalho. Fui caminhar na praia e eu estava muito imersa nos pensamentos… Eu queria poder fazer mais, mas estava me sentindo limitada. Eu não tinha braço para pegar mais clientes, mas tinha tanta gente incrível que podia acessar aquilo que eu vinha fazendo… Mas como? Comecei a pedir que Deus me mostrasse um caminho para fazer isso. Eu não sou muito religiosa, mas certamente sou movida pela fé. Então fiquei com esse pensamento de como fazer mais, como levar para mais pessoas… Eu me sentia muito insegura ainda para ensinar através de um curso ou mentoria. Sentia que precisava ainda saber mais coisas, ou ter uma formação específica, porque afinal, eu não sabia nada de digital até pouco tempo, e embora tivesse centenas de lançamentos na conta, achava que não estava pronta.
Mas ainda assim, peguei uma folha de papel e comecei a escrever como eu queria ser vista pelas pessoas dali pra frente, os meus conhecimentos, minhas habilidades, meus valores, tudo! Assim descobri que queria sim, ser vista como uma Mentora, uma professora. Já era tarde e fui deitar. No meio da noite, eu acordei com essa frase na cabeça: Um elefante incomoda muita gente, quem prospera incomoda muito mais. Ela ficava ressoando como a música… Um elefante incomoda muita gente, quem prospera incomoda, incomoda, incomoda muito mais…Levantei, anotei num post-it e voltei a dormir. No dia seguinte, olha que coisa engraçada, eu acordei e tinha uma borboleta pousada exatamente em cima do post-it onde estava escrita essa frase. Eu não fazia ideia de que seria um livro, mas aquilo me marcou muito, e sabia que seria algo importante pra mim. Alguns meses depois, o Pablo Marçal (eu era aluna dele na época) me desafiou a escrever um livro. Mas não um livro qualquer. Um livro que trouxesse algum ensinamento que eu havia experienciado e que pudesse contribuir com mais pessoas. Eu não sei como lembrei disso, mas no mesmo instante eu disse: o título já tenho! E assim surgiu esse título inesperado, engraçado, mas que diz muito. E 4 dias depois, meu livro estava pronto.
Eu escolhi falar sobre prosperidade, porque foi o maior desafio que enfrentei comigo mesma: viver a prosperidade. Mas o que é de fato a prosperidade?
Vou começar falando o que não é… Prosperidade não é ter dinheiro na conta. Eu mesma conheço muitas pessoas cheias de dinheiro na conta, com muito patrimônio e que são extremamente miseráveis. Prosperidade não é o que você vê fora, no mundo físico. Prosperidade é uma energia, e ela se materializa no mundo físico quando você vive de forma abundante e próspera. Prosperidade é, talvez, a coisa mais natural que existe no mundo. A natureza é próspera. Uma semente ao cair na terra, se transforma em uma árvore e gera flores, frutos, e mais bilhões de sementes. Só que a maioria das pessoas (inclusive eu era assim) são tão cheias de crenças e medos, que acabam resistindo à prosperidade. A prosperidade é natural, a crença é o limite. A prosperidade é individual, a pobreza é coletiva. Se você fizer o que os outros estão fazendo, isso não vai levar você muito longe. Existe um fenômeno chamado de consciência coletiva. Essa consciência coletiva é a “pensamentosfera”, uma frequência de pensamentos, crenças e ações coletivas. É onde a maior parte das pessoas passa a maior parte do tempo. Sabe quando você chega num lugar e o único assunto é novela, tragédia e desgraças? É a faixa de pensamento onde as pessoas estão, o nível de frequência.
Para que você possa sair disso, é preciso elevar a frequência. Fazer aquilo que a maioria das pessoas não faz, porque acham difícil demais, pesado demais, pressão demais. E isso é para os negócios e para a vida!
E não é só em coisas grandes como criar um negócio. Mas em coisas simples: ser o melhor marido que você puder ser, o melhor pai que você puder ser, se dedicar nas coisas que você se propõe a fazer sobe a régua da sua vida.
Ao começar esse movimento de subir a frequência, você começa a ter resultados manifestados acima da média, começa a ver oportunidades que ninguém vê, fazer contatos com quem não imaginava e com isso ter novas experiências e novos conhecimentos. Ao se conectar com quem é de verdade, não tem como você continuar na mesma frequência. Você tem o COMPROMISSO de se colocar mais pressão, de crescer mais e contribuir mais.
E ao se colocar nesse movimento você conhece a verdadeira abundância, começa a prosperar em tudo que faz. Eu tive muita dificuldade de entender isso, pois achava que a prosperidade era viver com muito dinheiro e que para isso, eu precisaria trabalhar mais, fazer mais… Mas na mente, vivia em escassez, sentindo que tinha pouco tempo, pouca energia, pouco conhecimento para passar adiante. Achar que não está pronto também é escassez, porque tem pessoas que precisam disso que você já sabe ou faz, mas como fazemos com facilidade, parece pouco.
O que descobri é que só trabalhar muito não é a direção para prosperar de verdade. Acredite, eu trabalhei muito e fiz muito dinheiro e ainda assim vivia em escassez. Na minha cabeça eu era pobre, porque eu não me sentia próspera, achava sempre que estava faltando algo.
O trabalho deve ser na direção certa, com estratégia, com networking, com alegria, com propósito. Só que muitas vezes ficamos presos na falsa sensação de segurança que a CLT nos dá, ou o concurso público, ou o trabalho que temos hoje, e não conseguimos dar o primeiro passo nessa direção. Não me entenda mal, eu não sou contra CLT ou Concurso público, nem sou a “louca do empreendedorismo, mas todo dia tem alguém que reclama para mim que não está feliz onde está, mas não muda! Segue a vida toda fazendo algo que não gosta, trocando a vida por um salário.
Buscar apenas segurança não te leva adiante, e também é viver em escassez. O medo da falta é a escassez. Segurança não existe, nem estabilidade. Em um minuto nossa vida muda, mas se estivermos preparados pode ser a virada de chave que precisamos para ter uma vida mais próspera, uma vida com mais sentido, entende?
Depois que você entra nessa energia as coisas mais loucas começam a acontecer. Começa a surgir oportunidades inimagináveis, porque você se abre para as possibilidades.
Então hoje as coisas que eu considero essenciais para você viver a verdadeira prosperidade são:
1. Tomar decisões e entrar em ação na direção daquilo que você deseja viver, todos os dias;
2. Ser grato pelo quanto você foi capaz de fazer até aqui – estou certa de que vai te impactar olhar o quanto você já cresceu;
3. Escolher cuidadosamente quem estará contigo e com quem compartilha a sua vida – isso faz muita diferença;
4. Acreditar em algo maior do que você – pois isso acaba com o medo e te faz querer ser melhor;
5. Multiplique-se exponencialmente: tenha filhos, tenha projetos, tenha negócios, tenha amigos, compartilhe as coisas boas que você sabe… Não se economize! O crescimento exponencial acontece quando você multiplica.
Com sua vasta experiência em lançar negócios de sucesso, você identificou várias características que são comuns entre esses negócios. Quais são as principais características que você acredita serem essenciais para um negócio exponencial bem-sucedido e como os empreendedores podem cultivá-las em seu dia a dia?
Ah falamos muito disso acima, mas vou reforçar: todos os negócios que crescem exponencialmente começam com um PROPÓSITO claro. As pessoas mais bem-sucedidas que conheci, sabem com clareza o motivo para seguir adiante apesar das adversidades. Quem vive de propósito não aceita proposta – isso é, não se perde no caminho por algo novo que surgiu. Elas seguem o processo com consistência e constância, pois sabem que construir algo grandioso, construir um legado, leva tempo.
Outra coisa essencial que observo, é que as pessoas tomam decisões difíceis todos os dias. Elas não fogem dos problemas, não deixam de tomar decisões importantes (que muitas pessoas empurram pra depois), por medo. Elas decidem e agem, e assumem o risco. E se der errado, elas aprendem rápido e não erram mais naquilo. Mas jamais deixam de tomar decisões e entrar em ação.
Elas se posicionam de forma clara. Observe as pessoas que você admira: elas sabem se posicionar, falam com segurança e clareza sobre o que fazem, querem ou não querem. Elas não têm medo de incomodar. Já percebeu?
E por último, todas as pessoas bem-sucedidas que eu conheço possuem uma fé inabalável na vida, elas acreditam na lei do plantio e da colheita, acreditam na multiplicação. Entenderam que só existem resultados exponenciais multiplicando o que sabem, as soluções que trazem, os conhecimentos, os talentos… E por isso nunca param de plantar sementes. Acredito que isso se aplica a todos nós, nos negócios, no dia a dia e naquilo que escolhemos empreender – seja um negócio, uma família, ou em nossa própria vida.
Você frequentemente fala sobre a importância de transformar histórias em conexões e vendas. Quais são as estratégias mais eficazes que você utiliza para criar essas conexões genuínas com o público, especialmente em um ambiente digital saturado?
Em um mundo onde tudo parece mais do mesmo, o que nos diferencia é ser quem somos. Nossas histórias, nossas experiências, nossos conhecimentos concatenados do nosso jeito, nos tornam únicos. Nós e nossos clientes.
Por isso, a melhor estratégia é algo que vejo poucas pessoas fazendo, mas acredito que vale a pena compartilhar, é: ouça! A maioria das pessoas está muito preocupada em falar, mas o mais importante é ouvir. Se você ouve com atenção, consegue entender especificamente o momento pelo qual o outro está passando, o que ele deseja e assim, consegue oferecer algo que ele quer e precisa DE VERDADE, e assim vende com facilidade.
O interesse genuíno pelo outro, transforma os negócios, gera conexões reais e como consequência, gera vendas exponenciais. Quantas vezes, vendedores chegam e ouvem o que você tem a falar? Ou perguntam algo demonstrando real interesse, e te fazem sentir ouvido, compreendido? Você acredita que se realmente te oferecerem algo que você deseja, que supre a sua necessidade, você vai deixar de comprar?
Eu vejo muitas pessoas falando que o digital é uma enganação, porque tiveram péssimas experiências com pessoas que só queriam vender, mas que no fim não entregaram nada? Isso existe, e infelizmente, existe muito. Porque as pessoas não ouvem mais, não param para verdadeiramente ouvir as histórias, ouvir os desejos e dores reais dos clientes. Só querem vender a qualquer custo, sem se preocupar se o que estão vendendo realmente atende ao outro.
Então, a estratégia mais eficaz e que faz vender mais é tão simples, que pode passar despercebida. É simplesmente ouvir, entender e atender às reais necessidades das pessoas com aquilo que você tem para oferecer. Se as pessoas esquecerem da meta que têm para bater, por um instante, e prestarem atenção na pessoa à sua frente, vão gerar uma conexão real, e pasmem… Vão vender muito mais. Porque quando um cliente está satisfeito ele indica outros clientes, e se multiplicam exponencialmente. Isso reduz o CAC (Custo de Aquisição de Clientes), reduz investimentos em marketing, reduz muita dor de cabeça inclusive. Eu vendi no ano passado mais de R$1.200.000,00 no orgânico, sem investir em tráfego pago, com poucos seguidores… E fiz isso adivinha como? OUVINDO!
A sua jornada como mentora e estrategista digital é inspiradora para muitos. Com base em sua larga experiência, qual seria sua mensagem final àqueles que estão iniciando sua jornada empreendedora, para que possam evitar armadilhas comuns e alcançar o sucesso?
Hum… uma mensagem final depois de tudo isso… Tenha um propósito claro e trabalhe por ele, se posicione diante da vida, tome decisões difíceis hoje (aquela que você vem adiando), não tenha medo de investir nos teus sonhos, e nunca, nunca perca a fé, porque coisas extraordinárias acontecem para quem não desiste!
Lições de carreira
Conheci Michelle Moratelli num evento em que palestramos em final de outubro. Embora tivessemos pouco contato, pois ela ficou por pouco tempo, durante sua fala já pude constatar que estava diante de alguém com muito a compartilhar. No mesmo instante, troquei mensagens com meu “assessor”, citado no artigo da Carreira Centauro, e juntos chegamos a conclusão que seu perfil teria um excelente match com nossa coluna. No dia seguinte, fiz o convite e ela prontamente aceitou.
A trajetória de Michelle Moratelli é um exemplo notável de como é possível transformar desafios em oportunidades de crescimento exponencial. Suas estratégias e insights refletem uma visão inovadora que serve de inspiração para empreendedores em busca de resultados transformadores. Ao compartilhar sua experiência, ela revela que prosperar nos negócios é uma questão de planejamento, resiliência e conexão genuína com o público.
Grato pela leitura. Nos encontramos no próximo artigo!
Abraço, Jonny