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Coluna Inovação | 2020, o ano em que inovar foi sobreviver
22 de Dezembro de 2020

Coluna Inovação | 2020, o ano em que inovar foi sobreviver

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 22 de Dezembro de 2020 | Atualizado 22 de Dezembro de 2020

 

Quem sobreviveu (em termos de negócios) foi quem de alguma
forma inovou na prestação de serviços ou na oferta de produtos.

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Em minha primeira coluna sobre inovação no Acontecendo Aqui, há pouco mais de três anos, escrevi que “inovação não é apenas uma palavra bonita para cativar leitores, mas sim um motor para renovarmos nossa visão de mundo, de trabalho e de hábitos”.  

E desde os idos de março deste 2020, nada mais foi como antes. Ou quase nada. Fomos obrigados a adequar nossa mentalidade (não vou escrever mindset) a uma nova realidade que certamente deixará aprendizados, em meio a perdas e até mesmo algumas conquistas ao longo do caminho. Neste ano, ser “inovador” deixou de ser grife para ser uma arma de sobrevivência. 

A inovação, sempre importante reforçar, não é sinônimo de tecnologia. A tecnologia facilita, aproxima, transforma a análise de dados e as tomadas de decisão, mas ela é um meio. São as decisões humanas, que interferem naquilo que o programador está desenvolvendo, por exemplo, que geram a inovação, o insight, a tacada “fora da curva”. E neste ano, quem sobreviveu (em termos de negócios) foi quem de alguma forma inovou. Na prestação de serviços ou na oferta de produtos.

Os eventos presenciais foram para o digital (obrigação!), o e-commerce foi às alturas e ampliou a integração com o varejo físico (antes tarde…), as restrições ao trabalho remoto viraram pó (…do que nunca), assim como muitos dos nossos planos e certezas. 

“Em duas semanas, colocamos à prova tudo aquilo que construímos nos últimos dois anos em nosso laboratório de inovação”, me disse o CEO de uma empresa tradicional da Grande Florianópolis, que já estava entendendo o abalo sísmico provocado pela transformação digital dos últimos anos. Quem largou tarde precisou acelerar a 200km/h –  e ainda ter caixa para se manter vivo no jogo. 

Isso porque em 2020 as ondas de inovação vieram rápidas e fortes como nunca – para o mal e para o bem. Quem achou que a vitória em algumas batalhas garantiria a guerra, se enganou com força. Peguem por exemplo as fintechs, startups que desenvolvem soluções para o mercado financeiro e meios de pagamento. 

Em um primeiro momento da pandemia, quando o crédito sumiu com a paralisação da economia, o caos foi completo. Porém, a necessidade de transacionar dinheiro por meios alternativos falou mais alto e puxou uma onda que estimulou startups com serviços digitais – o que beneficiou várias jovens empresas catarinenses, como PagueVeloz, Transfeera, Payface, Asaas, entre outras. 

No final do ano, um outro movimento de mercado – a criação do sistema de pagamentos eletrônicos e transferências do Banco Central (PIX) – embaralhou novamente o jogo, fazendo com que muitas fintechs precisassem repensar seus serviços e entregas de valor ao cliente para não serem engolidas pela nova onda. Em um mês (16.11 a 15.12), R$ 83,4 bilhões foram movimentados pelo PIX, que representou entre os dias 9 e 15 de dezembro 30% do total de transações feitas no país.

Quando a vacina chegar – e se esse vírus mortalmente inovador não inventar novas mutações – não teremos o mesmo mundo de antes. No afã de buscarmos a sobrevivência, mudamos muitos hábitos e agora temos muitos novos aplicativos e serviços adequados à vida online. 

Não vou me arriscar a prever nada para 2021, mas na próxima coluna vou destacar algumas das contribuições do ecossistema de inovação em Santa Catarina nestes últimos meses para os negócios e os hábitos do pós-pandemia. Até lá, desejo aos leitores um Natal e um novo ano de paz e saúde, sem aglomerações!

E tchau, finalmente, século XX! 

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