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Coluna Emilio Cerri | Marketing do tempo das diligências
20 de Agosto de 2018

Coluna Emilio Cerri | Marketing do tempo das diligências

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Passeando pela web, acessei o site de uma agência digital que se afirma especialista em “inbound marketing” (marketing de atração). O site é bastante convincente sobre as habilidades da empresa, mas peca em uma afirmação ao dizer que o inbound nasceu e se popularizou em 2009, depois que Brian Halligan e Dharmesh Shah (co-fundador da Hubspot) lançaram o livro “Inbound Marketing”.

Imagino Bob Stone, Ed Nash, Lester Wunderman e outros papas do marketing direto (anos depois apelidado de data driven marketing) se revirando-se em seu túmulos. Os conceitos de inbound e o outbound marketing existem desde o início do século passado (obviamente não digitais). Só os “meios” de interação eram outros: catálogos, cupons, mídia postal e, especialmente, o telefone (mais tarde também o rádio e a TV). Entre outras, a métrica de LTV (Lifetime Value) já era praticada nos anos 60.

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Vale lembrar também o trabalho de Richard Cross e Janet Smith que, em 1995, lançaram os princípios do “Customer Bonding”, praticamente desconhecido no Brasil, que já antecipava muito do que hoje se chama Inbound e Outbound. Além de desmistificar alguns preceitos do “customer loyalty”.

A gente estranha também não ver menções à uma das maiorores (r)evoluções do marketing que o foi o Marketing One to One desenvolvido por Don Peppers e Martha Rogers. Tive o privilégio de tornar-me amigo de Don Peppers quando fomos fazer palestras em Quito. Conversamos muito sobre o alcance dos conceitos e suas aplicações digitais. Tudo o que existe nos dias de hoje sobre marketing baseado em dados foii previsto nos diversos livros de Don (recomendo especialmente “One to One Field Book” disponível na Amazon), um guia passo a passo para implementação do Marketing One to One.

Na verdade, o marketing direto (hoje chamado de Data & Marketing – e no pacote entram CRM (Customer Relationsip Management), CMR (Customer Management of Relationships)  e MR Marketin de Relacionamento) – conceitualmente não tem nada de novo desde o tempos das diligências da Wells Fargo nos anos 1800 levando para o velho oeste os catálogos da Sears Roebuck e da Tiffany and Co.

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