Com 30 anos de história, quase 100 lojas de Norte a Sul do país, 10 mil colaboradores, 100 milhões de clientes atendidos por ano e cerca de R$ 1 bilhão despendidos em benefícios e tributos, na Havan tudo ganha proporções gigantes. O que inclui, naturalmente, as “especulações” em torno do negócio. De tanto ouvir boatos sobre o quadro societário da empresa – ainda que ela traga no nome as iniciais do seu sobrenome – Luciano Hang quebrou um ritual de discrição mantido desde a fundação da loja, em 1986, para se assumir em rede nacional como o fundador e o dono desta empresa genuinamente catarinense e integralmente brasileira.
Já em circulação nas redes sociais e na TV aberta, em programas com audiência esmagadora – como o Domingão do Faustão e o Jornal Nacional – a campanha “De quem é a Havan?” foi lançada na semana passada em forma de “teaser”, instigando o público por meio de depoimentos reais colhidos nas próprias lojas. De forma espontânea, as apostas dos clientes entrevistados declinaram em nomes como Lula, Dilma, filho do Lula, filha da Dilma, Silvio Santos, Edir Macedo e grupos estrangeiros.
O Acontecendo Aqui antecipou o “mot” da campanha (veja neste link) e nesta segunda-feira, 28 de novembro, esteve entre os seletos veículos convidados para conhecer em primeira mão, na Administração da Havan em Brusque, a campanha que passa a circular em jornais, rádios, TVs e na web a partir de quarta-feira, 30 de novembro. Jornalistas de Brusque, Blumenau, Joinville e Florianópolis – com comitiva integrada por Moacir Pereira, do grupo RBS, Ademir Arnon, presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Giovana Kindlen do Economia SC e Ana Lavratti do Acontecendo Aqui – tiveram acesso antecipado ao primeiro dos seis vídeos que associam a imagem de Luciano Hang às ofertas da Havan para o Natal.
Com criação da agência interna da Havan, a campanha desconstrói os mitos acerca de possíveis sócios do negócio e, na mesma esteira, reforça uma convicção estratégica de Luciano Hang, que é encantar seu público, catapultando cada cliente à condição de fã da gigante do varejo. Com mais de 2 milhões de exibições nas redes sociais nos primeiros dias de circulação, a provocação “De quem é a Havan?” terá agora uma resposta proferida em rede nacional por seu próprio fundador: “É minha, é sua, é nossa, é do Brasil, é brasileira”.
Na entrevista desta segunda-feira, em meio a muitas críticas aos Governos, aos processos e à burocracia que travam o desenvolvimento do país, Luciano Hang lamentou o ceticismo dos brasileiros em relação à excelência do trabalho “made in Brasil”. Historicamente, a Havan já foi rotulada de coreana, quando se tornou a maior vendedora de tecidos na década de 1990; passou a ser vista como empresa chinesa, quando virou referência no comércio de artigos R$ 1,99, e por muito tempo foi tida como americana, pela fachada mimetizando a Casa Branca e as estátuas da Liberdade imperando no pátio. “Até então, a prioridade era a aceitação da marca, independentemente de quem designavam dono da Havan. Mas quando percebemos discriminação da loja pela associação com sócios do PT, foi inevitável mostrar que a Havan é uma empresa nacional e quem está por trás deste sucesso”, resume Luciano.
Finalizando a entrevista, antes de convidar para o almoço os quatro jornalistas de Florianópolis, o empresário falou do seu orgulho de manter 100% do capital da empresa – apesar do assédio de grupos estrangeiros – e de sua confiança no empresariado brasileiro. “As pessoas custam a acreditar que a Havan seja nacional porque resistem a associar qualidade e modernização com o Brasil, quando deveriam fazer o contrário: confiar que o brasileiro é o sujeito mais criativo que existe e que um empresário que dá certo no Brasil certamente faria sucesso em qualquer lugar do mundo”, proclama o verdadeiro dono da Havan.
Fotos: Divulgação Havan e Ana Lavratti
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