Depois de quase 15 dias, Bella Hadid resolveu falar sobre as polêmicas envolvidas durante a sua campanha da Adidas. Vale lembrar que, na ação, a modelo posou com tênis inspirados em 1972 pelos atletas dos Jogos Olímpicos de Munique, que são conhecidos pelo sequestro e assassinato de diversos atletas israelitas às mãos de uma a organização terrorista palestiniana.
Um fato que colaborou com este “problema” é que a modelo nunca deixou de mostrar o seu apoio ao povo da Palestina. Por esta razão, ela ter sido a estrela desta campanha acabou chocando muita gente. Com esta polêmica, a Adidas optou por tirar a ação publicitária do ar com a intenção de fazer modificações.
“Antes do lançamento da campanha não tinha conhecimento da ligação histórica com os terríveis acontecimentos de 1972. Estou chocada, chateada e desiludida com a falta de sensibilidade com que esta campanha foi criada”, escreveu a modelo, que tem 27 anos, em seu perfil no Instagram.
“Eu nunca me envolveria conscientemente com qualquer arte ou trabalho que estivesse ligado a uma tragédia horrível de qualquer tipo”, continuou Bella Hadid.
Onze atletas e membros da seleção israelita foram mortos durante os Jogos Olímpicos de Munique; os ataques aconteceram na vila olímpica.
Bella Hadid garante que a intenção da campanha da Adidas era unir as pessoas através da arte
Bella Hadid aproveitou as redes sociais para falar sobre a polêmica envolvendo o seu nome, depois de ser a protagonista em uma campanha da Adidas.
“Embora as intenções de todos fossem fazer algo positivo e unir as pessoas por meio da arte, a falta coletiva de entendimento de todas as partes prejudicou o processo”, continuou Hadid na postagem feita em seu Instagram. “Não acredito em ódio de nenhuma forma, incluindo antissemitismo. Isso nunca vai vacilar, e eu mantenho essa declaração em toda a extensão.”
Vale lembrar que a Adidas também fez um texto pedindo desculpas por ter utilizado a modelo em sua campanha.
“Nos Jogos Olímpicos de 1972 em Munique, 12 israelenses foram assassinados e feitos reféns pelo grupo terrorista palestino Black September. Para a Adidas escolher um modelo vocal anti-Israel para relembrar essas Olimpíadas sombrias é um descuido enorme ou intencionalmente inflamatório. Nenhum dos dois é aceitável”, escreveu o Comitê Judaico Americano em uma postagem de 18 de julho no X.
At the 1972 Olympic Games in Munich, 12 Israelis were murdered and taken hostage by Palestinian terrorist group Black September.
For Adidas to pick a vocal anti-Israel model to recall this dark Olympics is either a massive oversight or intentionally inflammatory. Neither is… https://t.co/kNWw2cIsB9
— American Jewish Committee (@AJCGlobal) July 18, 2024
“Estamos cientes de que conexões foram feitas com eventos históricos trágicos — embora sejam completamente não intencionais — e pedimos desculpas por qualquer aborrecimento ou sofrimento causado”, disse a Adidas ao USA Today sobre a campanha com a Bella Hadid. “Acreditamos no esporte como uma força unificadora ao redor do mundo e continuaremos nossos esforços para defender a diversidade e a igualdade em tudo o que fazemos.”
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