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Série entrevistas com fotógrafos de publicidade – Walmor de Oliveira
26 de Fevereiro de 2014

Série entrevistas com fotógrafos de publicidade – Walmor de Oliveira

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Walmor de Oliveira iniciou sua carreira por pura paixão há 40 anos, com 15 anos, em Florianópolis. Autodidata, o fotógrafo catarinense sempre foi um entusiasta do P&B, dos portraits, das fotos de cenas urbanas.

Com sua ida para o Rio de Janeiro, em 84, onde morou por 11 anos, se dedicou as campanhas de moda e publicitária, além de fotos de personalidades, para várias publicações brasileiras.

Fotografou, nesse período, para marcas consagradas como Dijon, Chopper, Yes Brasil, Luiza Brunet, agências como J.W.Thompson, Salles Interamericana, Artplan, MPM e publicações como Moda Brasil, Elle, The Voice, jornal O Globo e revista Interview.

No retorno a Florianópolis, abriu uma agência de modelos, a Mini Max Mega Models, representante catarinense da Mega Models,  descobrindo e lançando modelos como Renata Maciel, Ana Claudia Michels, Vanessa Schultz, Marieva, Elle Cória. Em 2000 vendeu a agência para a francesa Marilyn Models se instalar em Santa Catarina.

Retornou ao mercado da fotografia publicitária e de moda,  tendo fotografado campanha para clientes como Bottero Calçados, Döhler, Altenburg, Dona Fashion/DC, Verão Top Model/RBS,  Shopping Iguatemi e Ideal, Jurerê Internacional, Portobello Shop, entre outros.

Seus editoriais fotográficos podem ser vistos em revistas como a  Playboy, Trip, VIP, Corpo a Corpo e Uma.
Atualmente tem se dedicado intensamente a fotografia documental, procurando capturar, sob uma ótica bem particular, a cidade que o motivou, como que num reencontro com o início de sua jornada na fotografia.

 

AcontecendoAqui: Como você se tornou fotógrafo e o que te motivou a optar pela profissão?

Walmor de Oliveira: Comecei a fotografar muito cedo, com 15 anos, e utilizei a fotografia como instrumento de inclusão, pois era muito tímido. Com o passar dos anos foi virando uma paixão, a ponto de me fazer largar a faculdade, de Agronômia (sic) no último ano para me dedicar exclusivamente a ela.

 

AAqui: O que a fotografia significa além do cenário e do clic?

WO: Personalidade. A fotografia, como tudo que foi devidamente devorado pela massa ganha ar de banalidade, de igualdade, se não tiver personalidade. Cabe, na maioria das vezes ao fotógrafo, colocar um algo a mais, seja na luz, na direção de arte, na interpretação dos modelos, e isso fará a diferença no final.

 

AAqui: Que tipo de fotografia desafia mais um profissional como você a buscar o novo?

WO: Ver o novo! Ver o que o iPhone e o Instagram estão fazendo no mundo da fotografia, pois da noite para o dia, nunca tantos fotografaram tanto, e nesse tsunami de imagens, muita coisa boa está sendo feita, novas ideias, pontos de vista, conceitos. Tenho navegado e bebido muito desta fonte. É muito desafiador estar nadando nesta onda.

 

AAqui: Você tem uma expertise ou um segmento de mercado onde atue mais?

WO: Sempre atuei muito no mercado publicitário e de campanhas de moda. Nos últimos anos, o segmento da moda cresceu muito, suplantando o publicitário, pois ao contrário dele, não pode recorrer a bancos de imagens, free ou não, para ilustrar suas campanhas.

 

AAqui: Qual segmento é o mais complexo na hora de produzir uma fotografia?

WO: Atender o desejo, o anseio de um cliente, de uma agência, de um estilista é sempre complexo, pois a complexidade está nos mínimos detalhes. Todo trabalho para mim tem um misto de prazer e ansiedade, até que esteja concluído.

 

AAqui: Qual seu principal concorrente? O outro fotógrafo do seu nível ou os bancos de imagens?

WO: No mercado publicitário, sem dúvida, o banco de imagem. No segmento das campanhas de moda, as novas gerações de fotógrafos com valores cada vez mais baixos. A fotografia mudou muito, de maneira geral, pois o que antes precisava de muito investimento e conhecimento técnico, adquirido com o passar dos anos, hoje é adquirido por quase nada. O aumento, a qualidade e facilidade de manuseio das câmeras, aliada à queda  de preço, está gerando um aumento muito grande de fotógrafos no mercado.

 

AAqui: Considera importante estudar fotografia ou o dia a dia resolve?

WO: Fotografo há 40 aos e estudo fotografia todos os dias, seja saindo para fotografar novos temas, adquirindo livros, bebendo das novidades na internet, nos instagrans da vida. O aprendizado deve ser permanente! O dia a dia vai dar a segurança de resolver a infinidade de problemas que surgem ao realizarmos os jobs. Isso só a experiência ensina.

 

AAqui: Qual a sua opinião sobre a lei brasileira que garante os direitos autorais dos fotógrafos?

WO: Extremamente eficaz! Tanto que o mercado hoje em dia, ao contrário de décadas atrás, tem o maior cuidado com veiculações não autorizadas, pois sabe que é causa ganha para o autor da foto.

 

AAqui: Lugar ou pessoa que fez a diferença na hora da foto?

WO: Uma equipe unida, com ótimos profissionais sempre faz a diferença. Muitas vezes o cliente não entende que uma campanha fotográfica não é feita só pelo fotógrafo. Dependemos, para a realização de uma grande foto, de bons maquiadores, modelos, stylist, diretores de arte. Todos eles tem um papel muito importante no resultado final.

 

AAqui: As agências de propaganda de Santa Catarina valorizam a boa fotografia nas suas campanhas?

WO: Não, com raras exceções.

 

Algumas imagens dos trabalhos de Walmor:

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