Santa Catarina vai receber dentro de aproximadamente 60 dias a CowParade, maior evento de arte ao ar livre do mundo, que teve início em 1998 na cidade suíça de Zurique, com a finalidade de propagar a democratização da cultura. Nesses treze anos o evento já aconteceu em mais de setenta cidades, entre elas: Nova Iorque, Londres, Paris, Chicago, Milão, Dublin, Tóquio, Cidade do México, Estocolmo, Buenos Aires e São Paulo. Em Santa Catarina ela vai acontecer durante 3 meses em sete cidades. Conversamos com o empreendedor do projeto, Giovane Pasa, que é graduado em Ciências da Computação e sócio fundador da Labbo Negócios Digitais que completou recentemente 10 anos de mercado. Para comemorar essa data, Giovane adquiriu a licença para organizar uma edição da CowParade em nosso Estado. Acompanhe a entrevista
AcontecendoAqui – A Labbo já completou 10 anos recentemente sempre atuando no segmento de negócios digitais. Conte um pouco sobre esse período e o momento atual dela.
Giovane Pasa – A Labbo, como quase todas as empresas de desenvolvimento web que começaram há 10 anos ou mais, iniciaram suas atividades desenvolvendo websites institucionais simples. A empresa iniciou com recursos mínimos e hoje possui um bom reconhecimento no mercado e acreditamos que dois momentos foram determinantes: o investimento para, já há quase 10 anos, focar no desenvolvimento de aplicações web customizadas, investindo muito mais em uma equipe de bons programadores, porém se descuidar-se do aspecto visual. E um segundo momento foi quando fomos pioneiros na comercialização no modelo SaaS (software as a service) onde o cliente paga um valor mensal que varia de acordo com a quantidade de serviços contratados e tem, em contrapartida, toda uma equipe trabalhando para que o site, loja virtual ou qualquer outra aplicação esteja sempre funcionando e sendo constantemente melhorada. Além disso, buscamos sempre inovar e lançar novos serviços, o objetivo é claro é sedimentar a Labbo como melhor agência digital de Santa Catarina.
AAqui – Depois de chegar a esse status, o que motivou sua empresa a investir em um evento como a CowParade?
G. P. – O investimento na CowParade foi feito para comemorar os 10 anos da empresa e os frutos já estão sendo colhidos. A visibilidade da Labbo, um dos motivos deste investimento, já está sendo bastante significativa e resultará em um crescimento ainda maior da empresa. E para organizar a CowParade fundamos a Pasa Eventos, contratamos uma bela equipe e continuaremos trabalhando com eventos no futuro, especialmente culturais.
AAqui – Qual a origem da CowParade, seu conceito e sua história pelo mundo?
G. P. – A primeira edição foi organizada no ano de 1998, na cidade de Zurique, Suíça, dedicada a propagar a democratização da cultura. Já são treze anos de sucesso e mais de setenta cidades, entre elas: Nova Iorque, Londres, Paris, Chicago, Milão, Dublin, Tóquio, Cidade do México, Estocolmo, Buenos Aires e São Paulo. A CowParade foi apreciada por mais de 150 milhões de pessoas ao redor do mundo. Para o evento, artistas locais pintam e adornam vacas produzidas em fibra de vidro, que são expostas em locais estratégicos para a apreciação pública. Terminado o evento as obras são leiloadas, sendo parte da quantia arrecadada destinada a várias instituições de caridade. No Brasil, a CowParade já passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre e agora chega a Santa Catarina. Aqui a expectativa de impacto é de 2 a 3 milhões de pessoas, em virtude da duração do evento (quase 3 meses) e do período (novembro, dezembro e janeiro, alta temporada em Santa Catarina).
AAqui – Fale sobre essa operação desde a decisão de comprar os direitos para Santa Catarina até a estreia. Quais foram as dificuldades e como o mercado recebeu a notícia de que teríamos no Estado a CowParade?
G. P. – Desde a aquisição da licença, há mais de um ano, sabíamos que teríamos pela frente um grande desafio, mas a equipe que montamos é da mais alta qualidade e tudo tem transcorrido muito bem. Foram dezenas de viagens a todos os cantos de SC, contatos com vários fornecedores, governo, prefeituras e patrocinadores. Felizmente todos receberam o evento muito bem, tivemos quase 700 projetos inscritos, um grande sucesso desde a primeira fase. Em relação ao mercado, trabalhamos sempre sabendo que Santa Catarina não tem o potencial econômico de São Paulo ou Rio e que, naturalmente, não teríamos o mesmo número de esculturas que estas cidades tiveram. Em São Paulo em 2010, por exemplo, foram 76 vaquinhas e aqui teremos em torno de 50, ou seja, chegamos a um número muito bom, ultrapassando inclusive cidades como Curitiba, que teve 28. Não teremos a maior nem a menor CowParade já realizada no Brasil mas a nossa será, sem dúvida, especial, principalmente pelo fato de não ser realizada em uma única cidade, é a primeira CowParade realizada em âmbito estadual.
AAqui – Quais os principais parceiros, patrocinadores e apoiadores e a importância deles no projeto?
G. P. – A importância é total, sem o grande apoio e envolvimento dos parceiros o evento nunca sairia do papel. Nós nos cercamos de parceiros da mais alta qualidade, todos os destaques em suas áreas de atuação: O Grupo RBS na promoção e comercialização, Em Voga na assessoria de imprensa, Firmorama na criação da identidade visual, Propague cuidando da campanha, MidiaEffects criando os vídeos, Acrilex fornecendo as tintas, Luciano Martins criando a logomarca oficial do evento, a Ormond Imagens fará as fotos oficiais, Enox e Criativa cederam espaços para veiculação de anúncios, Estúdio Alice é nosso parceiro na região Oeste, e por aí vai. São muitos os parceiros, e todos vestiram a camisa e estão dedicando-se totalmente ao projeto. O Governo de SC e as prefeituras também demonstraram grande apoio ao evento. Não temos palavras para agradecer pelos esforços que todos estes parceiros fizeram para, juntos, fazermos um evento especial.
AAqui – Quais cidades receberão a CowParade Santa Catarina e por quanto tempo as vaquinhas ficarão em exposição?
G. P. – Inicialmente foram eleitas sete cidades: Florianópolis, Balneário Camboriú, Blumenau, Joinville, Chapecó, Lages e Criciúma. Para que todas tenham vaquinhas dependemos de patrocinadores nestas cidades. Alguns artistas já iniciaram os trabalhos, em 19/09 serão iniciados oficialmente os ateliês e as vaquinhas ficarão em exposição de 09 de novembro a 27 de janeiro. Ou seja, toda a altíssima temporada em Santa Catarina, o que garantirá aos patrocinadores uma visibilidade fantástica.
AAqui – Considerando os investimentos, as parcerias, a qualidade e quantidade de artistas participantes, quais as expectativas e os resultados esperados com o evento?
G. P. – As expectativas são as melhores possíveis: Já temos garantido um número de esculturas que nos permitem classificar o evento como um sucesso, que terá um grande impacto sobre a população catarinense e sobre os turistas, garantirá grande exposição de marca aos patrocinadores, envolverá a comunidade e gerará recursos para filantropia. Tivemos várias surpresas muito agradáveis, como o envolvimento do Luciano Martins e Juarez Machado, por exemplo, com obras belíssimas que darão muito que falar. Para a Labbo, que investiu bastante para realizar o evento, o retorno em exposição está garantido, o evento em si ainda não começou mas não temos dúvidas de que foi uma ótima iniciativa e que buscaremos novas ações semelhantes no futuro, sendo a Labbo a idealizadora e investidora e tendo a Pasa Eventos como empresa organizadora. Ainda temos muito trabalho pela frente, mas é um trabalho agradável, a CowParade tem sido uma grande diversão para todos os envolvidos e é exatamente este o espírito do evento. Tem sido um grande prazer, a equipe é ótima, conseguimos montar uma estrutura muito boa e em pouco mais de dois meses teremos dezenas de vaquinhas nas ruas e a missão estará cumprida. E aí, claro, já será momento de pensarmos na próxima iniciativa.