A Educação é a base na qual cada povo sedimenta seu crescimento futuro. Ela é essencial para estabelecer as metas e objetivos que serão traçados e perseguidos por um país.
Coreia do Sul percebeu e, logo após o fim do conflito em que se estabeleceram as duas Coreias, definiu que a Educação seria o caminho que a levaria ao crescimento sustentado. Outros países seguiram seu exemplo e conseguiram, depois de anos sob o jugo autoritário de governos, alavancar seu progresso e estabelecer caminhos que trouxeram qualidade de vida a seus povos; a Polônia e o Vietnã são os exemplos mais marcantes.
A Polônia, depois de mais de 40 anos de domínio comunista e o Vietnã depois de duas guerras, apesar de manter-se no regime comunista, que exauriram seus recursos, mostram que é possível, em um horizonte de 20 anos, mudar o patamar de desenvolvimento e, qualificar seus povos para dias melhores.
No Brasil, que nunca teve a Educação como prioridade, criamos uma população de iletrados e analfabetos funcionais que, hoje, são sustentados pelo Estado através de suas inúmeras bolsas auxílio.
Em dados divulgados pelo MEC, referente à pesquisa concluída em 2023, quase 70 milhões de brasileiros não têm a escolarização básica concluída e o IBGE – Educa – informa que 53,2% das pessoas de 25 anos ou mais concluíram o Ensino Médio, sendo que 19,2% concluíram o Ensino Superior. Dados de 2022.
Nada contra os programas sociais do governo, mas quando eles não mostram porta de saída à tendência é de acomodação dos beneficiários, que passam a não se importar em buscar empregos em razão da perda dos benefícios. Qual o incentivo que as pessoas recebem para serem melhores cidadãos? Para se qualificarem?
O desabafo do Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo – Jorge Lima – mostra bem a que ponto se chegou. O Estado lançou em 2023 mais de 5 programas de qualificação, através de Senai, Sebrae, Senac e adesão chegou a 20% do potencial existente. Há casos de beneficiários dos programas sociais que chegam a ganhar 2 mil reais e a pergunta que fica é: “para que trabalhar?”
Em 14 das 16 regiões administrativas do Estado de São Paulo há carência de mão-de-obra. Desde trabalhadores da construção civil ao pessoal temporário para trabalhar nas safras dos produtos agrícolas; são 14 mil vagas existentes. Imaginem então o que acontece na área da Tecnologia de Informação? São milhares de vagas que não encontram pessoas qualificadas para ocupá-las. Este é o motivo porque as empresas estão treinando pessoas interessadas, sem necessidade de curso superior, para exercer cargos na área e, que são muito bem remunerados. Enquanto isto,
continuamos a formar bacharéis em áreas que ficaram no passado.
Será que nossos dirigentes acreditam que é possível construir o futuro com uma população de analfabetos funcionais? Ou isto é pensado ou falta total de visão em relação ao futuro!