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Coluna Ozinil Martins | Coach e Influencer: novos tempos, velhos dias!
15 de Janeiro de 2025

Coluna Ozinil Martins | Coach e Influencer: novos tempos, velhos dias!

"O “coach” diz que você pode e, você, baseado em crenças e na sua precária formação educacional, acredita"

Por Prof. Ozinil Martins de Souza 15 de Janeiro de 2025 | Atualizado 15 de Janeiro de 2025

Impressiona-me o número de jovens lançando-se na carreira de “coach.” É comum, ao concluírem o ensino superior, lançarem-se a esta atividade, como se só o ensino superior fosse suficiente para iniciar uma carreira que, a princípio, servirá de apoio a decisões cruciais que outros tomarão em suas vidas.

De 1995 a 2002 exerci o cargo de Consultor em Gestão de Pessoas atuando, principalmente, no Rio Grande do Sul; depois de 30 anos dedicados a trabalho na área em organizações de ponta entendi que estava maduro para servir de apoio a outras empresas e, não foi fácil.

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Hoje eu assisto palestras em que o que mais ouço, é: “Sim, você pode!” Dizer isso a quem está desempregado, sem dinheiro, com necessidades a bater na porta, chega a ser uma afronta! Quero dizer que sim, você só poderá, quando ofertar o que o mercado está solicitando; que sim, você poderá, quando se preparar para as necessidades futuras e desenvolver talentos que as empresas estão exigindo ou mesmo, em sendo empreendedor, o produto que o mercado está comprando. Não deixe se enganar; você não pode oferecer aquilo que não tem!

Óbvio que tudo é uma questão de dinheiro! O “coach” diz que você pode e, você, baseado em crenças e na sua precária formação educacional, acredita.

Por outro lado há algum tempo tomamos conhecimento da figura do “Influencer” Pessoas com boa aparência, montados em carros imponentes, usando roupas caras e ostentando um padrão de vida muito alto e, com um discurso de que, sim, você pode.

Com milhares de seguidores, estes poderosos influenciadores, orientam seus influenciados o que vestir, o que comer, como se comportar e como ficar ricos fazendo o mínimo esforço possível.

Cenas em que “Influencers” aparecem nas mídias sociais atirando dinheiro do alto de edifícios ou se propondo a encontros como o ocorrido em Balneário Camboriú, em que um “Influencer” em seu carro é seguido por uma multidão de jovens, são cada vez mais comuns e, mostram a que ponto chegou a miséria intelectual e moral de um povo que se contenta em acreditar em alguém que o manipula da maneira mais obtusa possível.

Enquanto isto acontece, estes mesmos influenciados, desconhecem as razões do por que o ensino no país é tão precário e os levam a correr pelas migalhas que a sociedade lhes oferece.

Esquecem que filhos de juízes têm direito a auxílio educação e os próprios juízes tem auxílio aluguel mesmo que tenham casa própria; esquecem dos privilégios atribuídos a milhares de funcionários públicos que recebem acima do teto salarial em função dos penduricalhos que são criados pelos próprios beneficiários e esquecem dos milhares de subnutridos intelectual e fisicamente mantidos pelos governos com migalhas deixadas cair para manter a massa na ignorância e acomodada por “coaches” e “influencers” que são partes da elite do país.”

Foto:Freepik

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