Publicidade
Coluna Ozinil | China: a grande fábrica do mundo!
07 de Novembro de 2016

Coluna Ozinil | China: a grande fábrica do mundo!

Conclui a leitura de mais um livro sobre a China. Já foram alguns os livros lidos e, com surpresas cada vez mais interessantes. A história da ascensão econômica da China é impressionante. País de 1,3 bilhão de habitantes, em uma área física pouco maior que o Brasil, transformou-se em poucos anos na 2ª maior economia do mundo, em números absolutos é verdade, pois sua renda “per capita” continua, ainda, muito baixa.

Aos poucos, fruto de sua disponibilidade de pessoas para trabalhar (a China possui o maior estoque de mão de obra do mundo) e do baixo custo operacional, a China transformou-se na maior fábrica do mundo. A princípio, com produção de itens sem valor agregado (motivo de chacota e piada em todo mundo), posteriormente como um grande “player” internacional, com exportação, inclusive, de produtos com tecnologia embarcada.

Publicidade

Como conseguiu chegar a esse patamar? Vejamos alguns pontos citados no livro “A China Sacode o Mundo” de James Kinge:

– O câmbio é determinado pelo governo, mantendo-se o dólar, artificialmente desvalorizado;
– Não têm, praticamente, nenhum benefício previdenciário;
– Não há sindicatos independentes na China;
– Padrões de Segurança e Saúde Ocupacional são insignificantes e não oneram a produção;
– Sistema bancário estatal financia com crédito barato as estatais e, não têm nenhuma    preocupação com a cobrança das dívidas;
– A área de meio ambiente não apresenta dificuldades para as empresas, pois os controles ou inexistem ou são frouxos;
– Não existe proteção contra o roubo da propriedade intelectual, porque os tribunais são corruptos ou estão sobre o controle do governo;
– O governo mantém subsídios fortíssimos em insumos como água e eletricidade.

Evidente que todos esses fatores fizeram a China transformar-se em uma potência industrial moderna.

Os Estados Unidos da América, que já teve 22% de sua população economicamente ativa (PEA) locada na indústria, hoje tem 15%, pois várias indústrias americanas passaram a produzir naquele país. E, a tendência é de queda!

A desindustrialização que ocorre no Brasil tem um dos seus vetores na produção que migra para a China. Evidente que não é só esse motivo, mas devemos considerá-lo no elenco de motivos que nos conduzem a esse processo. 

Donald Trump cresce, na reta final da campanha para a Presidência dos Estados Unidos, com forte argumentação sobre a repatriação das empresas americanas que migraram para a China e atrai o voto dos trabalhadores menos qualificados e que foram atingidos pelo desemprego fruto deste processo. Vamos ver se a argumentação usada pelo Trump servirá para levá-lo à presidência e, se o fizer, se as promessas de campanha serão cumpridas. O futuro das relações EUA – China estará em jogo com a vitória de Trump. Esperar para ver.

Caso ganhe H. Clinton também deverá posicionar-se sobre o esvaziamento industrial da América. Há argumentos pesados a favor e contra o processo em andamento.

 

WhatsApp
Junte-se a nós no WhatsApp para ficar por dentro das últimas novidades! Entre no grupo

Ao entrar neste grupo do WhatsApp, você concorda com os termos e política de privacidade aplicáveis.

    Newsletter


    Publicidade