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Coluna Inovação | Especial Dia da Inovação: aprendizados do Startup Summit 2021
19 de Outubro de 2021

Coluna Inovação | Especial Dia da Inovação: aprendizados do Startup Summit 2021

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Por Fabricio Umpierres Rodrigues 19 de Outubro de 2021 | Atualizado 19 de Outubro de 2021

Nesta terça, 19 de outubro, é celebrado o “Dia da Inovação”. Uma data genérica, é verdade, que poderia servir para escrever sobre n assuntos. Desde a primeira edição da “Coluna Inovação” no Acontecendo Aqui – e desde então temos quatro anos de trajetória – eu tratei sobre as armadilhas do termo inovação, que cada vez mais tem sido usada para qualquer coisa que queira chamar a atenção de clientes, leitores, investidores, imprensa etc.

Inovação, contudo, não é uma commodity. É um caminho diferente, tortuoso, muitas vezes desafiador e desconfortável, a partir do qual pessoas e empresas tomam decisões que causam impacto em suas vidas ou negócios. Por isso, destaco na coluna de hoje, o Dia da Inovação, algumas ideias e aprendizados compartilhados por empreendedores aqui de Santa Catarina durante o Startup Summit 2021, que rolou de forma híbrida na quinta e sexta passada, no Centrosul.

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Aqui, vale um parêntese: primeiro evento do ecossistema de inovação em SC a acontecer no pós-vacinação em massa (não e pós-pandemia, pelo menos por enquanto), o Summit do Sebrae nacional e da Acate teve seus 1,2 mil ingressos presenciais disputadíssimos e seguiu os protocolos nos conformes, com uma experiência bastante segura de maneira geral. A feira de negócios mostrou como há uma demanda reprimida por encontros – muitas vezes estava mais movimentada que a plenária principal. 

A plenária, por sua vez, levou o conceito de inovação ao paroxismo: quando havia paineis simultâneos, os palestrantes dividiam o mesmo palco para a transmissão hibrida, e mesmo quem estava no presencial precisava dos fones de ouvido para acompanhar as apresentações. Quem chegava ao espaço, gigantesco, se impressionava com o silêncio que tomava o Centrosul. 

Chega de preâmbulos. Durante estes dois dias, foi possível conhecer na prática ações de inovação (não só em tecnologia, mas em negócios e gestão de pessoas, por exemplo) de empresas nacionais mas especialmente de Santa Catarina. É o caso da Delivery Much, que nasceu em Santa Maria (RS) mas que desde 2017 tem base em Florianópolis: a empresa surgiu com a ideia de disponbilizar online o cardápio dos principais restaurantes da cidade, em uma época anterior ao iFood. Depois de muita luta (e convencimento de varejistas), a empresa tracionou, recebeu investimentos, veio para Santa Catarina se conectar com o ambiente de empreendedores e hoje é uma potência do interior, atendendo mais de 300 cidades do país – nos últimos anos, captou mais de R$ 75 milhões em investimento de family offices, empreendedores e da Stone (das maquininhas verde de cartão).

O Summit também foi palco para empreendedoras: as CEOs da contrutech Prevision, Paula Lunardelli, e Paytrack, Danielle Amaro, compartilharam o que elas chamam de “jornada eterna de validação” de seus produtos com os clientes. “O essencial para o momento de tração (crescimento) é estar próximo do cliente e saber que nada sei e que vou continuar desenvolvendo e aprendendo o tempo todo”, disse Paula. ““Não adianta achar que vai se colocar uma máquina de vendas lá no MVP (protótipo) e depois vou fazer igual. Não vai funcionar. Existe cada momento, no começo a de bastante aprendizado, de entender o cliente”, complementou Danielle. 

Duas fintechs catarinenses de referência nacional, Asaas e PagueVeloz, detalharam o quão difícil é atuar com inovação para o mercado financeiro, regulado por mais de 800 circulares. “Assim como você não abre uma padaria sem padeiro, você não pode começar um fintech sem um especialista no mercado financeiro, ou pelo menos sem saber a quais autarquias tem que se reportar. O primeiro passo é saber quem vai te regular”, comentou Piero Contezini, CEO do Asaas.  

Mas há oportunidades: “O PIX trouxe voz ativa para implantar novos produtos financeiros, ampliar a competitividade. Agora vem o Open Banking e teremos cada vez mais novos serviços neste setor. Tudo que acelera transações financeiras acelera a economia”, disse Nilton Spengler Neto, diretor de Operações da PagueVeloz.  Ontem, 18.10, a empresa anunciou que estava sendo comprada pela Serasa Experian. Inovação que rendeu alguns bons trocados aos empreendedores. 

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