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Coluna Fabrício Wolff | Comunicação na época de Eleição – II
20 de Agosto de 2018

Coluna Fabrício Wolff | Comunicação na época de Eleição – II

Por Fabrício Wolff 20 de Agosto de 2018 | Atualizado 20 de Agosto de 2018

As redes sociais serão fundamentais nesta eleição. A velocidade e a informalidade com que os fatos (ou propostas) se multiplicarão através do Whatsapp, Facebook e demais meios de comunicação digital oferecidos pela tecnologia da informação aponta para uma propagação nunca antes vista na vida eleitoral do país. Se há dois anos, quando das eleições municipais, elas já foram importantes, agora as chamadas redes sociais vem com um poder multiplicador nunca antes visto na história política do país.

A nova legislação eleitoral que reduziu de forma avassaladora a exposição de candidatos em outdoors, placas em calçadas, anúncios em jornais e outras maneiras tão usuais até bem pouco tempo atrás, limitam sobremaneira a divulgação das candidaturas, o que naturalmente empurra esta exposição para as redes sociais. Em particular em um pleito onde a eleição é estadual e federal e o corpo a corpo torna-se naturalmente mais difícil, a mira de todos os candidatos está exatamente neste novo viés interativo e de propagação de ideias.

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Se por um lado este novo momento da comunicação em época de eleição deixa a disputa mais equânime, visto que os candidatos com menor potencial de recursos financeiros conseguem ter alguma chance contra os endinheirados candidatos tubarões da política (o que é deveras interessante e naturalmente dá mais chances a novos candidatos), ele também merece toda a atenção e até estudos dos postulantes a cargos eletivos para que as redes sociais sejam utilizadas com inteligência para não criar efeito contrário no eleitor. 

De forma geral, parcimônia na frequência de uso dessas redes sociais e adaptação da linguagem àquela utilizada pelo público de cada rede, é a maneira mais inteligente para que o candidato consiga somar, multiplicar com o uso delas – e não criar o efeito contrário, atraindo a insatisfação do público eleitor. A grande estratégia é compreender o público alvo nelas existentes e adaptar o discurso àquilo que este público aceita. 

Em um momento de extrema fragilidade da imagem dos políticos brasileiros como um todo (ainda que todos paguem pelas asneiras e bandalheiras de alguns – que no caso somam imensa maioria da “classe”), prudência e inteligência no uso das redes é garantia do melhor resultado a ser obtido através delas. Já dizia um antigo ditado que “prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. No caso específico das redes sociais no pleito eleitoral, é preciso um pouco mais de astúcia para fazer com que esses predicados façam bem ao candidato.

Uma coisa é certa: se bem utilizada pelos candidatos mais jovens na política e naturalmente menos endinheirados, elas são a melhor ferramenta para obter algum resultado mais promissor, muito especialmente em um momento em que a sociedade, cujos cidadãos e cidadãs estão cansados da matreirice das velhas raposas, aponta para o desalento com a política dita tradicional. Este desejo de renovação pode ser grande parceiro do bom uso das redes sociais pelos “candidatos de primeira viagem”… 
 

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