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Coluna Fabrício Wolff | Comunicação na época de eleição – I
06 de Agosto de 2018

Coluna Fabrício Wolff | Comunicação na época de eleição – I

Por Fabrício Wolff 06 de Agosto de 2018 | Atualizado 06 de Agosto de 2018

Santa Catarina e o Brasil vivem o momento de convenções eleitorais, aquelas que indicam os candidatos a cargos eletivos importantes, que decidem o destino da vida de todos nós. Embora tenham sido considerados ao longo da história “os nossos representantes”, a impressão que temos é que eles estão cada vez mais distantes do objetivo de seu trabalho; logo, cada vez mais distantes do eleitor “representado”. Os eleitos comunicam isto na prática a cada vez que esquecem os anseios de sua base eleitoral para se locupletarem com as facilidades e privilégios do cargo alcançado.

A atitude (já disse em outra coluna aqui, há algum tempo) é a forma mais eficaz de comunicação, visto que um exemplo vale mais do que mil palavras. O que o eleitor-contribuinte-cidadão assiste, atônito, no país, é uma verdadeira inversão de valores éticos quando o assunto é política. Não é à toa que os brasileiros, em sua maioria, estejam tão desinteressados sobre o pleito eleitoral que se avizinha, apesar dele decidir os destinos de todos nós por pelo menos mais quatro anos – além do tempo futuro em que decisões político-administrativas costumam impactar.

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Se a grande maioria dos atuais políticos brasileiros comunica desdém com o eleitor, desleixo com o cargo público e falta de ética com o país, neste período eleitoral tentarão comunicar diferente. Utilizarão espaço em rádio e TV, panfletos e redes sociais para dizer que se importam com a gente. Vem o momento do discurso eleitoral que, o eleitor enxerga cada vez com mais clareza, está muito distante da prática em seus cargos eletivos. Basta lembrar que na primeira sessão de retorno do recesso (férias) na Câmara dos Deputados, em Brasília, apenas 25 dos 513 parlamentares compareceram. Isto desembocará naturalmente em dois fatos que poderão ser facilmente verificados após o pleito eleitoral: um grande número de votos brancos e nulos e um percentual de renovação nas câmaras estaduais e federais sem precedentes.

Quem acompanha um pouco a comunicação nas redes sociais e a vida política do país, observa com facilidade que hashtags como #nãoreelega, #nãoreeleganinguém ou mesmo campanhas populares para votos nulo ou em branco aparecem a todo momento, demonstrando a total insatisfação da imensa maioria dos catarinenses e brasileiros com este estado de coisas da atual política brasileira. Os políticos precisam mesmo botar as barbas de molho. É o eleitor comunicando que passou a desacreditar dos “representantes” que aí estão e estão dispostos a mudar, nem que seja para manifestar esta indignação.
 

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