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Coluna Ozinil Martins | 2022: Ano de eleições. O que se pode esperar?
05 de Janeiro de 2022

Coluna Ozinil Martins | 2022: Ano de eleições. O que se pode esperar?

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Por Prof. Ozinil Martins de Souza 05 de Janeiro de 2022 | Atualizado 05 de Janeiro de 2022

A cada dois anos o eleitor brasileiro é chamado às urnas para escolher os políticos que dirigirão seus municípios, estados e o país. Isto significa dizer que o país, a cada 4 anos, sofre uma paralisia correspondente a 2 anos; as eleições passam a ser o objetivo a ser alcançado e o país vai para o segundo plano. Por que as eleições não podem ser unificadas e acontecerem a cada 4 anos?

A resposta é muito simples; a cada 2 anos um rio de dinheiro é retirado da sociedade, de obras prioritárias e atendimento social para regar o fundo partidário que está transformando políticos, sem cargos, em empregados de partidos com salários nababescos em relação à realidade social brasileira. Se depender dos políticos a reforma política não acontecerá e a festa continuará no mesmo diapasão dos últimos anos.

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Enquanto isto acontece o brasileiro vive, a cada ano e desde sempre, os problemas crônicos proporcionados pelo descaso com que é tratado o contribuinte que banca todo este teatro. Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro vivem, a cada ano, o que Gabriel Garcia Marques no livro “Crônica da Morte Anunciada”, transforma o que já se sabia em realidade. Todos sabem, por maior que seja a ignorância, que entre dezembro e março, chuvas expressivas atingem a região sudeste do país causando estragos consideráveis à economia da região e atinge aos menos aquinhoados, sempre eles, com a violência da destruição de casas e perdas de bens materiais quando não com a própria vida.

No Brasil os crônicos problemas que afetam a população são conhecidos e suas soluções são claras. Então, por que não são resolvidos? A resposta parece muito clara e está ligada ao modelo político que vigora no país. O político brasileiro vive para as eleições, suas preocupações estão ligadas, sempre, à próxima eleição e, o povo, é um mal a ser administrado. Então o que se vê são ações realizadas para a manutenção do “status quo” e não com a resolução de problemas que afetam as populações. Primeiro permitem aos menos favorecidos ocupar áreas de risco; depois autorizam de forma ilegal o crescimento de núcleos de moradias com o fornecimento de energia elétrica e água e, quando acontece as catástrofes (previsíveis) aparecem exigindo do governo federal a solução do problema que nasceu, cresceu e foi alimentado pelo interesse partidário/ideológico de políticos locais. Assim jamais estes problemas serão solucionados e, quem continuará pagando a conta serão estas pessoas, que vemos nas televisões lamentando sua sorte ou azar. Não é uma questão de sorte ou azar, é uma questão de planejamento e alocação de recursos em obras corretas.

Episódios recentes mostram a forma que os políticos encontram para sabotar os que produzem. Exemplo 1: a Assembleia legislativa de Santa Catarina aprovou a redução do ICMS de 7% para 3,2% para alimentos e bebidas equiparando ao que se pratica no Paraná; o governador vetou. Exemplo 2: A legislação aprovada em 2014 no estado da Califórnia transformou furtos de até 950 dólares de crime em contravenção. A medida provocou o esvaziamento dos presídios, mas sua consequência adversa está provocando o fechamento de centenas de estabelecimentos comerciais pela ação dos marginais que entram nas lojas e, mesmo com a presença de seguranças, praticam a retirada de produtos até 950 dólares. A perda de lucratividade está levando inúmeros proprietários a fecharem seus estabelecimentos. Os donos de automóveis estão deixando os vidros abertos para evitar prejuízos maiores com sua reposição. Pois bem, a deputada Talíria Petrone do PSOL do Rio de Janeiro protocolou projeto que estabelece que, crimes praticados por necessidade e de baixo impacto, não serão mais punidos como furto. Esta é uma forma de sabotar quem produz e trabalha! Exemplo 3: as reformas tributária e administrativa que pretendem tornar o país mais moderno e ágil não serão sequer analisadas em 2022. A prioridade será a eleição de Suas Excelências. Só o eleitor esclarecido pode mudar esta situação através do voto consciente!

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