Projeto catarinense que utiliza AI na educação é selecionado ao Prêmio Unesco King Hamad Bin Isa Al-Khalifa
08 de Janeiro de 2020

Projeto catarinense que utiliza AI na educação é selecionado ao Prêmio Unesco King Hamad Bin Isa Al-Khalifa

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Uma solução desenvolvida pela Betha Sistemas foi selecionada para participar do Prêmio Unesco King Hamad Bin Isa Al-Khalifa, evento que homenageia iniciativas inovadoras de desenvolvimento do ensino e aprendizado na era digital. O projeto da empresa catarinense chamou atenção dos avaliadores pela utilização de Inteligência Artificial na previsão de evasão e reprovação escolar.

A assistente do secretário geral da Comissão Nacional para a Unesco no Brasil, Ana Luiza Melo Botelho, explica: “O endosso se dá após uma avaliação do projeto inteiro e uma série de critérios, como a factibilidade e os objetivos. Esta proposta chamou a atenção porque vai de encontro a questões delicadas dentro da educação brasileira e por isso se faz muito necessário”. O CEO da Betha Sistemas, Aldo Garcia, comemora: “Estar na disputa por esse prêmio de nível mundial já é uma vitória e representa muito, afinal reconhece o nosso esforço na busca de uma educação pública municipal cada vez mais eficiente”.

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Há quase 15 anos o prêmio reconhece e auxilia dois projetos de diferentes partes do mundo com US$ 25 mil, em cerimônia realizada na França. Este ano, a edição conta com o tema “O uso da Inteligência Artificial para inovar a educação, o ensino e o aprendizado”. 

 

O Projeto
Com três décadas de experiência em soluções de softwares para a gestão pública, a Betha Sistemas analisou que as principais dores da educação brasileira são as evasões e as reprovações. Além dos prejuízos financeiros causados ao Estado, a vida dos jovens que deixam de estudar também é impactada.

Dessa forma, a equipe de desenvolvedores criou uma plataforma que, com o uso de machine learning, é possível prever os alunos com maiores chances de abandonar os estudos ou reprovar. Como teste, a ferramenta foi implementada na cidade de Bombinhas (SC) com dados de mais de 19 mil matrículas dos anos anteriores, sendo que, destas, 1,5 mil estudantes haviam sido reprovados e quase 700 evadiram.  

Ricardo Osvaldo da Silva, diretor de Projetos e Tecnologia da Secretaria Municipal de Educação de Bombinhas, afirma que a ferramenta já trouxe informações importantes para o trabalho de gestores e professores. “Ao olhar percebemos com mais clareza a realidade do aluno que tende à reprovação, que é o nosso maior foco neste projeto. Com relatórios fornecidos pelos sistema, apresentamos aos coordenadores de escola os dados para que eles pudessem agir na ponta, junto aos professores”, explica.

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