O TikTok depende apenas do Supremo Tribunal Federal dos Estados Unidos para se manter vivo nos Estados Unidos. Porém, como a plataforma sabe que não pode confiar muito, já está se preparando para acabar neste domingo, 19 de janeiro. Tudo será revertido caso o “Supremo Tribunal decida finalmente não adiar a entrada em vigor da norma que obriga a rede social a desfazer-se da sua subsidiária americana ou, na sua falta, desaparecer das lojas de aplicativos do outro lado do lago”, explicou o Marketing Directo.
Se tudo não mudar, a plataforma precisa sumir em todas as lojas de aplicativos e, mesmo aqueles que já possuem o aplicativo, não poderão mais ter os benefícios de atualização, mesmo tendo condições de uso.
De acordo com informações do The Information, “o TikTok já estaria se preparando para o encerramento imediato de sua aplicação nos Estados Unidos caso o Supremo Tribunal não decida a seu favor e não adie a entrada em vigor da lei federal que busca o banimento da rede social no país norte-americano”.
Já, de acordo com a Reuters, a informação é que, se o encerramento acontecer de fato, os usuários receberão “uma mensagem pop-up através do aplicativo que os redirecionará para um site com informações sobre o banimento da rede social”.
Donald Trump ainda quer reverter a decisão; Funcionários não perderão o emprego
Vale lembrar que Donald Trump, que assumirá a presidência dos EUA, no dia seguinte da proibição (segunda-feira, dia 20 de janeiro), está levando em consideração ” emitir uma ordem executiva para suspender a execução de uma paralisação por 60 a 90 dias”, disse à Reuters. “O TikTok em si é uma plataforma fantástica”, comentou o novo conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, à Fox News na última quarta-feira, segundo informações da Reuters. “Vamos encontrar uma maneira de preservá-lo, mas proteger os dados das pessoas.”
Agências de publicidade também estão se movimentando, caso a proibição seja concretizada. Entre uma das principais ações, está o fato de diminuir os investimentos na plataforma.
Outra informação é que os funcionários do TikTok nos Estados Unidos não perderão o emprego. Segundo o The New York Times, o chefe do RH da rede social garantiu que ninguém será demitido. “Seus empregos, salários e benefícios estão garantidos e nossos escritórios permanecerão abertos, embora a situação não tenha sido resolvida antes do prazo final de 19 de janeiro”, disse Nicky Raghavan, chefe global de RH da TikTok. “A lei não foi escrita de forma a afetar as entidades por meio das quais você é contratado e afeta apenas a experiência do usuário nos Estados Unidos”, acrescentou Raghavan.
Na última sexta-feira (10 de janeiro) aconteceu uma audiência no Supremo Tribunal Federal com o intuito dos juízes ouvirem os argumentos apresentados pelo TikTok para adiar a norma que exige a cisão dos seus negócios nos Estados Unidos. De acordo com a plataforma, só nos Estados Unidos, são mais de 170 milhões de usuários. Porém, “na audiência os juízes do tribunal pareciam estar mais em sintonia com a posição das autoridades norte-americanas, que estão firmemente convencidas de que o TikTok constitui uma ameaça à segurança nacional e é uma plataforma influenciada pelo Partido Comunista Chinês”, explicou o Marketing Directo.
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