A nova classe média ganha especialistas e o Brasil do futebol promete um grande futuro para a economia
O desafio dos publicitários é atingir os consumidores das classes “C” e “D”, que já representam mais de 50% da população brasileira. Eles buscam a inclusão, o pertencionismo, vantagens e são mais fiéis, solidários e, ainda, se orgulham de descontos. A análise é do sócio-diretor do Instituto de Pesquisas Data Popular, Renato Meirelles e foi apresentada no painel “Onde estão as ideias na propaganda”, que abriu as palestras da tarde desta sexta-feira (2), último domingo do 18º Festival Mundial de Publicidade de Gramado.
“Quem faz marketing hoje, não veio das classes “C” e “D”, portanto tem de estudá-las se quiser ter êxito. Entre os desafios colocados, está o fato de as marcas terem de falar e emocionar a nova classe média brasileira”, destacou Meirelles. O presidente da Central Única de Favelas (Cufa), Manoel Soares, observou que o público representantes das classes “C” e “D” está ávido por consumir mas não que ser enganado. “Para darmos o pulo do gato, é necessário abrir a porta e através dela penetrar no seu coração e mente. Temos de despertar o interesse destes consumidores e uma das ferramentas de melhor eficácia é a música, que não envelhece e é um dos seus referenciais”, enfatizou Manoel Soares.
O país do esporte. Um novo país
O segundo painel da tarde de sexta-fera teve como tema: “O país do esporte. Um novo país”, que contou com os painelistas: Márcio Callage, gerente de Marketing da Olympikus e o diretor Geral de Esportes da Rede Globo, Luiz Fernando Lima. A mediação foi feita pelo jornalista, editor Executivo de Esportes e colunista de Zero Hora, David Coimbra, com os debatedores Mauricio Oliveira, supervisor de Criação da DCS, e Cristiano Max, coordenador do Curso de Comunicação Social da Feevale. “O Brasil que sediará a Copa do Mundo e a Olimpíada é a bola da vez para o mundo. As duas maiores competições trarão um impacto econômico positivo que afetará o nosso PIB”, afirmou Márcio Callage.
Para o gerente de Marketing da Olympikus, o Brasil terá mídia e visibilidade, sendo acompanhado por mais de 230 países, atingindo cerca de 4 bilhões de pessoas. “Devemos construir uma agenda positiva aproveitando as competições e a excelente situação econômica do País. A hora é agora, pois não veremos isto de novo no Brasil”, disse Márcio Callage.
A oportunidade única também foi ressaltada pelo diretor Geral de Esportes da Rede Globo, Luiz Fernando Lima. “A Copa do Mundo e a Olimpíada surgem como desafios e uma excelente oportunidade para nós. Para a Rede Globo serão 13 Copas do Mundo, pois teremos uma equipe focada na seleção brasileira e outras em cada uma das 12 sub-sedes”, lembrou.
O encerramento do 18º Festival Mundial de Publicidade de Gramado coube aos diretores de Whatever da Escola Perestroika, Felipe Anghinoni e Tiago Mattos, que abordaram o tema Fazer > Dizer. Na palestra, que foi apresentada em conjunto, os dois defenderem que o fazer está mais em sintonia com a revolução digital. “Estamos diante da comunicação realizacional, uma propaganda que deixe uma mensagem e não somente uma simples peça publicitária”, destacou Anghinoni.
Além das palestras da tarde, o último dia de debates do 18° Festival Mundial de Publicidade de Gramado promoveu mais dois painéis: “Redes Sociais: virtudes e efeitos colaterais da nova comunicação digital”, que teve como palestrante Marcelo Tas, e “Onde estão as ideias na propaganda?”, com a presença do sócio da Fischer & Friends, Mário D’Andrea, e do presidente da DM9, Sergio Valente.
Fonte: Fróes, Berlato Escritório de Comunicação
