De acordo com dados levantados pelo Kantar Ibope Media, o bolo publicitártio brasileiro em 2017 atingiu o montante de R$ 134 bilhões brutos. O meio Tv deteve 73,3% desse total e a TV aberta foi a que concentrou a maior parte dos investimentos, 55% do volume consolidado pelos anunciantes. "A televisão está presente em praticamente todos os lares, por isso é um meio garantido no cotidiano da população. Se o olhar recair para os últimos dez anos, muita coisa mudou, a tecnologia evoluiu e a televisão acompanhou essa evolução", revela Rita Romero, diretora de business insights and development do Kantar Ibope Media no Brasil.
TV e os meios digitaisAgências e anunciantes estão em contantes buscas pelos resultados nas novas mídias, assim como na mídia tradicional, e o questionamento que a maioria faz é 'por que será que em tempos de proliferação dos digitais esse fenômeno ainda ocorre?' De acordo com matéria do PropMark, Fabro Steibel, professor de inovação e tecnologia da ESPM Rio, isso ocorre pela centralidade da televisão no país. "O número de pessoas que assiste à mídia não diminuiu, muito menos em volume de minutos. A televisão é essencial para alguns tipos de campanha, como uma ação de varejo a curto prazo, por exemplo, mas acredito que ela não pode ser exclusiva, pois você foca na publicidade de massa e não direcionada", comenta Steibel.
Já para Roberto Gnypek, vice-presidente de marketing do McDonald's no Brasil, isso ocorre porque a qualidade do conteúdo ainda é um fator determinante para os investimentos. "O volume de conteúdo e a dispersão que outros meios geram fazem com que a televisão continue sendo relevante. Pensando no futuro da televisão, acredito que ela vai compartilhar esse conteúdo com outros meios e aplicativos onde você possa customizar e acompanhar a programação no momento em que desejar. Tudo está ligado à melhor tela disponível, mas quando você está no aconchego da sua casa ou com seus amigos, uma tela maior é importante e a televisão aberta ainda tem um papel muito significativo", revela Gnypek.
É inegável que a televisão aberta continua sendo o principal veículo brasileiro, já que cerca da metade do país ainda não possui acesso à internet, e que ainda vai passar por muitas fases e tendências. Mas com tantas mudanças, qual será o caminho da publicidade nesta trajetória? "A publicidade é camaleônica, porque é pop, vai se adaptando aos hábitos dos consumidores. Conteúdo de qualidade, que reflita o burburinho cultural, sempre foi sinônimo de boa audiência e nós compramos audiência, independentemente do canal", afirma Márcia Mendonça, diretora-geral de mídia da agência David.
30 segundos ou menosFormatos diferentes dos tradicionais 30" também são formas de atrair a atenção do telespectador durante a programação. "Se as marcas não forem suficientemente inteligentes para gerar conteúdo de interesse e que busquem a atenção do consumidor, elas vão ficar reféns dos modelos de 30 segundos, que, ao longo do tempo, podem ter uma função, mas não a de construção de marca. Para construir marcas, você precisa produzir mais conteúdo e realizar uma comunicação de massa personalizada. Então, a tendência não vai ser um comercial para todo mundo, mas um bom conteúdo para diferentes targets que são relevantes para o seu negócio. E aí, quem tiver bons fornecedores de conteúdo, agências, estratégia de mídia e data base dos consumidores para poder estratificar isso bem, vai ter vantagem neste jogo", comenta Gnypek. Com dados oriundos do PropMark.
Santa CatarinaO meio Tv no Estado catarinense também lidera o bolo publicitário estimado em R$ 1,1 bilhão ao ano.segundo levantamento do Instituto Mapa de 2015. O AcontecendoAqui convidou executivos das emissoras de Tv em Santa Catarina para comentarem a realidade do Meio TV em Santa Catarina e reproduz a seguir a opinião de dois deles:
“Aqui em SC não foi diferente, a TV segue como principal pilar da estratégia de comunicação dos maiores anunciantes do estado. Em 2017, a NSC TV manteve a sua performance de liderança no meio televisão em SC. A emissora contribuiu fortemente para a manutenção de crescimento da audiência do painel nacional de televisão.Nossa cobertura atinge hoje todo o Estado, garantindo a liderança de audiência em todas as regiões de cobertura. Além disso, podemos destacar a nossa programação como fator preponderante para essa força da TV em Santa Catarina, inovando e se atualizando constantemente para manter um padrão de qualidade que garante ao nosso telespectador a melhor informação e entretenimento.”
Delton Batista, diretor de negócios da NSC Comunicação.
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A televisão em Santa Catarina é bem feita, com as principais emissoras adotando o regionalismo em suas programações. Isso contribue para que o meio TV continue na preferência. Segundo o Kantar Ibope, nos últimos 5 anos o tempo semanal do telespectador em frente a TV aumentou em média 32% na Grande Florianópolis (Fonte: Kantar Ibope Media - Media Workstation Premium - Gde Fpolis - Média Jan a Dez 2017 x Média Jan a Mar 2012 - Ats - Base TLE.). O dado reflete no alcance e cobertura, tornando o meio mais barato no custo por mil telespectadores, com respostas rápidas e de eficiência. Com base neste cenário a expectativa para 2018 é positiva. Sabemos que investir em diversas plataformas e formatos é importante e benéfico para o negócio. Porém, a história nos prova que grandes marcas foram construídas com a força deste meio e continuam destinando a sua maior verba para a televisão, complementando em outras plataformas.
Reynaldo Ramos Júnior, superintendente do Grupo RIC Santa Catarina
Bolo publictário brasileiro em 2017
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