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Como escapar da inflação do tráfego pago
08 de Agosto de 2022

Como escapar da inflação do tráfego pago

Será que o investimento em anúncios pagos nos meios digitais é a única saída para crescer?

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De acordo com um estudo realizado pela Digital AdSpend, em 2021 o investimento em publicidade digital passou dos 30 bilhões de reais. E uma realidade: temos duas plataformas digitais no topo há anos e isso contribui para esta alta dos cliques na busca por palavras-chave.


por Fabiano Goldoni – Innovation | Growth | Mentor | Speaker

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Tem uma coisa que eu percebo sempre que converso com empreendedores do mercado de tecnologia. Quando entra a palavra “growth” no assunto, logo começam a falar sobre investimento em tráfego e plataformas de mídia digital. O mercado parece ter se acostumado ao conforto de ligar a chave do Google e Facebook Agora, Meta) e esperar pelos resultados. É uma zona de conforto, pois, teoricamente, tem uma previsibilidade maior: quanto mais investimento maior é o retorno.

Será que o investimento em anúncios pagos nos meios digitais é a única saída para crescer?

De acordo com um estudo realizado pela Digital AdSpend, em 2021 o investimento em publicidade digital passou dos 30 bilhões de reais.

Esse mesmo estudo considera o Google como a maior referência entre os motores de busca, seguido pelo YouTube. Em relação às redes sociais, a Meta (FB) se mantém bem à frente das demais.

Em síntese, temos estas duas plataformas digitais no topo há anos e isso contribui para esta alta dos cliques na busca por palavras-chave.

Assim como ocorre em outras áreas da economia, o monopólio aqui também torna os serviços bem mais caros.

Como evitar a inflação da mídia digital mantendo o bom desempenho da marca? Em termos coparativos, a inflação que o Brasil enfrenta hoje, com o aumento dos combustíveis, do gás de cozinha e alimentos, nem se compara ao que experimentamos com os anúncios em mídias digitais.

De acordo com dados de portais especializados nesse tipo de análise, a inflação dos serviços de anúncios do Google, YouTube e Facebook em 2021 foi:

  • Google e YouTube: 108%
  • Facebook: 89%

Isto posto, a solução para muitas marcas não pode ser outra que não reduzir os gastos com tráfego pago, mas será que é possível manter a empresa crescendo com essa redução?

A resposta é sim. Mas precisa sair da zona de conforto.

A inflação da mídia no cenário geral

Como era de se esperar, a dita inflação da mídia digital ou dos cliques vem afetando muito mais as pequenas empresas e novas startups.

A priori, porque os pequenos são obrigados a fazer cortes nessa área tão importante que é o marketing digital e as startups encontram mais dificuldade para encontrar investidores.

Em suma, mesmo com as mídias digitais reduzindo o alcance das publicações, é possível crescer de forma orgânica ou através de estratégias de abordagem alternativas. Contudo, não estou dizendo que os anúncios devem ser esquecidos.

Trata-se apenas de uma adequação a essa nova realidade com intuito de manter as boas práticas de marketing digital com menos gastos.

A importância e os limites do tráfego pago.

Antes de falar sobre como evitar a inflação da mídia digital, é preciso esclarecer uma questão.

O tráfego pago continua sendo uma ferramenta valiosa e você deve trabalhar com o mesmo. No entanto, é importante encontrar outros meios para fazer sua empresa e produto crescerem.

A boa notícia é que a solução não está tão distante assim. Em resumo, você deve procurar o equilíbrio entre os anúncios e o tráfego orgânico.

Significa, então, que se estamos diante de uma inflação da mídia digital, a saída é reduzir seus investimentos nos cliques e focar no tráfego orgânico, dentre outras ações.

 

Principais alternativas ao tráfego pago.

A priori, o que eu quero é fazer entender que o problema está em ser prisioneiro dos anúncios. Logo, a solução para evitar a inflação da mídia digital é reduzir o investimento nela.

É bem simples. Se o serviço está mais caro, otimize melhor suas campanhas e diversifique. Quer saber como? Então, veja, a seguir.

Tráfego Orgânico

O tráfego orgânico é, sem dúvida, essencial para qualquer negócio que mantém uma presença digital.

Particularmente, não gosto dessa coisa de torcida contra e a favor, pois, tanto os anúncios quanto o trabalho orgânico trazem vantagens.

A questão aqui é que apostar em marketing de conteúdo e SEO, nos promove um resultado duradouro.

Desse modo, enquanto os anúncios têm uma duração e os ganhos advindos dele também, um canal otimizado nos mantêm ativos sem a necessidade de novo investimento.

Ah! Mas trabalhar com SEO exige gastos, não é tudo de graça como se pensa!

Sim, isso é verdade! No entanto, quando consideramos as altas no preço dos cliques e na rapidez com que seus resultados somem, o custo-benefício do SEO é bem melhor. Além disso, o tráfego orgânico proporciona uma construção de autoridade pelo volume de conteúdo acumulado ao longo do tempo.

Por certo, seguindo este caminho você terá que contratar um bom redator, serviço de blog, designer gráfico, etc. Ademais, a grande procura por eles poderia aumentar os custos dos serviços.

Porém, devemos pensar no grande crescimento dos profissionais freelancers, o que equilibra estes valores.

Não esqueça do produto.

Outro pilar importante para quem deseja vencer a inflação da mídia digital é melhorar a experiência do usuário.

Atrair os clientes em potencial para suas mídias é algo que requer trabalho, eficiência e paciência, mas ainda temos outro grande desafio.

Segundo dados de uma pesquisa da Microsoft, na última década, a atenção média dos usuários na internet caiu de 12 para apenas 8 segundos. Sendo assim, é preciso saber o que fazer com estes 8 segundos quando os conseguimos. Principalmente, capturar dados através de formulários, conteúdos e experiências que gerem valor para o usuário.

Melhore a experiência do usuário no seu produto com objetivo de reter o mesmo, pois assim não terá que pagar novamente cada vez que tiver que falar com o seu público.

Outbound Marketing

O velho e bom vendedor agora está turbinado por robôs. Marketing de Conteúdo, SEO, Inbound Marketing, entre outras estratégia, sem dúvida, são ferramentas poderosas e que nos ajudam a reduzir os gastos com tráfego pago, mas devemos ir além.

O inbound marketing se tornou algo muito desejado pelas empresas para conversão de clientes. Porém, não é algo tão simples para alguns, pois tem como premissa dominar algumas ferramentas que podem estar distantes da capacidade estrutural e de conhecimento das empresas em estágios iniciais.

Por outro lado, ferramentas de prospecção ativa evoluíram com ferramentas poderosas de captura de dados. Com isso, os processos de outbound marketing, agora, possibilitam escalar a busca por clientes sem tanto domínio de landing pages, formulários, automação de marketing, SEO e mídias sociais.

É muito importante ressaltar que é preciso tomar todo cuidado para respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados, utilizando somente dados públicos para prospecção ativa. Além de deixar clara a ação que o usuário precisa tomar para se descadastrar da sua base de dados.

Diversificação é fundamental.

Esqueça as fórmulas. Inclusive estas neste artigo! Por certo, você deve estar se perguntando: apenas o SEO, Usabilidade e Outbound Marketing são suficientes para romper minha dependência da mídia paga?

Não, mas a saída aqui é apostar na diversidade de táticas e ações. Por exemplo, uma boa assessoria, perfil no TikTok, etc. Esteja onde o seu público está, mas com relevância!

Outras formas eficazes de burlar o algoritmo das mídias sociais que querem que você gaste é atuando com influenciadores e fazendo parcerias com associações de classe.

Enfim, cada vez mais as empresas estão usando as lives e a interação com personalidades de grande alcance para manter ou acelerar o crescimento.

Growth: A zona de conforto é o pior lugar para estar.

Mesmo que as coisas estejam indo de vento em popa, é sempre bom desconfiar que esse vento não dura para sempre. Busque alternativas de crescimento o tempo todo, investindo mais no que está dando certo e testando sempre algo novo. Os benchmarks de crescimento de empresas e produtos foram superados muitas vezes com a digitalização da economia. É preciso testar o limite o tempo todo.

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