Publicidade
2024-2025 | Desafios, Superação, Cenários, Tendências, por Mario Cezar Aguiar, FIESC
16 de Dezembro de 2024

2024-2025 | Desafios, Superação, Cenários, Tendências, por Mario Cezar Aguiar, FIESC

A infraestrutura logística segue sendo um dos principais desafios da indústria em SC

 

Publicidade

Estamos compartilhando nossa tradicional série Retrospectiva & Expectativas, trazendo para os leitores um balanço do ano que se encerra e os cenários na visão de profissionais de Publicidade, Comunicação, Marketing e Inovação.

Selecionamos os principais nomes desses ecossistemas para você observar o que pensam e planejam para 2025 importantes marcas catarinenses que estão sempre presentes nas páginas do AcontecendoAqui.

Hoje, nosso convidado é o presidente da FIESC-Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, Mario Cezar Aguiar que destaca a continuidade do trabalho da FIESC na preparação das empresas para a reorganização das cadeias globais de produção e para que possam se preparar para o acordo UE-Mercosul. Confira a íntegra a seguir;

Desafios e aprendizados em 2024

A infraestrutura logística segue sendo um dos principais desafios da indústria em SC. O ano de 2024 foi marcado por situações críticas nos principais portos e rodovias em Santa Catarina. A FIESC intensificou sua atuação na defesa de uma infraestrutura de transportes e logística adequada para o estado, condizente com sua pujante economia.

A Federação encomendou um estudo técnico para embasar as principais demandas e sugestões para a repactuação do contrato de concessão do trecho norte da BR-101, e também da BR-116, hoje sob administração da Arteris. A análise constatou que a proposta de prorrogação desses contratos é insuficiente para garantir a segurança dos usuários e níveis de serviço adequados para atender o aumento de tráfego previsto na BR-101 Norte. Ainda no tema rodovias, a FIESC realizou análises do Trecho Sul da BR-101, das obras da BR 470 e também das obras – já concluídas -, do Contorno Viário da Grande Florianópolis.

Eventos climáticos extremos foram responsáveis não só pela interdição de inúmeras rodovias estaduais, como também afetaram duas rodovias federais relevantes – a BR 470 e também a BR 101 (no Morro dos Cavalos) – além de prejudicarem a operação portuária.

Somado ao clima, tivemos conflitos internacionais e questões operacionais impactando fortemente o transporte internacional, trazendo desafios significativos para as indústrias catarinenses. Diante da situação caótica nos portos, a FIESC organizou reuniões temáticas na busca de uma solução de longo prazo para as operações portuárias. As indústrias catarinenses sofreram com o atraso de insumos e também com problemas na exportação de mercadorias.

No âmbito legislativo, enfrentamos questões como os debates em torno da reoneração da folha de pagamento e sobre a taxação de importados até US$ 50, situação que impactava negativamente nosso setor têxtil e de vestuário – principal empregador do estado.

A transformação digital e a agenda ESG também são desafios que a indústria catarinense tem enfrentado, e que devem permanecer no radar nos próximos anos.

A maior preocupação, no entanto, é a escassez de trabalhadores e a falta de profissionais qualificados. Hoje vivemos a situação de pleno emprego em SC, e a indústria vem sofrendo com a falta de mão-de-obra para preencher as vagas existentes e também para ocupar as previstas para a ampliação da produção.

Quais cenários o senhor visualiza para 2025?

No plano econômico, o equilíbrio fiscal é a principal preocupação do setor industrial para o próximo ano. Após um ano em que a indústria de SC cresceu impulsionada pelos reflexos da queda da taxa de juros promovida até maio de 2024, o cenário para 2025 é menos favorável. Em 2025 vamos começar a sentir os impactos do ciclo de alta da Selic, com efeitos negativos para os setores que dependem de crédito, justamente os que vinham puxando para cima o desempenho da indústria catarinense. Embora diversificada, a indústria catarinense tende a ter um desempenho menos robusto do que em 2024, dada a expectativa de retração no crédito e no consumo.

A questão da falta de mão-de-obra segue preocupante para 2025. O Brasil tem hoje 10,3 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que nem estudam nem trabalham. Temos estudado maneiras de atrair os jovens para o emprego industrial e, inclusive, em 2024 seguimos pelo segundo ano consecutivo com a campanha de comunicação “Trabalhe na Indústria”, que procura desmistificar os postos de trabalho no setor e evidenciar as oportunidades de carreira que a indústria oferece. Desdobramento dessa campanha, a plataforma de empregos onde os interessados podem cadastrar seus currículos registrou 65 mil contatos, que estão à disposição da indústria.

Como o senhor está preparando a FIESC para 2025?

Em 2025, a FIESC seguirá defendendo temas de interesse da indústria e dos catarinenses, como a necessidade de encontrar um modelo que permita investimentos robustos na infraestrutura em SC e de fomentar parcerias para inserir mais jovens no mercado de trabalho, com formação adequada. Estão previstas uma série de parcerias do SESI com prefeituras, para levar nosso modelo de educação de qualidade para o setor público.

Também seguiremos contribuindo para a internacionalização das indústrias. Teremos missões internacionais no novo formato testado com sucesso em 2024, que é o SC Day. Estamos preparando as empresas para a reorganização das cadeias globais de produção e para que possam se preparar para o acordo UE-Mercosul. Outro ponto de atenção é o cenário internacional com mais políticas protecionistas, decorrentes da disputa comercial entre EUA e China, a partir da posse de Donald Trump.

Questões que afetam a competitividade seguirão no nosso radar. Além da logística, já citada, é importante citar os serviços de inovação e tecnologia do SENAI, por meio de sua rede de institutos, além de outra questão que preocupa a indústria: o elevado custo com a saúde dos trabalhadores.

Por fim, 2025 também será um ano para entregar diversas novas obras da FIESC espalhadas pelo estado, para ampliar o atendimento ao setor industrial, principalmente na área educacional, com estruturas de formação profissional, do SENAI; de educação básica, do SESI; além de novas unidades para saúde do trabalhador, do SESI.

Outros convidados

Ricardo Barbosa Lima, ADVB/SC

Delton Batista, LIDE SC e RS

Carlos Joffre do Amaral Neto, SCC SBT

Rodrigo Ascenção, Magica Comunicação

Retrospectiva & Expectativas. Daniel Silva, presidente do Sinapro-SC

WhatsApp
Junte-se a nós no WhatsApp para ficar por dentro das últimas novidades! Entre no grupo

Ao entrar neste grupo do WhatsApp, você concorda com os termos e política de privacidade aplicáveis.

    Newsletter


    Publicidade