Se você está entre os publicitários que acreditam que o e-commerce não tem relação com o seu trabalho, reveja seus conceitos, você pode estar perdendo mercado.
Tenho certeza de que os números abaixo, sobre as vendas na internet, você tem ouvido e lido constantemente:
1) crescimento de 35% ao ano,
2) 51 milhões de consumidores só em 2014,
3) R$ 29.000.000.000,00 (sim, são bilhões) de faturamento anual,
4) 19% de todas as vendas são de produtos relacionados à moda e acessórios,
5) o ticket médio (valor por pedido) na internet brasileira é quase o dobro das vendas na loja física, chegando em 2013 à R$ 357,00
O que você ainda não sabe é que as vendas do varejo estão migrando de canal.
Os dados da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), quando confrontados com os dados da ABComm e do E-bit são sintomáticos. Veja o placar:
1) Do natal de 2012 para o de 2013 as vendas na loja física cresceram 2,97% enquanto as vendas na internet cresceram 41%
2) No dia das mães o placar ficou um pouco mais confortável; 5% contra os mesmos 41%
3) Já no dia dos namorados, o placar estampou incríveis -8 (menos oito) à +38%.
E o que o publicitário tem haver com isso?
Publicitário, tenho certeza de que os objetivos do seu trabalho estão claros, aumentar as vendas dos seus clientes. Fica clara aí a ligação da publicidade com o e-commerce.
O processo de decisão de compras encadeia: Reconhecimento da Necessidade > Busca de Informações > Experiência de Uso > Avaliação de Alternativas > Compra > Consumo > Avaliação > Descarte.
Há muitos anos, o publicitário tem se concentrado em chamar a atenção do consumidor num mar de comunicadores e marcas. Os mais bem sucedidos, marcam o produto na cabeça do consumidor para quando ele estiver procurando por aquele produto lembrar da marca anunciada.
Acontece que o processo de compra está mais imediato. A marca ainda é essencial para a reputação do produto, mas o caminho mais próximo entre o despertar do interesse de um cliente por um produto e a sua efetiva compra, agora é um hyperlink para a loja virtual daquela marca. E isso é ótimo para o publicitário. O seu trabalho se torna mais objetivo e o consumidor recompensa este esforço, pois a compra se torna conveniente. A publicidade passa do status de uma comunicação não solicitada para um serviço de utilidade.
A comunicação está começando a mudar e deve mudar ainda mais. Os formatos publicitários também. Veremos anúncios offline com link para o produto na web. Veremos outdoors chamando o público direto para a compra online. Já estamos vendo isto acontecer e, sendo assim, a publicidade online e offline não terão mais motivos para existirem separadamente. O e-commerce deixa de ser uma alternativa para ser o canal mais otimizado de vendas.
Pense nos seus atuais clientes. Você já conversou com eles sobre este assunto?
Vá além e pense nisto também como uma oportunidade de crescimento para a sua agência. Entender de e-commerce pode ser um grande diferencial na captação de novos clientes.