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ARTIGO | Falta tecnologia para a comunicação na imprensa
04 de Setembro de 2024

ARTIGO | Falta tecnologia para a comunicação na imprensa

por Beatriz Ambrósio

Quando pensamos em inovação, é comum associarmos a tecnologia a setores como a indústria, a saúde ou a educação. No entanto, há um campo que, mesmo sendo essencial para qualquer organização, ainda sofre com a falta de soluções tecnológicas: a comunicação na imprensa.

Apenas no jornalismo, as opções de uso da inteligência artificial (IA), por exemplo, ainda são muito escassas. Neste ano, o Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, no Reino Unido, reuniu 300 líderes digitais, em mais de 50 países, para divulgar as “Tendências e Previsões de Jornalismo, Mídia e Tecnologia em 2024”. E, em um mercado em que 53% dos comunicadores se sentem inseguros quanto às perspectivas do jornalismo, o uso da tecnologia surge como um paradoxo.

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Apesar de 56% dos editores reconhecerem o potencial da inteligência artificial para a automação de notícias de back-end e 37% enxergarem-na como uma fonte de recomendações de conteúdo, a maioria ainda não sabe aprová-la como uma ótima ferramenta na hora de produzir textos, por exemplo, pois ainda a consideram como o maior risco possível à sua reputação.

Felizmente, acompanhando todos os outros setores que se adaptam para receber as transformações da era digital, as Relações Públicas (RP) encontram, pela primeira vez, as vantagens criativas, estratégicas e competitivas da IA em todas as esferas da comunicação, como assessoria de imprensa, jornalismo e as próprias RPs.

As Relações Públicas são responsáveis por construir e manter a imagem de uma empresa ou marca, estabelecendo uma relação de confiança e credibilidade com o público. No entanto, aliada à tecnologia, esse setor é capaz de minimizar os processos manuais das atividades de RP e tornar o seu serviço bem mais acessível para marcas que acabaram de surgir no mercado, impulsionando a comunicação na imprensa e superando cada vez mais desafios do mundo digital.

Rebatendo o maior medo dos jornalistas, como apontado pelo Instituto Reuters, o ponto de partida da tecnologia nas Relações Públicas é, justamente, a produção de conteúdo por meio da IA generativa. Seja nas redes sociais ou nos produtos tradicionais de imprensa, como releases e reportagens, o ChatGPT atua como o melhor amigo do redator.

Um exemplo claro dessa atuação é apresentado pela Mention, primeira startup de Relações Públicas da América Latina que também criou a primeira IA de produção de texto especializada em assessoria de imprensa. Conhecido como Gepeto, o recurso otimiza o tempo de produção dos materiais jornalísticos e fornece insights de conteúdo para qualquer setor, consolidando a startup como tecnológica, versátil e totalmente acessível em comparação com agências tradicionais de assessoria.

Além do contexto criativo, outro desafio no mercado das Relações Públicas é a gestão de menções e notícias. Num processo estratégico demorado, sujeito a erros e, muitas vezes, inviável para empresas com recursos limitados, a tecnologia entra como a chave para acompanhar, por meio de softwares e plataformas especializadas, o que é dito sobre uma marca em diferentes canais, como redes sociais, blogs e veículos de imprensa, colocando as agências em uma posição de expertise na hora de identificar oportunidades, estudar a concorrência e gerenciar crises.

Chegada a hora de divulgação de conteúdo, outro ponto crítico é a mensuração dos resultados de RP. Saber quais são as abordagens possíveis para cada veículo, quantas pessoas foram impactadas por uma notícia, o alcance de uma campanha por editoria e o sentimento do público em relação à marca são informações valiosas para avaliar o sucesso de uma estratégia e direcionar os esforços futuros. Sem tecnologias voltadas para monitoramento, por exemplo, essas tarefas podem se tornar subjetivas e hipotéticas, comprometendo a efetividade das ações de reputação.

Portanto, num cenário onde a confiança no tradicionalismo já está muito abalada, as Relações Públicas propõem uma nova roupagem para todo o ecossistema de comunicação na imprensa, incentivando que as agências e as redações aproveitem o máximo da inteligência artificial, dos softwares de monitoramento e de outros recursos para automatizar e simplificar a sua rotina, provando que a tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas um catalisador para a evolução de qualquer mídia que busca informar, entreter e se posicionar.

por Beatriz Ambrósio, CEO e fundadora da Mention.

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