Em 2023, as maiores marcas de luxo do mundo mostram que ainda há espaço para crescer. O mercado de bens de alto padrão pouco foi impactado pela retração econômica global decorrente da pandemia da Covid-19 e, agora, com o controle da crise sanitária e a expectativa de retomada da economia, a tendência é chegar a patamares ainda mais elevados.
A Porsche foi apontada como a empresa mais valiosa do mundo, estimada em R$ 195,4 bilhões, segundo o ranking Luxury and Premium Brand, realizado pela Brand Finance. Desde 2018, quando o levantamento teve início, a empresa alemã nunca saiu da primeira posição.
Em 2022, a Porsche foi avaliada em R$ 185 milhões, o que aponta o crescimento de 5,2% em um ano. Na primeira edição do ranking, a empresa foi estimada em R$ 59,5 bilhões, o que corresponde a alta de 230% em cinco anos.
A segunda colocação do levantamento de 2023 ficou com a Louis Vuitton, que registrou a valorização de 8,3% no último ano, passando a ser avaliada em R$ 139,8 bilhões.
Chanel e Gucci trocaram de lugares: estimada em R$ 103,1 bilhões, a marca francesa, que estava na quarta posição em 2022, foi para a terceira em 2023. Já a italiana, avaliada em R$ 94,8 bilhões, apareceu em seguida na lista. Outro destaque do levantamento foi a marca Dior. Com um valor de mercado de R$ 69,9 bilhões, ela obteve o maior percentual de crescimento em comparação com o ano anterior (40,4%).
Os dados confirmam como o mercado de luxo vive um momento de expansão, o que torna as marcas atrativas para os investidores. Com exceção da Chanel, que até o momento segue como uma empresa de capital fechado, as demais possuem ações listadas em bolsas de valores do exterior.
Como ser um investidor?
O primeiro passo para começar a investir é informar-se sobre os produtos do mercado, como orienta a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Assim é possível não só saber como são realizadas as operações, mas também entender quais são os riscos envolvidos.
Os sites de órgãos oficiais, como a Bolsa de Valores (B3), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a própria Anbima, disponibilizam informações sobre o mercado financeiro. Para a tomada de decisões mais assertivas, o investidor também pode tirar dúvidas com profissionais da área, como o agente autônomo, o consultor ou o especialista em finanças.
No caso das marcas de luxo internacionais, também é necessário compreender as regras das bolsas de valores onde as ações estão listadas. A Porsche fez a oferta pública inicial (IPO) em setembro de 2022 na Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha. Já Louis Vuitton, Gucci e Dior possuem ações listadas na Euronext.
Ao adquirir ações de uma companhia, o investidor torna-se sócio e passa a ter direito à parte dos lucros. Por isso, a Anbima alerta para a importância de conhecer os dados sobre a empresa, como o histórico de desempenho e as projeções. Realizar um investimento no exterior confere a vantagem de proteger o patrimônio financeiro das oscilações do mercado interno. No caso das marcas de luxo, há outros atrativos, como o reconhecimento global e a rentabilidade elevada.
Por outro lado, há desafios como a necessidade de conhecer a regulamentação dos países e os próprios riscos inerentes às ações, que são produtos de renda variável e, por isso, apresentam alta volatilidade.
Marcas de luxo brasileiras
O mercado nacional também possui muitas marcas de luxo. Algumas delas estão listadas na B3, como a Vivara, a Veste S.A Estilo, dona das marcas Le Lis, Dudalina, John John, Bobô e Individual, e o Grupo Soma, que detém marcas como Animale, Farm, Fábula, Cris Barros, Maria Filó, entre outras.
Neste caso, a operação é mais simples. Depois de buscar informações do mercado, o investidor deve abrir uma conta em uma plataforma de investimentos que dê acesso ao home broker da Bolsa de Valores, por meio do qual são feitas as ordens de compra e venda de ações.
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