Penso que está muito claro a todos que vivemos tempos turbulentos nas mais diversas áreas da atuação humana. A mudança que é uma constante na vida transforma seus componentes: direção, velocidade e impacto, afetando a vida de todos. Dos componentes citados a velocidade é a mais assustadora; mal nos acostumamos a uma nova situação e, lá vem outra, alterando tudo que havíamos aprendido.
No cenário do mercado de trabalho não é diferente. Desde o final do século passado os eliminadores de empregos, como previram Jeremy Rifkin e William Bridges em seus respectivos livros – Fim dos Empregos e Um Mundo Sem Empregos – eliminam empregos com o consequente aumento de produtividade. Começou com a informatização e, na sequência, mecanização, robotização, virtualização e, agora, a Inteligência Artificial. Pela primeira vez na história da humanidade não há migração de empregos mas, eliminação de empregos.
A mudança no perfil dos empregos exige a mudança do perfil do trabalhador; desenvolver habilidades técnicas adequadas às exigências atuais e habilidades emocionais que lhes permitam caminhar em um mundo contraditório e novo. As escolas, defasadas e com professores vítimas do mesmo dilema, não darão a resposta esperada.
Os empresários, por questão de sobrevivência, buscam os recursos necessários para aumentar a produtividade sem se preocupar com a manutenção dos postos de trabalho. E ao trabalhador da era da informação, o que lhe cabe fazer para manter-se atualizado e competitivo?
O trabalhador tem que saber que só será aproveitado neste mercado se tiver as habilidades técnicas e emocionais que são exigidas. Oferecer aquilo que o mercado está demandando não significa, apenas, ter curso superior ou técnico, pós-graduação ou dominar idiomas mas, oferecer as qualificações que o qualifiquem para um mercado que exigirá capacidades como criatividade, agilidade no processo decisório, habilidade em desenhar cenários, de ser proativo e estar permanentemente atualizado.
O profissional do século XXI deve estar preparado para ser um agente de mudanças, operar com ideias novas, máquinas e equipamentos que não foram, ainda, inventados e, resolver os problemas que afligem o mundo atual, tais como, meio-ambiente, eventos climáticos extremos, redução de insumos, entre tantos outros que começam a ser percebidos pelos mais atentos.
Se você for proativo e encarar os desafios como oportunidades de crescimento pessoal e profissional terá lugar de destaque no mundo que está em construção.
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mais o que melhor se adapta às mudanças.” A frase de Leon Magginson só confirma o que Charles Darwin descobriu na prática.
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