por Bruno Bertachini D’Angelo*
Todo o mundo diz que o CV deve destacar sua experiência laboral porque é o que mais interessa aos recrutadores.
Por isso, você precisa de experiência para arranjar um trabalho. Mas, por outro lado, também precisa de um trabalho para ter experiência.
Como quebrar esse ciclo vicioso? Eu vou lhe ajudar com esse problema.
A primeira informação que você precisa saber é a seguinte: Os recrutadores não lêem currículos.
Eles passam os olhos por determinados dados e escolhem alguns CVs para dar uma olhada. Se o CV não estiver formatado de maneira correta, o currículo nem passa dessa primeira etapa.
Por essa razão, o currículo ideal precisa de:
Margens iguais nos dois lados.
Um tipo certo de letra (como Times New Roman ou Arial).
Um espaçamento de 1,15.
O documento deve ser salvo em PDF, para que continue num bom formato caso seja impresso pelo recrutador.
Uma versão deve ser salva em DOC caso decida mudar algo mais tarde ou se precisar de vários CVs para vagas diferentes.
Em relação ao formato, o CV tem que incluir as seções que seguem:
1. Cabeçalho:
Aqui basta o nome completo, telefone, e-mail e LinkedIn. A foto depende do tipo de trabalho. Por exemplo, currículos para atores ou atrizes costumam incluir foto.
2. Introdução:
A introdução, na verdade, é o seu objetivo profissional, um texto de um ou dois parágrafos que serve de introdução para o CV.
Para escrever a introdução, basta ler o seu CV do início ao final, selecionar as partes mais relevantes para a vaga (costumam ser a educação e um par de competências), e redigir a introdução do currículo usando essas informações e mostrando como você pode ser útil para a vaga que pretende preencher.
3. Educação:
Se você não tem experiência, esta parte é essencial. Por isso, não seja humilde.
Fez um curso online? Liste no CV.
Compareceu a um evento de palestras na universidade? Liste mais uma vez.
Tudo o que o possa diferenciar dos outros candidatos pode ser útil nesta seção.
4. Habilidades e Competências:
Você precisa ler a vaga com cuidado e fazer a seguinte pergunta:
“Quais das minhas qualidades poderiam ser úteis para esse emprego?”.
Nas Hard Skills pode incluir conhecimentos em Office ou Inglês fluente, enquanto em Soft Skills pode adicionar “Ótima comunicação”, “Organização”, “Flexibilidade” ou “Liderança”.
5. Informações Complementares:
Aqui você pode incluir certificados, idiomas, cursos extracurriculares ou hobbies e interesses, sobretudo se forem relevantes ou mostrarem que você é uma pessoa curiosa.
Siga este exemplo:
“Estudante de psicologia na Universidade de São Paulo com inglês fluente certificado pelo British Council. Quero usar meu talento idiomático e conhecimentos em psicologia para contribuir com a qualidade de estagiário em Recursos Humanos na companhia XYZ.”
Conclusão
Concluindo, para um currículo sem experiência de trabalho você precisa apenas de:
Um bom formato, com a fonte certa, margens iguais e espaçamento 1,15.
Um cabeçalho simples e profissional.
Não ser humilde na seção de educação.
Listar suas habilidades, tendo em mente a vaga em questão.
Inclua informações complementares para te diferenciar dos outros aplicantes.
Monte o objetivo profissional que servirá como introdução ao currículo.
Faça uma carta de apresentação relevante ao empregador
Agora você tem tudo para começar e arranjar o seu primeiro.
Boa sorte!”
* Bruno Bertachini D’Angelo, especialista em carreira na Zety, comprometido em oferecer conselhos ocupacionais que agreguem valor a profissionais em todas as etapas de suas jornadas.