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72% dos usuários do LinkedIn sofrem de FoMO, revela pesquisa
22 de Janeiro de 2025

72% dos usuários do LinkedIn sofrem de FoMO, revela pesquisa

O “medo de ficar de fora (FoMO)” faz com que as pessoas acessem a rede de forma compulsiva

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Uma pesquisa inédita revelou que 72% dos usuários do LinkedIn sofrem de FoMO (medo de ficar de fora). A plataforma, com mais de 850 milhões de usuários globalmente — sendo 75 milhões no Brasil, representando 60% da força de trabalho do país — é essencial para quem deseja se destacar profissionalmente. No entanto, a constante obsessão por atualizações e a comparação com as realizações de outros pode impactar negativamente a saúde mental dos usuários.

O recém-publicado artigo “Comparação Social, Inveja, Estresse E Perseguição Corporativa: Uma Análise Dos Aspectos Ocultos Do Linkedin”, que analisou o comportamento de 622 usuários brasileiros da plataforma, mostra que 72% dos entrevistados sofrem da síndrome do “medo de ficar de fora (FoMO, do inglês Fear of Missing Out)”. A pesquisa foi conduzida pelo pesquisador e professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP)Ahmed Sameer El Khatib.

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De acordo com o docente da FECAP, o “medo de ficar de fora (FoMO)” faz com que as pessoas acessem a rede de forma compulsiva para acompanhar atualizações e oportunidades, o que as expõe a uma avalanche de informações e comparações sociais. Essa dinâmica cria um ciclo emocional prejudicial: “O LinkedIn, projetado para conectar profissionais, muitas vezes se transforma em uma fonte de pressão psicológica, exacerbada por idealizações constantes das carreiras alheias”.

Além do “medo de ficar de fora”, outros comparação social e até a chamada “perseguição corporativa” – um monitoramento constante de perfis alheios sem interações diretas – estão diretamente associados ao aumento dos níveis de estresse.

“A comparação social, em especial, amplifica sentimentos de inadequação e insatisfação, pois os usuários se veem expostos a representações idealizadas da vida profissional dos outros”, explica o professor Ahmed. “O LinkedIn, apesar de ser uma rede social voltada para o desenvolvimento de carreira, pode desencadear uma pressão psicológica significativa, quando usado de forma intensa ou descompensada”.

O estudo também aponta que a inveja moderada pelo uso do LinkedIn pode intensificar os impactos negativos, criando um efeito cascata de emoções negativas. As descobertas da pesquisa reforçam ainda a importância de promover o uso consciente das redes sociais, incentivando períodos de desconexão e estratégias para evitar a comparação social excessiva. “É fundamental reconhecer que essas plataformas são ferramentas, mas que seu impacto depende diretamente da maneira como as utilizamos”, conclui Ahmed.

Principais descobertas da pesquisa

O estudo conduzido pelo professor Ahmed Sameer El Khatib revelou os seguintes achados principais sobre os impactos psicológicos do uso do LinkedIn:

1. FoMO e estresse: Fear of Missing Out (medo de ficar de fora) foi identificado como um dos principais fatores que levam os usuários a acessar o LinkedIn de forma compulsiva, resultando em maior exposição a informações e aumento dos níveis de estresse.

2. Comparação social mediadora: A comparação social, especialmente em sua forma ascendente (em que os usuários se comparam com aqueles percebidos como mais bem-sucedidos), desempenha um papel central ao mediar a relação entre FoMO e estresse, amplificando emoções negativas como inadequação e insatisfação.

3. Perseguição corporativa: O fenômeno descrito como “perseguição corporativa”, que envolve o monitoramento frequente de perfis sem interação direta, foi identificado como um comportamento comum entre os usuários, motivado pela busca de validação e atualização profissional.

4. Efeito amplificador da inveja: A inveja associada ao uso do LinkedIn intensifica as conexões negativas entre FoMO, comparação social e estresse, criando um ciclo de feedback emocional prejudicial.

5. Ambiente digital competitivo: A exposição constante a representações idealizadas das carreiras e conquistas de outros usuários amplia a pressão social e os sentimentos de inferioridade, prejudicando o bem-estar psicológico.

Foto: Freepik

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