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Planejamento Estratégico? Desnecessário!
17 de Janeiro de 2014

Planejamento Estratégico? Desnecessário!

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Por Prof. Ozinil Martins de Souza 17 de Janeiro de 2014 | Atualizado 03 de Dezembro de 2021

Interessante o que estamos vivendo entre o final de 2013 e o início de 2014. É óbvio que todos nós sabemos que vivemos em um país de extremas contradições. Também me parece óbvio que há muito tempo os governos, que nunca se preocuparam com planejamento estratégico, agora o abandonaram de vez. Vejamos alguns exemplos:

– Os governos estimulam há muito tempo e, usam isto como política econômica, o consumismo como forma para manter a economia andando. É claro que isto tem um efeito pernicioso, o endividamento da população e a inadimplência;

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– O aumento exacerbado nos últimos quatro anos da utilização do transporte aéreo mostrou a obsolescência de nossos precários aeroportos. Atrasos e cancelamentos de voos, acessos de nossos aeroportos sem condições de atender a demanda criada, área física acanhada e desproporcional ao público que a frequenta;

– A chegada do verão e, principalmente, o período entre Natal e Ano Novo escancarou a precariedade de infraestrutura de toda a região litorânea brasileira. Como a demanda pelas regiões praieiras explodiu, as consequências se fizeram presente. Falta de energia elétrica, falta de água, preços nas alturas, trânsito caótico, má educação das pessoas e vamos por aí;

– O comando exercido de dentro de algumas prisões do país mostra a que pontos chegamos. Quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem que negociar com as lideranças dos presos, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas no Maranhão, penso que chegamos ao fundo do poço em termos de gestão;

– Quando se cria uma reserva indígena como a Raposa Serra do Sol em área contínua estamos criando uma nação indígena que, a qualquer momento, poderá pedir a criação de um novo país e será imediatamente reconhecido por países que têm interesse na Amazônia, por entenderem que a estamos destruindo;

– Quando estimulamos a venda de veículos automotores para sustentar uma indústria, que não precisa de incentivos, sem nos preocuparmos com as consequências advindas desta decisão estamos criando o caos. Há cidades brasileiras que estão chegando à média de um carro por habitante. Já temos exemplos aqui em nossa Bela e Santa Catarina.
Foram citados, apenas, alguns exemplos de como é o nosso sistema de gestão pública no Brasil. Agora, em função da demanda estimulada pelo próprio governo vem o contraditório.

Vejamos:

– Quando dos problemas de falta de água e energia o governo, através de seus representantes, propõem que se limite o número de turistas que nos visitam. Pergunta: e o direito de ir e vir como fica? E as obras que deveriam ter sido feitas? E o planejamento para atender a demanda?

– E o problema dos aeroportos? Resolve-se da forma mais simplista possível aumentado o preço das passagens aéreas. Planejamento? Para quê?

– E a preocupação com o excesso de veículos em nossas ruas e estradas? Problema do usuário. Ele que aguente o trânsito infernal, seus congestionamentos, seus pedágios, suas horas perdidas dentro dos mesmos. Planejamento? Nenhum!

Em todas as áreas em que o planejamento estratégico se faz fundamental não há nada estabelecido. O Brasil é um país que cresce voluntariamente. Não existem políticas indutoras do crescimento para balizar os empresários por um esforço de crescimento organizado e coerente. Até quando seremos primários enquanto governo e continuaremos a eleger governantes sem propostas concretas. Boa leitura!

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