CANNES 18 | Entrevista com Patricia Bartuira, diretora da FleishmanHillard Brasil e jurada da Categoria PR
11 de Junho de 2018

CANNES 18 | Entrevista com Patricia Bartuira, diretora da FleishmanHillard Brasil e jurada da Categoria PR

Patricia Bartuira, diretora de Atendimento da FleishmanHillard Brasil, será a representante brasileira no júri de PR do Cannes Lions 2018. Formada em publicidade e propaganda pela Universidade Mackenzie e pós-graduada na University of California – Berkeley e FAAP, Patricia trabalhou com marketing por alguns anos antes de entrar para a área de relações públicas, em 2001. Com ampla experiência no setor de tecnologia, Patricia trabalhou em empresas como Natura e nas agências Gaspar & Associados, MVL Comunicação, Agência Ideal e In Press Porter Novelli antes de ir para a FleishmanHillard. 
 

 

Qual é a sensação em fazer parte da equipe de jurados do Cannes Lions 2018?

É uma honra estar entre o seleto grupo de 24 jurados brasileiros no maior prêmio de criatividade, comunicação e marketing. É também motivo de orgulho representar a FleishmanHillard, uma das maiores agências de PR do mundo, que está presente no Brasil há apenas três anos e já tem relevância nacional por sua estrutura e carteira de clientes. 

 

Qual é o aprendizado ou troca de experiências que você imagina ter lá com criativos de diversos cantos do mundo?
A expectativa é a melhor possível, seja pelo nível dos trabalhos da categoria de PR, pelas palestras e workshops com os principais nomes de comunicação mundial. Espero poder trocar com pessoas de todo o mundo. Ter mais agências no Cannes Lions fortalece a indústria do PR globalmente, amplia a visibilidade perante aos clientes e ao mercado. E tenho certeza que será uma troca de experiências muito enriquecedora. 

 

O Festival passou por uma grande reformulação para esta edição. O que você poderia citar sobre essas mudanças e o que será avaliado em PR.  Categoria que você vai julgar?
A categoria de PR já é uma categoria recente – este será o 10º ranking – então já mostra que o Festival vem buscando constante atualização. Para 2018, PR, Media, Direct, Social & Influencer e Creative Data ficarão aninhadas dentro de Reach, para refletir o modelo de trabalho cotidiano das agências e empresas.
No ano passado, a organização anunciou a redução da duração do festival – mostrando que entende a realidade de custos enxutos de todas as empresas do setor. Além disso, com a redução das categorias, haverá mais disputa pelos Leões, o que consequentemente, elevará ainda mais a qualidade dos trabalhos inscritos pelas agências e torna o festival ainda mais criativo. Ganham o mercado, os participantes e o público. 
Também haverá a transmissão das premiações via Internet, o aumento de seminários disponíveis online, o que dá agilidade e permite o acesso a um maior número de pessoas ao que há de melhor em criatividade e comunicação. 

 

Cite um grande trabalho da sua empresa que vai concorrer em Cannes neste ano.
A FleishmanHillard Brasil não inscreveu nenhum trabalho esse ano, o que me dá também uma isenção nas minhas votações.

 

O que é mais importante em Cannes? Ganhar um leão, palestras, conhecer pessoas?
Todas as atividades relacionadas a Cannes possuem sua relevância. O Leão traz um destaque especial para os vencedores, mas participar das palestras e conhecer pessoas amplia o conhecimento de todo o mercado de comunicação, das práticas mais inovadoras que estão sendo utilizadas, das tendências e, claro, maximiza o networking que é muito importante para qualquer profissional da área. Ou seja, Cannes é uma experiência enriquecedora em todos os aspectos.

 

Por que o Brasil valoriza tanto Cannes? Um dos países com maior número de inscrições e também visitantes.
 O festival de Cannes é uma referência mundial, mobilizando agências e profissionais de comunicação dos mais diversos países. O Brasileiro é um povo criativo, haja visto que o nosso primeiro leão de ouro veio em 1974. E, na edição passada, mais uma vez, estávamos entre os mais premiados. 
Na categoria de PR, trouxemos para casa 10 Leões, nosso recorde como país. Espero que nesta edição, possamos superar esta marca.

 

O que não falta na sua bagagem para Cannes?
Estou levando muita disposição e mente aberta para entender contextos e priorizar novas formas de comunicar. Estamos vivendo uma época onde as transformações estão acontecendo cada vez mais rapidamente. Por isso, conseguir ter uma imersão nos melhores trabalhos do mundo em uma semana é uma oportunidade única.