O Metaverso, um conceito que surgiu na década de 80, agora começa a moldar o futuro do mercado de trabalho.
Com o avanço dessa tecnologia, surge a necessidade de repensar como ela afetará o ambiente corporativo, desde a interação entre profissionais até as novas possibilidades de trabalho.
Dayandra Sanches, Headhunter da Advisorh Talent Solutions, compartilha sua visão sobre essa transformação: “Embora o metaverso não seja uma realidade física, ele recria elementos do mundo real em um ambiente digital. As pessoas acessarão esse universo por meio de tecnologia 3D e, eventualmente, outros dispositivos, como acontece em alguns jogos. Outro conceito relevante é o ‘play-to-earn’, que traz um modelo de economia aberta, permitindo que quem agregue valor ao metaverso se beneficie financeiramente. Em vez de apenas observar, poderemos interagir diretamente com o que acontece na tela”.
No mercado de trabalho, uma pesquisa realizada pelo site Indeed comprovou que quando mencionado o termo “metaverso” na descrição das vagas houve um crescimento de 1042% em novembro de 2020 e 2021. Uma outra pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial mostra que 85 milhões dos postos de trabalho serão excluídos dando espaço a 97 milhões de novas tarefas desenvolvidas com base na tecnologia.
“A chegada da pandemia forçou uma rápida transformação digital das empresas. Se o home office era ainda uma ideia em discussão, em pouco tempo se tornou necessidade. Agora, com o gradual retorno das atividades, a discussão sobre a relação entre o físico e o digital ganha novo fôlego e o metaverso deve surgir como opção para escritórios, eventos, reuniões e processos seletivos. No entanto, há opiniões divergentes sobre quando ele chegará com força ao mercado de trabalho. Para alguns especialistas, a tecnologia ainda precisa evoluir. Melhorar a experiência, aumentar a segurança das informações e expandir o acesso são alguns dos desafios para os próximos capítulos. Ainda assim, já há processos seletivos acontecendo em protótipos dessa realidade virtual”.
Diversas empresas ainda precisam estar prontas e adaptas sendo necessário a aplicação de uma estrutura 360 para que os colaboradores possam desempenhar sua função sem ter problemas no ambiente digital. “Como toda nova tecnologia que surge, o metaverso também deverá abrir novas fronteiras no mercado de trabalho. E não é só para profissionais de tecnologia. Designers de moda e estilistas digitais poderão desenvolver as ‘skins’ (roupa dos avatares).
Algumas empresas já se lançaram para registar produtos que podem ser carros, casas, roupas, quadros e outros bens da vida real que também existirão em NFT, muitas vezes também em combinação com experiências e benefícios no “mundo real”. E, claro, engenheiros de tecnologia de metaverso, especialista em segurança, desenvolvedor de avatares e até diretor/produtor de eventos no metaverso surgem como futuras oportunidades de trabalho”, pontua a Headhunter.