O consumo de conteúdo dentro do ambiente digital tem mudado a dinâmica entre marcas e consumidores. Essa transformação requer estratégias diferenciadas de engajamento.
Sendo assim, a Comscore realizou um levantamento sobre os mais recentes hábitos de navegação do consumidor, que traz em um resumo dados de consumo em sites e aplicativos relacionados a varejo, entretenimento, notícias, streaming e redes sociais.
Segundo a análise, 68% dos usuários digitais brasileiros utilizam exclusivamente dispositivos móveis (celulares e tablets) para acessar a internet. Com um mercado maduro, a população digital vem crescendo moderadamente no Brasil – aumentou 0,6% entre os meses de junho de 2022 e 2023, totalizando 133 milhões de visitantes únicos no período. No mundo, esse aumento foi de 3%.
Em âmbito global, os usuários preferem o desktop para assuntos de navegação e pesquisa e o mobile para consumir conteúdos relacionados a serviços financeiros. Já o brasileiro se destaca por consumir no desktop conteúdos de informações e notícias e prefere o mobile para assuntos relacionados a varejo e finanças. Localmente, as categorias de entretenimento e redes sociais alcançam mais de 90% em ambas as plataformas (desktop e mobile).
Cenário global
Ao redor do mundo, as marcas indianas estão entre os destaques globais de crescimento. JioCinema, Paytm e EaseMyTrip cresceram significativamente em suas categorias (entretenimento, serviços financeiros e viagem, respectivamente). No disputado setor de vídeos, o aplicativo Moj teve um aumento ano após ano de 329 milhões de horas visualizadas por seus usuários mobile
Entre todos os setores, a varejista chinesa TEMU se destaca como a de maior crescimento, com 147 milhões de usuários únicos. Já streaming Twich é a marca que mais cresce no setor de gaming (jogos) globalmente, com mais de 116 milhões de usuários únicos ano após ano. E no mesmo período, em social media, o maior crescimento, de mais de 59 milhões de usuários únicos, foi da plataforma Google Messages.
No Brasil, o Google Sites ainda lidera o mercado de notícias e pesquisa em todas as faixas etárias e em ambos os sexos, seguido de perto pela Meta. Já o UOL tem também um alcance significativo, com uma leve vantagem na faixa dos 35+ e no sexo feminino.
O ano da inteligência artificial
O termo “inteligência artificial” se destacou como palavra-chave em tendência em janeiro de 2023, resultado da popularidade da ferramenta ChatGPT, que, neste período, foi líder em conversas ao redor do mundo sobre essa tecnologia.
Sua relevância se tornou notável nas redes sociais no início do ano, registrando 9,2 milhões de interações nas redes. A empresa OpenAI, dona da plataforma, também se destacou com 1,2 milhões de interações no total.
Redes sociais
A análise da Comscore indica, ainda, que as atividades relacionadas a social media tornaram-se mobile-first. Em média, o uso diário das mídias sociais em dispositivos como celulares e tablets é de 51 minutos contra 2 minutos em desktop. Além disso, o tempo gasto em redes sociais diversas é 32% maior do que em serviços de mensagens instantâneas.
Entre os destaques da categoria a está o crescimento de menções da marca Fenty Beauty e de sua criadora, a cantora Rihanna, após o anúncio de seu show no Half Time do Superbowl. Houve um impacto de 5,5 milhões de ações no Facebook, Twitter, Instagram e TikTok mencionando o programa.
“As redes sociais desempenham um papel essencial no aprimoramento de campanhas de marketing”, analisa Ingrid Veronesi, diretora sênior da Comscore para o Brasil, “por isso é importante assumir riscos em suas estratégias em Social Media”, complementa. Um exemplo de tal estratégia é um vídeo de 10 minutos do grupo Hilton no TikTok, rede conhecida por seus vídeos curtos, que teve 86x mais views do que a média da marca naquela plataforma.
Confira o levantamento completo aqui.