Em tempos de baixa dos institutos de pesquisa que, literalmente, quebraram a cara com muitos furos em suas previsões, as redes sociais assumem um importante papel de termômetro do ambiente eleitoral.
Batemos diversos recordes de interações e uso da segunda tela – às vezes ocupando a posição de primeira – provando que as redes sociais são o foro eleito pelos brasileiros para conversar sobre o cenário político.
Somente no Facebook, até o domingo do primeiro turno, foram 240 milhões de interações, entre curtidas, comentários e compartilhamentos. Deixamos a Índia pra trás, com seus “míseros” 227 milhões de interações registradas nas eleições de maio passado.
O Twitter tupiniquim também não ficou pra trás, com 3,1 milhões de tweets com #DebatenaGlobo, no último debate entre os presidenciáveis.
Esses números são sinais evidentes de que a web começa a ser finalmente a nossa grande arena de debates entre os eleitores. Mas como nem tudo é perfeito nesse mundo dos bites, essa arena também está sendo usada para a disseminação de boatos.
O que antes se fazia no boca a boca, agora acontece de maneira muito mais avassaladora, no tela a tela. E dê-lhe fatos antigos, fora de seu contexto, utilizados para denegrir este ou aquele candidato.
Já está ficando chato encontrar na time line tantos posts sem fundamento, fofocas digitais que utilizam mídias modernas, mas que serão sempre apenas as velhas e desgastadas fofocas dos tempos das vizinhas da minha avó. Sim, porque fofoqueiras eram sempre as vizinhas. Os outros!
Hoje, quando nós nos tornamos mídias, gerando conteúdos feito metralhadoras falantes, todos estamos mais expostos às opiniões alheias, mesmo daqueles a quem nem sequer conhecemos.
As redes sociais ampliaram o alcance das palavras e das ideias. Pena que também dos boatos.
