No que diz respeito à crise que as pequenas e médias empresas, principalmente as que trabalham com público, como bares, restaurantes e clínicas médicas, começaram a sentir com o alastramento da pandemia de Covid-19, é necessário buscar soluções alternativas para amenizar a quebra de seus caixas.
Segundo Renato Marques, sócio da DOC Concierge, empresa especializada em soluções financeiras para a classe médica, clínicas e consultórios começarão a adotar, nos próximos meses, novas medidas de atendimento, como a telemedicina ou o teleatendimento. Este modelo já vem sendo adquirido por psicólogos, por exemplo, devido a impossibilidade de os pacientes irem até o consultório para serem atendidos.
“Assim como o mercado de restaurantes precisou se adaptar e basear sua operação no sistema delivery, os empreendimentos médicos terão que investir no atendimento remoto com base tecnológica para atravessar esse momento crítico”, diz.
Marques alerta: “Não são todas as situações que permitem o uso do teleatendimento. Em alguns casos, a presença física é indispensável. Mas mesmo nos casos em que ele se aplica, é preciso seguir todas as recomendações para alcançar os melhores resultados”.
Outra medida que se torna indispensável neste momento é a reavaliação dos custos e despesas recorrentes, além do aproveitamento das ajudas oferecidas pelo governo, como o adiamento do pagamento do Simples Nacional (para empresas que usam este modelo tributário). O fisco permitirá que as parcelas de abril, maio e junho sejam pagas somente em outubro, novembro e dezembro como forma de ampliar o prazo de recuperação para as empresas. Existe ainda a possibilidade de um adiamento nos depósitos do FGTS dos funcionários. Os maiores bancos do país também estão anunciando condições especiais para adiar o pagamento de compromissos.
“Tudo isso ajudará a atravessar este período, mas o empreendedor médico não pode esquecer que não se trata de anistia e sim de adiamento. Então significa que ele terá que pagar estes valores e precisa se preparar para isso”, destaca Renato.
“Será uma oportunidade para os empresários e as pessoas físicas avaliarem seus gastos e perceberem aquilo que realmente precisam e o que investiam sem ter tanta necessidade no passado. Além disso, esse grande susto ensinará sobre o benefício de um comportamento mais precavido quando as coisas estão indo bem. Imprevistos sempre acontecem. Seja uma pandemia ou um simples acidente pessoal, mas para os dois casos é preciso estar preparado”, conclui.