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Com vídeos curtos, menos texto e muito humor para atrair os ‘millennials’
06 de Março de 2017

Com vídeos curtos, menos texto e muito humor para atrair os ‘millennials’

Millennials cresceram ao lado da internet e consumem notícias e informações de forma diferente das gerações anteriores. Como em outras partes do mundo, os latino-americanos criaram sites de nicho com conteúdo feito para atingir essa população.

Menos texto, mais imagens, vídeos curtos, listas, memes e manchetes cômicas são suas marcas.

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Enquanto alguns apostam no entretenimento e conteúdo viral, outros combinam estes elementos com tópicos políticos ou sociais de interesse para essa comunidade.

Histórias sobre a festa de aniversário de uma menina de 6 anos  com o tema da cantora Selena aparecem junto a notícias do processo de paz colombiano  ou a colunas de opinião sobre política de imigração nos Estados Unidos. Outros recorrem a artigos que buscam inspirar ou provocar emoções, como este sobre a primeira modelo a desfilar em uma cadeira de rodas em uma passarela na Ucrânia.

O Centro Knight consultou cinco sites voltados para os millennials na América Latina e nos Estados Unidos para descobrir como eles atraem este segmento da população.

Sites voltados para a população millennial são caracterizados por sua linguagem informal. Eles colocaram a seriedade de lado para se conectar com o público falando sua língua.

Enquanto esses sites tendem a combinar informações e entretenimento, alguns inclinam-se mais um ou outro lado da escala.

Upsocl, que surgiu no Chile em 2013 com o objetivo de oferecer conteúdo inspirador e divertido no estilo do Upworthy, descobriu que o entretenimento é o produto mais consumido pelos millennials na internet. Seus criadores estão cientes de que não têm a autoridade jornalística para publicar notícias, por isso este é um campo em que eles não se intrometem.

“Tudo que é entretenimento funciona para nós. Ir além é perigoso porque não temos autoridade para falar sobre isso. Dar opiniões não funciona para nós e, de fato, gera muitas críticas, porque não temos esse poder informativo”, disse Irene Ruiz del Portal, diretora de marketing da Upsocl, ao Centro Knight. O site rapidamente triunfou com seus artigos curiosos e polêmicos com manchetes intrigantes, que se tornaram um ingrediente frequente no Facebook.

Outros sites optaram por conteúdo informativo, apesar das teorias que falam de um desinteresse da chamada Geração Y por notícias que vão além de seu círculo fechado.

O site mexicano Sopitas, fundado em 2006, foi um dos pioneiros no seu país na adaptação de notícias aos hábitos de consumo das novas gerações, menos propensas a comprar jornais ou assistir a um noticiário televisivo.

“Nós tentamos trazer certos tópicos de relevância para todos. Quando você mostra a informação um pouco mais digerida, em uma linguagem mais cotidiana, eles entendem melhor”, disse Francisco Alanís, fundador do site, ao Centro Knight.

“Continuamos a viver em um ecossistema onde há muitos meios de comunicação, mas poucos têm a credibilidade para certas questões. Sentimos que somos uma alternativa com muita credibilidade para esse público. Acho que é justamente pela nossa forma de dizer as coisas”, ele explicou.

Na mesma linha, Remezcla, um site fundado em 2006 e destinado a millennials hispânicos nos Estados Unidos, oferece histórias em formatos e linguagem atrativos para esta geração.

“Nosso tom é informal mas informativo. Um dos problemas nesta era das mídias sociais é que elas beneficiam as coisas virais. As pessoas tendem a colocar conteúdo cômico e coisas que são atraem cliques facilmente”, disse Andrea Gompf, editora-chefe do Remezcla, para o Centro Knight.

“Tudo que é entretenimento funciona para nós. Ir além é perigoso porque não temos autoridade para falar sobre isso. Dar opiniões não funciona para nós e, de fato, gera muitas críticas, porque não temos esse poder informativo”, disse Irene Ruiz del Portal, diretora de marketing da Upsocl, ao Centro Knight. O site rapidamente triunfou com seus artigos curiosos e polêmicos com manchetes intrigantes, que se tornaram um ingrediente frequente no Facebook.

Outros sites optaram por conteúdo informativo, apesar das teorias que falam de um desinteresse da chamada Geração Y por notícias que vão além de seu círculo fechado.

No México, Click Necesario, site lançado em 2015 pelos criadores do Animal Político, buscava oferecer conteúdo jornalístico ao público millennial por meio de uma plataforma que combinava comédia com informação.

“O rigor não é contrário à criatividade. Os novos públicos precisam não apenas da parte informativa, mas também da parte de diversão e entretenimento. O entretenimento foi a maneira de fazer chegarem as informações jornalísticas”, disse Omar Bobadilla, coordenador multimídia do Click Necesario.

O meio é a audiência
A idade das pessoas que coordenam a mídia millennial é um fator importante para que possam se conectar com sua audiência. A maioria destes sites têm equipes compostas de pessoas da mesma idade do público-alvo.

Este artigo sobre apps usados para aprendizado de linguagens e cultura indígena no México é um dos mais lidos do momento no Remezcla (Captura de tela)
A equipe do Remezcla, por exemplo, é composta de 25 funcionários em tempo integral, a maioria com menos de 30 anos. No caso de Sopitas e Upsocl, a idade média de ambas as equipes é 26.

“Nós somos o público que estamos tentando alcançar. Editorialmente, brincamos dizendo que este é um esforço “por nós e para nós”. Isso nos dá uma grande visão: estamos criando histórias na narrativa que queremos ver sobre nós mesmos no mundo”, disse Andrea Gompf, de Remezcla.

A combinação de jornalistas e criativos da publicidade, da atuação e da literatura contribui para a autenticidade e frescor que a Geração Y exige. Esta mistura está presente na equipe de Remezcla e Upsocl, assim como na do agora extinto Click Necesario.

“Todos os membros da equipe se encaixam no perfil criativo. Eles são muito jovens, os responsáveis pela curadoria de conteúdo são pessoas que acabam de terminar a universidade ou que estão no primeiro ou segundo emprego”, disse Irene Ruiz del Portal, da Upsocl.

Para ler a íntegra desta matéria clique aqui.

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