Por Rui Marques*
No Brasil, a educação enfrenta desafios estruturais profundos, especialmente para os 18 milhões de alunos de escolas públicas que estudam sem acesso a uma biblioteca, segundo o Censo Escolar de 2022, compilado pela Atricon. Esse déficit educacional evidencia a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura, mas enquanto essas melhorias não chegam, as plataformas online têm assumido um papel crucial no apoio a esses estudantes.
Outra pesquisa, feita pelo Google em 2021, mostra que mais de 50% dos estudantes brasileiros utilizam o YouTube para aprender novos conteúdos e complementar os estudos escolares. Faz sentido, já que a tecnologia alia diversos formatos de conteúdo e torna o aprendizado mais prático e envolvente. Entretanto, essas mídias precisam ser usadas de forma estratégica e responsável para realmente capacitar os jovens, preparando-os para um futuro onde o aprendizado contínuo é a chave para o sucesso.
Portais como Toda Matéria, que conta com mais de 22 milhões de visualizações mensais, e seu canal no YouTube, com 670 mil inscritos, exemplificam essa realidade de aprendizado mais dinâmico e acessível. De forma semelhante, plataformas como O Pensador — que, se fosse um livro físico, teria cerca de 163 mil páginas — oferecem um vasto repertório para qualquer pessoa em busca de inspiração, incluindo estudantes.
Essas ferramentas digitais não apenas preenchem as lacunas deixadas pela infraestrutura tradicional, mas também garantem que o conteúdo seja curado e de confiança, tornando-se aliadas poderosas no processo de educação.
Não restam dúvidas de que plataformas de conteúdo e redes sociais têm revolucionado ao democratizar o acesso ao conhecimento. No entanto, essa democratização traz consigo a responsabilidade de garantir que o conteúdo seja cuidadosamente analisado. Toda Matéria e O Pensador estão na vanguarda, assegurando há mais de 10 anos que os estudantes acessem informações precisas e confiáveis. Sem essa verificação, há o risco de propagar informações incorretas que podem prejudicar o aprendizado.
Somente com uma curadoria rigorosa e a verificação constante das informações é possível garantir que as plataformas digitais continuem a simbolizar um aspecto essencial na democratização do conhecimento, auxiliando os jovens a alcançarem os seus objetivos por meio de uma educação transformadora.
*Rui Marques é CEO da 7Graus.
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