O Diretor de Arte, Leandro Chaves, atualmente na da, em Florianópolis, mostra como seu talento também é aguçado fora da agência, em seu ateliê, onde extravasa e explora ao máximo seu lado artístico onde computador e argila se misturam.
“A escultura em argila funciona como uma válvula de escape, onde a veia criativa pode ser explorada sem a influência de um cliente. O cliente sou eu”, conta Leandro. Segundo ele, é também uma forma de criar sem estar na frente do computador, apesar de boa parte da pesquisa, fotografia e planejamento acontecerem na internet. “As obras precisam de referências, são obras planejadas, procuro dar base”, afirma.
Toda essa inspiração já rendeu bons frutos ao diretor. Ele recebeu o Prêmio Abril de Publicidade por duas vezes, o Prêmio Catarina e o anuário do Clube de Criação de Santa Catarina. Foi também Grand Prix no Prêmio Colunistas de Santa Catarina e Diretor de Arte do Ano no Prêmio Catarinense de Propaganda em 2004 e 2006.
Leandro também foi finalista no Festival Internacional de Londres, shortlist em Cannes e no New York Festivals e foi premiado no Festival da ABAP e no Festival Mundial de Gramado. Em 20 anos de atuação no mercado catarinense, Leandro já atendeu clientes de peso como Cerâmica Eliane, Mosarte Revestimentos Especiais, FATMA, Döhler, Shopping Itaguaçu, Schaefer e Carbrasmar.
Ele acredita ser indispensável “desenhar” a ideia. “Penso que é preciso usar o lápis, acho que conhecer todo o processo da criação é importante. É um erro limitar a criatividade por não dominar um determinado recurso, não vou deixar de pensar em ideias que precisem de 3D pelo fato de não dominar um programa 3D, por exemplo”.
Mídias digitais
Leandro Chaves defende o posicionamento das agências que estão apostando nas mídias digitais. “As redes sociais, a internet, enfim, o acesso à informação, tudo está ocorrendo de forma positiva. Eu acredito que a grande mudança na publicidade tradicional já é uma realidade”, aposta.
Chaves analisa também a relação entre consumidor e publicidade. “A comunicação tem que ser direta. As mídias tradicionais precisam se adaptar, pois na internet a publicidade é muito mais segmentada. Estar por dentro dessas mudanças dentro da velocidade em que elas ocorrem, para mim, é o maior desafio e fico na expectativa para ver como isso vai impactar as agências no futuro”.