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Navegando no Caos – 10 lições do SXSW
12 de Junho de 2024

Navegando no Caos – 10 lições do SXSW

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Artigo autoral de Melina Costa – Diretora de Comunicação da ADVB/SC, estrategista de marcas e fundadora da agência Trends Content

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Como a sua empresa está lidando com tantas incertezas em um mundo em constante mudança? Em março deste ano, tive a oportunidade de ir pela primeira vez ao South by Southwest (SXSW), em Austin, Texas, onde, além do evento, participei de uma missão empresarial organizada pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB/SC), Cidade Inovadora e Acate.

Essa viagem abriu os meus olhos para iniciar um processo interno, que vai além da busca por informações e conhecimento; mas que vai em busca de uma inteligência emocional para lidar com o CAOS.

Uma das coisas que mais me impactou foi compreender que estamos vivendo um momento único, com novas tecnologias convergindo para uma mudança na forma como vivemos e trabalhamos hoje, e como isso irá transformar o futuro de todos nós.

Voltei com o frio na barriga que toda visão de mudança drástica traz, com dificuldade para entender o que eu precisava fazer para surfar essa onda que mistura inteligência artificial, biotecnologia, dispositivos interconectados, novos comportamentos dos diferentes perfis de consumo e novas formas de trabalho no nosso ambiente de trabalho. Como eu poderia aproveitar essa oportunidade no meu negócio? Que novas habilidades preciso conquistar para estar à frente neste momento? O que devo mudar na forma como trabalhamos e atendemos nossos clientes? E como trazer mais valor para as marcas e para a nossa empresa?

Com mais perguntas do que respostas, passei um tempo digerindo as informações e lendo todos os novos livros que comprei, assistindo aos podcasts do SXSW com as palestras interessantes que não consegui ir, e cheguei a algumas conclusões:

1 – O mundo vai mudar mais rápido do que gostaríamos, mas ainda não tão rápido quanto estava previsto: Como toda cauda longa, existirão nichos, pessoas e empresas que estão mais antenados e implantaram as mudanças em suas áreas, e aqueles que vão correr atrás. Temos que nos antecipar e entender as mudanças do nosso negócio.

2- A inteligência artificial é vista como uma força motriz por trás de muitas inovações e melhorias em diversos setores, desde a automação de processos até o desenvolvimento de novos produtos e serviços personalizados. Ela também desempenha um papel fundamental na análise e interpretação de grandes volumes de dados.

3 – Vamos ver o crescimento da adoção de diversos dispositivos “vestíveis” inteligentes. Esses dispositivos, desde relógios até óculos e roupas com sensores integrados, são importantes para coletar dados em tempo real sobre a saúde e o bem-estar dos usuários. Eles também facilitam a conexão dos usuários com outros dispositivos e sistemas, promovendo interações mais intuitivas e personalizadas.

4 – Os líderes empresariais precisam entender as tendências para adaptar suas estratégias de negócios, inovação e desenvolvimento de produtos. Compreender as tecnologias emergentes permite que as empresas inovem e desenvolvam novos produtos ou serviços, que ainda nem sabemos que precisamos.

5 – Com a rapidez na adoção das novas tecnologias, será necessária também uma regulamentação de políticas que promovam a inovação em prol da ética, privacidade e segurança. Como toda ferramenta, existe a possibilidade de sua utilização equivocada. É preciso manter-se alerta sobre os desafios que podem surgir, como a desigualdade social, onde os benefícios da tecnologia podem não ser distribuídos de maneira justa, e o risco de desemprego em massa para trabalhadores não qualificados.

6 – O risco da intimidade artificial está próximo. Um pouco exagerado, eu sei, mas com o universo das redes sociais, suas imagens cuidadosamente selecionadas e tratadas, estimulando o sentimento de comparação entre as pessoas, a humanidade está sendo conduzida à solidão com hiperconectividade. Para muitos, principalmente das gerações mais novas, é mais confortável ficar em casa, longe das frustrações da vida real, e ter companheiros virtuais, criados de forma personalizada para agradar.

7 – Os dados que você autoriza, os que você nem sabe que autorizou e os que você mesmo insere através das redes sociais são uma janela para a sua alma. Existe um acalorado debate sobre a propriedade dos seus dados e a conscientização sobre a importância da privacidade.

8 – A crise climática é cada vez mais forte na agenda corporativa. Por muito tempo não tivemos preocupação com a forma que exploramos nossas reservas ou os efeitos que as empresas teriam no mundo. Hoje, a sustentabilidade é pauta obrigatória para marcas relevantes.

9 – O modelo de trabalho que usamos há 100 anos, desde a revolução industrial, não servirá mais. As atitudes da geração Z no trabalho têm gerado diferentes percepções. Enquanto alguns empregadores reconhecem o impacto positivo desses profissionais e a sua capacidade de gerar transformações na organização, outros relatam que é difícil trabalhar com essa geração devido às suas ações e expectativas particulares.

10 – A inovação passa pela experimentação e a liberdade de errar. A ambidestria organizacional refere-se à capacidade de uma empresa de equilibrar e aproveitar duas abordagens distintas da exploração. Explorar significa aprimorar e maximizar os processos e produtos existentes, também envolve inovar e experimentar novas ideias. É a arte de equilibrar o presente e o futuro, garantindo a eficiência atual enquanto se inova para o amanhã. A experimentação oferece um caminho para as empresas não apenas sobreviver, mas prosperar com eficiência e inovação.

Como líderes, o desafio é incorporar essa abordagem em nossa cultura e estratégias empresariais. Como marcas, é liderar através do propósito e conexão com as pessoas hoje e no futuro, construindo uma percepção verdadeira de valor.

Convido você a refletir sobre como sua empresa está navegando neste mundo e abraçar as incertezas, criando suas próprias oportunidades, sem medo de errar.

Melina Costa, diretora de comunicação da ADVB/SC, estrategista de marcas e fundadora da agência Trends Content, é formada em Administração com especialização em marketing e branding, tem mais de 20 anos de experiência de mercado atendendo clientes dos mais diversos segmentos como: Imaginarium, Grupo Lunelli, Grupo Lialine, Marisol e Lilica e Tigor, Beiramar Shopping, Grupo Baia Sul, Farm entre outros.

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