Em 2023 o setor que reúne agências e fornecedores especializados na execução das ações sob o guarda-chuva do conceito “experiências de marcas” apresentou crescimento médio de 16% em relação a 2022 batendo a casa de 100 bilhões de reais em investimentos por parte das empresas que utilizam estas ferramentas para construção de marcas, produtos e serviços.
Os números integram o Anuário Brasileiro de Live Marketing 2023/2024 publicado esta semana nas versões impressa e digital.
Eles mostram o tamanho do mercado que reúne os agentes responsáveis pela criação e execução de ativações, eventos corporativos, ações promocionais, incentivos e outros que envolvem experiências dos stakeholders com marcas em todos os níveis dos ambientes digital e presencial.
A cifra é impressionante e empolgante, um record desde que a medição foi feita pela Ampro em 2004. Mas não surpreendente os especialistas. Após ser condenado a morte em 2020, o segmento de ações promocionais e eventos, que dependia de aglomerações para ser realizado, ressurgiu ainda mais forte no pós-pandemia.
O relatório apresenta também o percentual dividido por atividade incluindo apenas os investimentos diretos que passam por dentro da administração das agências, sem os números que envolvem o impacto em outros setores econômicos nas cidades como transportes, alimentação e hospedagens.
A amostragem envolve agências de diversos portes e regiões participantes da rede de agências associadas a plataforma por meio de formulário de pesquisa. A ponderação considera o impacto da região de cada uma delas e o faturamento com base na declaração dos participantes.
Júlio Feijó Neto, editor da publicação desde 2012 comenta que, “Os festivais, feiras de negócios, eventos esportivos e uma variedade imensa de atividades para visibilidade de marcas e interação com seus stakeholders voltaram com tudo e o que tivemos foram oferta de briefings foi como nunca se viu, as casas e espaços de eventos sem datas além dos custos de serviços diversos e mão de obra que foram parar nas nuvens. Esse sim podemos chamar do verdadeiro ano da retomada do nosso segmento. Os executivos perceberam a importância do brand experience para construção de marcas numa jornada que começa no on-line mas que não funciona sem uma ação presencial. A pandemia mostrou isso. Então estes investimentos em estruturas físicas para colocar o consumidor dentro do universo da marca ainda está só começando. Isso se transformou numa indústria bilionária mas sem critério. Temos clientes realizando concorrências predatórias, distante dos conceitos de ESG apregoado pela indústria e uma legislação que desfavorece o desenvolvimento da atividade que emprega milhões de pessoas em todo o país”, completa Feijó.
O PERSE beneficiou apenas uma parte do setor e as empresas que atuam especificamente dentro do escopo do live marketing não conseguiram aproveitar os benefícios. Além disso lutam há décadas para acabar com a bi-tributação, conclui.