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MEMÓRIA | SXSW 2022. Propósitos e Temas
25 de Maio de 2022

MEMÓRIA | SXSW 2022. Propósitos e Temas

Líderes mundiais dos ecossistemas da criatividade, tecnologia, artes, inovação e publicidade estão presentes em Austin

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Esta matéria foi publicada originariamente neste portal no dia 12 de março de 2022

 

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A South by Southwest se dedica a ajudar pessoas criativas a atingir seus objetivos. Fundado em 1987 em Austin, Texas, o SXSW é mais conhecido por suas conferências e festivais que celebram a convergência de tecnologia, cinema, música, educação e cultura.

O SXSW é considerado o festival mais completo do mundo e um dos mais respeitados pelas comunidades de diversos setores da Economia Mundial. De 11 a 20 de março, as atenções de empresas e profissionais de todo o mundo se dirigem ao que está acontecendo na cidade americana. Afinal, são 10 dias repletos de conferências, festivais, exposições, premiações, eventos variados e muita gente para networking.

 

Patrocinadores

Podemos chamá-los de superpatrocinadores. Vejam alguns deles:
White Claw Hard Seltzer | Blockchain Creative Labs | Volkswagen | Austin Chronicle | Porsche | Audível | Samsung Galaxy |

O AcontecendoAqui preparou este post compilando informações recebidas da organização do evento e, também, da pesquisa na web em portais e sites especializados que repercutem, cada um deles, temas relacionados com seus focos.

Conheça a seguir quais propósitos norteiam a estrutura do festival e, sugerimos aqui, que você navegue pelo site SXSW até o dia 20 para conhecer o que os grandes pensadores estarão compartilhando sobre ciência, inovação, profissões do futuro, desafios impostos pela natureza que exigem medidas urgentes, evolução da mídia, inclusão social, ameaças e oportunidades de negócios e, inclusive, questionamentos relacionados a convicções equivocadas de certas empresa do Vale do Silício.


Descobrindo o desconhecido

A inovação e a criatividade de ponta podem resolver muitos dos problemas mais difíceis de hoje. Não faz muito tempo que vivíamos em um mundo onde não poderíamos imaginar que uma invenção como o CRISPR pudesse se tornar real. Agora estamos desenvolvendo vacinas em tempo recorde, a inovação em veículos elétricos está aumentando, há uma discussão séria sobre a renda básica universal e as ferramentas e os resultados da criatividade desenfreada estão moldando a experiência humana.


Construído para o futuro

As pessoas que estarão vivas no ano de 2100 estão nascendo hoje, e devem herdar um planeta inabitável. Construir um mundo melhor não é mais um imperativo moral — é uma questão de sobrevivência, e a fome por soluções para problemas profundos é enorme. É hora de acelerar a mudança e as políticas devem ser cuidadosamente projetadas à medida que olhamos para um futuro que está em jogo.


Estamos todos conectados

A Covid-19 nos mostrou as limitações do pensamento protecionista em nosso mundo interdependente. Líderes de todo o mundo estão lidando com as incertezas e desigualdades que só cresceram durante a vida em uma pandemia. Com problemas que são maiores do que qualquer país, a cooperação multilateral e um compromisso de longo prazo com a transparência são vitais para efetuar mudanças reais.


O cenário da mídia em evolução

Chegamos à era das fusões sinérgicas, da promessa de um metaverso vindouro e de uma série de novas plataformas que capacitam os criativos digitais. Também estamos firmemente entrincheirados em uma era de manipulação e desinformação sem precedentes. A recente aceleração de ambos os paradigmas tem sido extraordinária, adicionando mais combustível ao fogo para os pedidos de maior escrutínio e regulamentação.


O poder da inclusão

A incorporação de diversos pontos de vista nos ajudará a ter uma sociedade melhor, mas alcançar isso tem se mostrado um desafio. Explorar uma profunda diversidade de perspectivas e experiências pode expor opções alternativas, ajudar a evitar o pensamento de grupo e melhorar a probabilidade de encontrarmos novas soluções. Aproveitar esse poder é fundamental.


O Metaverso da Meta falhará

O professor de marketing da NYU e provocador franco Scott Galloway subiu ao palco no primeiro dia do SXSW para delinear suas principais previsões para os próximos três anos.

O metaverso foi um de seus principais pontos de discussão durante uma aparição anual na conferência que abordou tópicos de tecnologia a finanças e relações internacionais. Galloway falou sobre Meta e sua falta de confiança na visão da empresa, NFTs e o futuro do mercado líder OpenSea, bem como as oportunidades em criptomoedas que podem estar aguardando marcas de luxo.

Scott Galloway é amado por 50% das pessoas e odiado pela outra metade. Mundialmente conhecido por suas provocações e autenticidade ao abordar temas que vão de tecnologia a tendências de consumo, em sua palestra na última sexta-feira, 11/3, ele foi taxativo ao dizer que o metaverso não vai se parecer em nada com o que se diz sobre ele atualmente: “A experiência será muito mais auditiva do que visual.

Outros apontamentos do Mestre> O mercado de turismo espacial é rídiculo e não faz o menor sentido; Amazon vai se tornar uma grande empresa de health care no futuro.


As três opiniões irreverentes

O metaverso não será visual: vai estar dentro do seu ouvido

“Não acho que o metaverso vai ser visual, como o filme Matrix, por exemplo. Ele vai ser muito mais como o filme Her, e vai estar dentro dos seus ouvidos”, afirmou Galloway. Parte dessa ideia vem da experiência pessoal do especialista. “Quando alguém me escreve um longo e-mail, eu sei que eles leram algo que escrevi. Quando alguém vem até mim e começa a falar como se fôssemos amigos, eu sei que é porque eles escutaram meu podcast”, observa.

Para o especialista, ter um áudio ou um device “dentro” dos ouvidos cria um nível de intimidade e engajamento que vai liderar essa mudança para o metaverso muito mais do que o apelo visual. É por isso, inclusive, que Galloway acredita que o “Zuckerverse”, o metaverson planejado por Mark Zuckerberg, vai falir. Essa é uma das previsões mais famosas do especialista, feita em novembro do ano passado. Para Galloway “até agora estou certo”.

Ele argumenta que o Oculus (o dispositivo criado pela Meta, dona do Facebook, para que os consumidores possam atuar no metaverso) será o fracasso de tecnologia da década. “Eu não poderia ter sonhado, nem em meus maiores sonhos, que Marck Zuckerberg decidiria que o futuro do Facebook seria baseado num produto que causa enjoo nas pessoas”, observa o analista. Ele se refere a uma pesquisa do cinesiologista Thomas Stoffregen, da Universidade de Minessotta, que descobriu que a incidência de náuseas ao utilizar um Oculos é de 40% a 70% depois de 15 minutos de uso.

Seguindo essa linha de pensamento, Galloway acredita que, hoje, a maior empresa de metaverso é a Apple, e não o Facebook. “O único metaverso hoje, ou o que existe mais próximo de um metaverso hoje, é a Apple Store e suas mais de 7 mil experiências imersivas, que são os aplicativos. É isso que cria um portal. O iPhone e os AirPods são o único equipamento ‘wearable’ que realmente funcionou até hoje”, afirma.

2) Turismo espacial é um negócio ridículo — e pode acabar em um segundo

“Outro negócio ridículo: turismo espacial”. É assim que Galloway considera os esforços de companhias como a Virgin Galactic, empresa de voos espaciais de capital aberto do Grupo Virgin. Para ele, os lançamentos da empresa são apenas jogadas de marketing. Depois que o bilionário Richard Branson — que é dono da companhia — fez o primeiro voo comercial ao espaço no ano passado, cerca de 600 pessoas entraram na lista de espera da Virgin para voar também.

“Esse produto não faz o menor sentido. As pessoas estão interessadas em viajar para uma distância cerca de 1,4 mil vezes maior do que três corajosas pessoas fizeram há 50 anos”, disse Galloway, referindo-se à ida de astronautas famosos ao espaço, como a norte-americana Sally Ride, primeira mulher a alcançar o feito. “Sally Ride, físicos, PhDs, essas pessoas é que são astronautas, e não os filhos de bilionários donos de fundos private equity”, disse Galloway.

Para o especialista, o setor não tem viabilidade financeira. Galloway calcula que a Virgin Galactic teria que vender 3,1 mil passagens por ano no valor de US$ 400 mil cada para ter lucro. Além disso, o analista observa os riscos de uma missão espacial para quem não é exatamente um profissional treinado. “Exploração espacial não é exploração espacial, é execução espacial. Posso garantir que, em Marte, a vista é literalmente de tirar o fôlego: não tem oxigênio lá”, brinca.

Embora fale com bom-humor, Galloway considera que o alto risco de um voo espacial pode, sim, minar os negócios. Segundo ele, 550 pessoas já foram ao espaço, e 11 não retornaram. “É um risco muito alto de mortalidade. O negócio inteiro pode ir por água abaixo em um segundo. Se você quer fazer algo radical, aconselho bungee jump, que é muito mais seguro”, diz.

3) A Amazon vai se tornar uma grande empresa de health care

“É uma questão de meses até você entrar em casa e a Alexa perguntar: você gostaria de cortar o custo do seu plano de saúde pela metade? E, então, você responde: ‘Sim, Alexa, me conte mais sobre o plano de saúde da Amazon Prime”.

Para Galloway, os consumidores vão lidar com tudo que se refere à saúde e bem-estar por meio de seus dispositivos como smartphones ou smartspeakers (como é o caso do robô Alexa), e a Amazon é a única companhia capaz de alinhar o uso de devices com alimentação, drogarias online e outros tipos de serviço de saúde.

“Eles estão construindo essa grande estrutura que, no futuro, vai ser capaz de nos perguntar a todo momento: você gostaria de ter um plano alimentar melhor? Você gostaria de ter acesso a diagnósticos? Você gostaria que fizessemos um exame de sangue para você ter uma dieta melhor? Você gostaria de uma sugestão de roupa para malhar?”, analisa.

“A Amazon está para se tornar a maior companhia bilionária e de health care do mundo, e será a empresa mais valiosa do mundo já em 2025”, conclui.

Foto utilizada neste post by SXSW, Divulgação

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