O Facebook lançou nesta terça-feira, dia 18, sua moeda virtual global: a “Libra“. Para o professor da FGV, Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Inovação, é quase obvio que o Facebook tinha que fazer isso, ou seja, simplificar os meios de pagamento, já que temos muita dificuldade de mandar dinheiro de um lado para o outro, com grande burocracia envolvida e taxas gigantescas.
Segundo ele, um sistema genuinamente global ainda estava pendente e o Facebook tentará suprir esse gap, e apenas duas empresas teriam capacidade de fazer isso: Facebook ou Google. “O Facebook saiu na frente e mesmo com todos os seus problemas recentes envolvendo credibilidade, anuncia que vai usar blockchain para isso, mesmo tendo uma discussão pesada da viabilidade do uso. Porém, o que parece é que o Facebook está querendo muito mais usá-lo como faz com a criptografia end to end, ou seja, se isentar de problemas técnicos, usando a tecnologia de segurança para garantir confiabilidade”, explica.
De acordo com o especialista, o que mais chama a atenção é a associação de players globais para criar essa rede. “É muito mais do que apenas uma criptomoeda. Parece um meio de pagamento como uma integração de ´pseudo bancos´. Outra coisa que chama a atenção é que a moeda tem lastros e estará ancorada em ativos para dar sustentabilidade e característica de dinheiro”, afirma Igreja.
Conforme o professor da FGV, é um projeto que tem tudo para decolar, pois será possível fazer transações e pagamentos com o Messenger e Whatsapp, principalmente, o WhatsApp, que é usado para inúmeros fins, desde comunicador, CRM e substituto do e-mail. “O app é uma ferramenta utilizada por todo mundo para trabalhar, produzir e se relacionar. Se o Facebook terá sucesso com isso ainda é cedo para analisar, mas já era a hora de apresentarem uma solução genuinamente global, digital e descomplicada”, finaliza.